domingo, 19 de fevereiro de 2017
Hipótese [pseudo ou subjetivo insight): mega-efeito fundador para maiores capacidades abstratas
Isso não significa que os povos ancestrais africanos não tinham capacidades abstratas mas que o efeito fundador ''para essas maiores capacidades'' foi muito maior para os humanos que saíram do continente e que se tornaram os ''não-africanos'' ( todos os outros povos fora da África). Portanto aquela população de humanos que deixou o continente africano, como muitos já devem saber desde ''sempre'', de acordo com a teoria ''fora da África'' e com os resultados da distância genética entre as populações humanas, foram ''auto-selecionados'', isto é, já se diferenciavam da população que ficou no continente. É como se tivéssemos duas populações, uma em que todos os seus membros são de cor azul, e outra em que apenas alguns deles são assim. Pode ter havido alguma forte ''auto-seleção'' resultando tanto em uma maior homogeneidade genética entre os ''não-africanos'' como também uma seleção igualmente homogênea para melhores capacidades abstratas [''todos azuis'']. Novamente, isso não significa que todos aqueles que ficaram no continente africano não apresentavam essas características, mas que essas características se encontravam mais dispersas neste grupo e pelo que parece foram menos intensamente selecionadas. Eu posso estar, como quase sempre, dizendo alguma besteira, mas eu tenho a impressão que o estereótipo típico do africano subsaariano e de sua diáspora, ainda que não represente a sua totalidade demográfica, pode ser representativo desta população humana que permaneceu e em maior predomínio no continente africano.
Níveis significativos de impulsividade ou instintividade parecem caracterizar boas frações das populações africanas e de diáspora, enquanto que isso não significa que portanto as outras populações não serão propensas à impulsividade, a mesma como um construto psicológico, pode manifestar-se em muitas facetas ou mesmo de maneira mais intensa e completa, ou em menor intensidade e também em integridade característica. Por exemplo, tanto na Índia quanto na África negra ainda temos milhões de pessoas tendo filhos e em condições muito pobres, mas mesmo quando comparamos os dois grupos e sub-grupos de risco, os indianos ainda parecem ser menos impulsivos por exemplo no que diz respeito à criminalidade ou quanto ao risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis, sem falar nos níveis mais baixos de extroversão dos indianos, mesmo dos mais pobres e impulsivos, em comparação aos africanos, e também aos seus subgrupos de maior risco.
Eu também já comentei que em termos de extroversão os negros africanos estão entre os mais extrovertidos enquanto que os níveis de introversão aumentam consideravelmente entre os ''não-africanos'' e mesmo entre as populações que parecem estar mais relacionadas aos africanos subsaharianos, em termos de aparência fenotípica e de nível de capacidade de produzir sociedades complexas, por exemplo, os australianos aborígenes. E sabemos que a introversão por si mesma já se consiste em uma tendência intelectual para um maior detalhismo, que está mais apta para perceber padrões do que a extroversão que é mais impulsiva/instintiva (*) e socialmente direcionada.
Em outras palavras a introversão tende a correlacionar com maiores capacidades abstratas, de pensamento preventivo, e quanto maior a extroversão maior o impulso para agir antes de pensar, maior o instinto* E no caso humano, o instinto direcionado para o meio social ou sociabilidade.
Enfim...
Nenhum comentário:
Postar um comentário