Sem clemência,
Se já pede demais,
Incremente, e na soma, o esforço cresce,
e o silêncio, jamais,
E como fermento,
O inclemente não para, porque é implacável, guloso, lazarento,
Inclemência, sem dó, nem piedade,
Incremente, se é uma ação ou o seu agente,
Se é mentira, ou se é de verdade,
Se é na falta de inércia, de hiatos, de jatos de ventos, de precaução, Se é pelo instinto, se só ordena, se só pensa que é divino,
Mas é uma besta, ainda um menino, uma criança,
Canhestra, desaforada, com uma, duas presas,
Se na aurora da vida, a vida é sempre impiedosa, enérgica, inglória, ingrata, cega, surda, vira-lata,
Cheia de dores, livres de culpa,
Cheia de diferentes odores, enxuta,
Misturada, como o caos,
Confusa, como as emoções,
Se o tato e a voz são poupados, se são tagarelas, maltrapilhos, ousados,
Se tateiam formas no escuro, lhes dão nomes sujos, de improviso, no susto, aos risos, aos vultos,
Se é na pré concepção, que conceituam, que julgam,
Com dentes, caninos, sisos,
Se é na língua solta, que andam, que ardem, que babam,
Se os olhos se fecham, tampados, o inclemente incrementa,
Se os ouvidos, cheios de cera, nada escutam, se os outros são inimigos, desconhecidos,
Logo odeiam, logo lutam
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