quinta-feira, 22 de junho de 2017

''Efeito Flynn'': conjectural, sem evidências empíricas

O Efeito Flynn sugere que nós ''nos tornamos'' mais inteligentes que os nossos pais [dependendo da idade], e especialmente avós e bisavós, por causa de uma série de fatores que parecem lógicos à primeira vista: melhor alimentação, melhores condições de vida em geral, com direito à maior exposição a estímulos intelectuais e à uma cultura mais secularizada. Alguns dizem inclusive que com o aumento da estatura, em média, também tem ocorrido o aumento no tamanho do cérebro e vocês sabem, ''cérebro maior = maior inteligência''. Tal como no caso das plantas, muitas pessoas acreditam que o mesmo acontece com os seres humanos, e que quando não somos ''bem criados'' então é esperado que cresceremos murchos ou ''abaixo de nossos ideais de desenvolvimento''. 

Só que o ambiente de uma planta é o solo, literalmente falando, enquanto que para nós, o nosso [primeiro] ambiente biológico são os nossos pais, quando ainda estamos na barriga de nossas mães [+ combinação genética dos dois] e durante a primeira e segunda infância, ainda que, quanto mais maduros, menos dependentes, a priore.

Outro possível pormenor é que existem muitas espécies de plantas que não estão adaptadas a certos tipos de procedimentos experimentais, por exemplo, que não estão adaptadas a solos secos, e sofrerão os efeitos de uma avaria artificial ou real pelo simples fato de não estarem adaptadas a essas condições.

 No entanto, não é apenas o tamanho do cérebro que se relaciona ou mesmo que resulta em uma maior inteligência ''biológica', porque outras características neuro-fisiológicas bem como também a relação do seu tamanho com o corpo é muito provável que serão de grande importância.

 No mais, se existe algo factual sobre o Efeito Flynn é a de que ainda NÃO FOI COMPROVADO EMPIRICAMENTE, como manda a ciência em sua aplicabilidade mais correta. 

Ninguém analisou de maneira detalhada para ver se as gerações de uma mesma família tem se tornado, de fato, mais inteligentes.

 Primeiro porque é relativamente difícil mensurar um ''traço' tão amplo e diverso como a inteligência. Talvez se poderia elencar os traços psico-cognitivos [específicos] mais expressivos da mesma dentro de uma família e ver se as novas gerações se tornaram mais inteligentes em relação às mais velhas. Ainda assim, é complicado controlar a grande quantidade de fatores que usualmente tornam este tipo de análise mais complexa. 

Talvez devêssemos analisar fundamentalmente a capacidade de raciocínio, se nós estamos mais rápidos, acurados e intelectualmente conhecedores que os nossos avós e bisavós [eu duvido e muito], ''independente para que'', mas primando pela ''espinha dorsal da macro-realidade'', que quer indicar racionalidade.

No mais é isso: o efeito Flynn por agora continua sendo uma hipótese com algumas evidências, me parece que, vagas, sobre a sua veracidade; nunca foi empiricamente comprovado e acho um pouco difícil que possa sê-lo. No mais, existem alguns lugares no mundo onde que ainda é possível tentar provar ''in loco'' a sua veracidade. Tal como eu já comentei, o efeito Flynn é lógico.... mas é factual* Não sabemos. Sem falar que existem muitos fatores que estão bem entendidos ou pior, que são mal explicados [talvez por já terem sido mal compreendidos] por aqueles que deveriam saber mais que nós sobre este assunto. 

Nunca entendi e até agora e ninguém nunca me deu uma boa explicação para essa frase abaixo:

''A média de QI-100 dos britânicos nos anos 50 é equivalente à média de QI-''80' para os britânicos atuais''

Talvez a grande pergunta aqui deveria ser: a inteligência é tão ''limitadamente maleável'' quanto à estatura no que diz respeito ao ambiente* [pelo menos ''em nossa'' conjuntura biológica, porque pode ser que seja possível transformar uma característica ''herdavelmente mista'' e/ou predominantemente dependente das condições ambientais em uma característica fixa.

Será que seria possível fazê-lo com ''a inteligência'' humana* 


Nenhum comentário:

Postar um comentário