terça-feira, 4 de abril de 2017

As horas presas nos ponteiros do relógio

Mas os dias passam
E as horas também
E os ciclos continuam
Perpétuos
E os indivíduos, pobres deles
Meros objetos, se dispersam
Com objetivos, mas não passam de sonhos
ou ilusão 
E os números ficam, mas não são nada
Os ponteiros param, a casa apodrece,
Mas o tempo passa, continua sem parar,
E as vidas passam, esperanças passam,
O mundo gira, o universo expande,
A vela derrete, porque o calor se consome,
E nos consumimos, unhas corroídas,
A ansiedade grita, 
Saímos do instinto, mas ele sempre apita,
Queremos um destino, melhor, queremos saber que destino vamos ter,
Mas ele sempre aparece de repente,
Logo nos prende e nos empurra, e nós sem saber,
A sociedade agita,
Mas pra quê??

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