domingo, 15 de janeiro de 2017

''Genética''** Talvez, mas, qual é o seu grau de subconsciência intrínseca** E sua diferença em relação à intrinsicabilidade ou intensidade intrínseca do comportamento

Se eu aprendi fácil a ler e a escrever e/ou consegui desenvolver um excelente vocabulário ao ser exposto (e demonstrar empatia cognitiva 'total') a esta ''tecnologia cultural'' então isso se deu ou tem se dado de modo:

- subconsciente a intuitivo;

- intrínseco.

Portanto o meu grau de sub-consciência intrínseca para o aprendizado, expansão [limitada], constante reparação (tentando seguir a norma culta ou buscando por alternativas evidentemente divergentes) e sofisticação [limitada], em relação a esta ''tecnologia cultural'', pode ser caracterizado quantitativamente como ''alto'' ou ''acima da média''. Mas talvez eu esteja confundindo o mesmo com a intrinsicabilidade, que eu defini como ''grau de autenticidade ou intensidade característica'' de um ou vários traços de comportamento ou de qualquer outra natureza estão em relação ao ser, e gosto sempre de usar o exemplo do espectro da preferência sexual em que ''todos os homossexuais... são igualmente homossexuais em essência descritiva, mas alguns são mais do que os outros'', isto é, são mais caracteristicamente 'autênticos', e portanto, que está mais intrínseco, intenso para alguns deles.

Sub-consciência intrínseca ou ''hardware'' é o termo que eu estou preferindo usar para substituir ''genética'', porque afinal de contas eu não sou geneticista, acho esta ciência muito complexa, que ''ainda' está em desenvolvimento [ portanto mais complexa ] e não tenho vontade ou motivação intrínseca para melhorar os meus conhecimentos neste assunto, preferindo sempre especular em cima de suas superfícies, como um típico criativo contínuo tende a fazer.

Podemos reconhecer, factualmente falando, que quando algo vem fácil pra nós, especialmente em termos de aprendizado (que serve para qualquer particularidade do comportamento, cognitivo ou afetivo/psicológico), mas que não vem fácil para as outras pessoas [ou seres], então isto encontrar-se-á mais intrínseco, mais natural, autêntico e/ou subconsciente a nós, de tal modo que sequer nos damos consciência ou o reconhecemos de modo espelhado ou como se estivesse separado de nós, claro, especialmente em um clássico estado de autoconsciência embotada ou baixa auto-curiosidade. 

Pode-se dizer inclusive que a verdadeira consciência sobre algo tende a se dar justamente quando temos dificuldade para aprendê-lo, por exemplo, se você for muito ruim em matemática então pode ser possível que terá maior consciência quanto a mesma do que em relação a um indivíduo que for naturalmente talentoso nesta particularidade, o que necessariamente não irá resultar em aprendizado para o primeiro, porque é um tipo diferente de consciência. 

Ou outro exemplo que gosto muito de usar é o da gagueira, ou disfluência. Para o gago, desenvolve-se uma grande consciência sobre os mecanismos da linguagem, ainda que isso necessariamente não tornará todos os gagos em mestres neste tipo de assunto, porque como acontece com todos nós, só nos tornaremos conscientes de algo, de maneira extrínseca, quando não nos vier de maneira natural, mecânica, ''instintiva', intuitiva, rápida e autêntica, pois não sentimos ''intra-empatia'' total por este algo, não o reconhecemos, e neste exemplo claro que será a capacidade de falar sem qualquer perturbação no discurso. O gago não a reconhece como sua, como parte de si mesmo, tal como ''ter olhos azuis'', que é inerente... mas como um desafio a ser enfrentado, ''à manivela'', como se fosse marcha manual, do mesmo modo que um montanhista não reconhece a montanha que deseja escalar como ''sua'', por isso precisa/quer ''conquistá-la'', ainda que o faça de maneira natural em relação a qualquer superfície lisa, só que claro tendo a escolha como possibilidade, enquanto que a gagueira já é uma condição em que se tem pouca escolha, tal como se sempre tivesse uma montanha e com ''neves eternas'' estacionada bem na nossa frente e que portanto fosse impossível se desvencilhar deste desafio de se tentar escalá-la. Sem resistência, a consciência muitas vezes faz-se de modo subconsciente, sem ser percebida, tornando-se banal, menos importante, mesmo não sendo, mesmo que nada seja apenas banal.

 Também podemos perceber que o reconhecimento imediato de similaridades, seja em relação a outro ser, seja em relação a outra entidade ou existência e claro direcionado a si mesmo [empatia], tende a produzir a ilusão da perfeição, fazendo com que, pelo que parece, a maioria das pessoas e seres se tornem, ao mesmo tempo, de experts mas também de auto-enganadores por suas próprias destrezas, que encontram-se centralizadas em suas zonas de conforto. Percebe-se que tendemos a ser bem melhores para encontrar defeitos em nossos dissimilares do que em nossos similares e isso também se aplica àquilo que nos atrai em termos intelectuais e/ou cognitivos. Somos excelentes naquilo que mais temos gosto e talento. No entanto, tende-se a produzir uma espécie de ''ponto cego'', que o autoconhecimento tende a sanar ou a neutralizar e que a estupidez tende a reforçar.  Costumamos ser melhores solucionadores de problemas, também quando vemos defeitos [geralmente nos outros], e não apenas qualidades/possibilidades, e a partir desta maneira buscarmos corrigi-los, defeitos esses que são mais comuns e fáceis de serem capturados em nossos dissimilares, enquanto que em relação às nossas áreas de maior interesse, o processo de aprendizado, geralmente específico, pode se dar de maneira expansiva, especialmente para os tipos mais criativos, e geralmente retroalimentada em pessoas com ímpeto fraco ou mediano para a criatividade.

Portanto quanto mais fácil, rápido, autêntico, subconsciente, intuitivo, instintivo, mais intrínseco a nós certo talento/aprendizado estiver, possivelmente, mais genético também será, mas como não somos geneticistas, ou pelo menos, eu, então devemos buscar também por outros meios menos abstratos, para reconhecermos como verdade esta dinâmica constante e/ou variavelmente previsível do comportamento, e em relação às suas intensidades/autenticidades. 


2 comentários:

  1. Já discutimos isto, algumas coisas são intrínsecas (da personalidade) e outras são do ambiente, das circunstâncias, formação etc, nem sempre é fácil separar. "Eu sou eu mais minha circunstância" já dizia o filósofo. Abs.

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    1. E eu já lhe respondi que vc não está dizendo nada de mais.

      Filósofos e seus achismos não sabem de nada ou sabem pouco, acertam menos de 80% das vezes, vai por mim...

      este é um achismo também, ;)

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