No meu céu é natal todo dia,
Do primeiro ao último do ano,
O meu céu é festivo, colorido, sereno e bondoso,
Mesmo as suas tempestades, também são benignas,
A sua força, lava as minhas terras, e deixa um brilho viscoso,
Pra mim é natal, páscoa ou ano novo, todos os dias,
Pois vivo pela e para a sabedoria,
Por presentes d'alma, e pela alegria,
A mais pura que podemos ter, receber e dar,
O natal é um pedaço do céu,
Um artifício, forçado para muitos, infelizmente,
Por meio da fantasia, das crendices,
Misturada à ignorância,
Que lhe é tão característica e intrínseca,
Promessas e esperanças, são postas sob a mesa,
Sorrisos doces são ensaiados,
O brilho no olhar é encerado,
A bondade é aumentada, ao menos a sua expressão,
O amor no tempo-presente parece sem limites,
Mesmo em um mundo de consumo, e sua típica cafonice,
Então o fim do ano passa,
E com ele esta atmosfera,
De otimismo, e de irmandade,
Vem então as férias, de verão, no sul,
E o teatro armado se desfaz,
A lona do circo é desmontada,
Mas os palhaços continuam a brincar,
Palhaços que sorriem falso, amarelo, cor que chama o dinheiro,
Palhaços inconsequentes, indiscretos, que ao coração são forasteiros,
E a "magia" do natal, e suas promessas, se dissipam pelo ar,
Árvores e estrelas cadentes são guardadas,
O presépio e o trenó, em velhas caixas,
E os céus são escondidos, dizem que é só para enfeitar,
Em muitas almas, não mais podemos vê-los,
Agora são os seus tetos, que voltam a ser o que eram, e são cuidados com zelo,
Parecem modestos, mas escondem grandes egos,
Voltamos às valsas das meias verdades, dos sentimentos pela metade, do medo pelo constrangimento, ou pela austeridade,
O céu da minha alma, todo dia é um presente, que eu queria doar,
Fortuitos aqueles, que eu posso amar,
Minhas promessas se renovam,
Mas, as do coração são sempre cumpridas,
Com devota prontidão,
Buscando sempre, pela harmonia.
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