terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Aplicando a pirâmide etária das classes sociais para as classes cognitivas para explicar a erosão da inteligência humana



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''Woodley Effect''



Classe social tende a se sobrepor à classe cognitiva de maneira que, as pessoas que ocupam as profissões mais prestigiosas e que ganham mais dinheiro tendem, inevitavelmente, a serem mais inteligentes do que aquelas que ocupam as profissões mais humildes e que tendem a ganhar e a acumular menos dinheiro, em média, é claro. Tal como comparar um empresário ou um professor universitário com um gari. Primeiro, é evidente que em termos cognitivos, os primeiros tenderão a ser mais inteligentes que o gari. Segundo que se fosse feito uma comparação com grande amostra representativa, eu não duvidaria que a taxa de fertilidade dos garis fosse maior do que a taxa de fertilidade dos professores universitários e dos empresários. Este é o ponto. Em um cenário ''moderno', a taxa de fertilidade das classes sociais mais altas tendem a ser bem menores do que das classes sociais mais baixas. 


Síndrome do padre católico


Em um ambiente de alta competição e com a possibilidade de aumentar a riqueza pessoal e familiar e consequentemente a própria comodidade as pessoas tendem a reduzir as suas taxas de fertilidade ou o número de filhos, coisa que ''todo mundo já sabe''. Tal como o padre católico que não tem filhos para não fracionar os bens materiais da igreja, muitas pessoas estão chegando ao ponto de sequer constituírem  família justamente pensando na maximização da segurança econômica assim como também do conforto pessoal, aquilo que o dinheiro pode oferecer. 

E como as classes sociais tendem, em média, [ imperfeita porém correlativamente positiva] a representarem também o nível [e tipo] de capacidade cognitiva das pessoas, como os exemplos acima, então podemos sem grande alvoroço constatar que, se a fecundidade das classes média e média alta/profissionais, está baixa e se a fecundidade das classes baixas está alta, então está acontecendo um processo cognitivamente disgênico, isto é, de erosão do nível de inteligência e especialmente de capacidades cognitivas desta população se, as mesmas são geneticamente dispostas e herdadas, se o ambiente tem menor influência em seu núcleo mais genotípico e se o nível de mobilidade social não é muito alto, na maioria das sociedades.

A melhoria na qualidade do ambiente evidentemente que poderá maximizar o nível ou teto qualitativo de nossas capacidades. No entanto sem um aumento real ou genotípico de inteligência, neste caso, que está enfatizada em seu aspecto mais cognitivo, esses melhoramentos no ambiente não conseguirão sustentar por muito tempo esta queda nas capacidades reais, que são mais independentes e ''darwiniamente transmitidas'', diga-se. 

Portanto, hoje, quase todos tem acesso à educação, e a maioria está alfabetizada. No entanto, as pessoas que são menos geneticamente inteligentes, e neste caso, novamente, em seus aspectos mais cognitivos, estão tendo mais filhos que aquelas que são mais geneticamente inteligentes e isso significa basicamente que a população menos inteligente está aumentando e a mais inteligente está diminuindo. 

Acima nós temos a pirâmide etária brasileira que está fracionada entre as classes sociais. Percebe-se com clareza que os brasileiros que tem maior renda salarial estão tendo em média menos filhos, e envelhecendo mais, fato que pode ser observado por meio da proporção de pessoas mais velhas e de jovens (crianças/adolescentes]. E o oposto para os brasileiros que ganham menos. E isso pode ser facilmente traduzido para as ''classes cognitivas'' em que os mais inteligentes estão tendo menos filhos, se também são eles que tendem a ganhar mais e que os menos inteligente estão tendo mais filhos, se também são eles que tendem a ganhar menos. Com certeza que esta  não é uma boa nova se uma menor inteligência cognitiva tende a se relacionar com maior tendência para a criminalidade, violência em geral, bem como também para a pobreza, porque as pessoas menos inteligentes tendem a ser mais impulsivas e portanto a planejar menos os seus recursos/dinheiro além de haver uma tendência correlativa entre menores capacidades cognitivas e transtornos mentais, nomeadamente as de personalidade anti-social (ainda que esta também pareça ser muito comum entre as classes sociais mais altas).

O efeito Flynn se consiste num achado por agora muito irregular em sua base, de aumento nas pontuações em testes cognitivos desde que os mesmos foram inventados e passaram a ser usados para avaliar as capacidades ''intelectuais'' das pessoas. Coincidentemente houve uma melhoria significativa no padrão de vida das populações especialmente no Ocidente.  Então tem-se creditado como causa do efeito Flynn a melhoria generalizada no padrão de vida, nos índices de alfabetização, no acesso à educação e mesmo numa ''melhor'' alimentação, enquanto que ainda que possa ter alguma verdade aí, me parece cedo demais para concluir qualquer coisa. O que não parece ser o caso do efeito Woodley, como eu tentei mostrar acima. 

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