terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Vem o por do céu...

E dos teus olhos
Aos olhos da existência
Fecham
E em sonhos, nascem estrelas
E em contos, contam-se estórias
E em fantasia, mostra-se a verdade
No por, a mudança acontece
Na emoção da tarde
Na serena idade da noite
Vem o sono do existir
Vem saltimbancos obscuros, aplaudir
Arruaças e cantos ciganos
Flores e um nariz de palhaço
Na vã alegria, que a certeza não vem
A esperança no sol morre de novo
E em rezas, nas velas, confiamos num povo
E nos decepcionamos 
Aos cabelos longos
À barba por fazer
Ao sonhador nato, tecer
No amor seguir, na lógica desconfiar
À vida, crescer
E sempre crescer
E vem o por,
E no por, à mudança
E ser



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