sábado, 5 de novembro de 2016

''Efeito Flynn'' em termos intelectuais** A secularização do Ocidente tem feito as pessoas artificialmente mais inteligentes, em termos intelectuais/culturais*




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Fonte: pinterest


As pessoas são intelectualmente preguiçosas ou demasiadamente comodistas. Ao invés de procurarem, via curiosidade, pelas melhores análises e julgamentos da realidade, internalizando-as em seu cotidiano, elas tendem a esperar, tal como bebês de colo, que as informações e/ou ordens sejam trituradas e passadas pra elas, independente de suas qualidades, tal como papinha dada à criança recém nascida. 

Percebe-se que a maioria dos seres humanos não são nem de intelectualmente interessados, nem de intelectualmente obcecados.

 O nível de motivação intrínseca e dedicação quase que diária ao conhecimento, em especial aquele que for mais concreto, mais relacionado com o mundo real, encontra-se abruptamente reduzido em uns bons rincões de humanidade, enquanto que a obsessão intelectual, que se consiste em uma manifestação consideravelmente característica da inteligência, em seus níveis mais desenvolvidos, encontra-se praticamente reduzida à uma minoria de seres humanos. E entre o torpor intelectual das ''massas'' e a curiosidade insaciável de uma minoria, nós temos uma classe-tampão de ''intelectualmente interessados'', que combinam parte da psicologia do primeiro com a do segundo grupo, geralmente as massas ''de'' QI razoavelmente alto (a muito alto) que povoam as universidades.

 Portanto, sem mudanças culturais, a partir da base, a maioria das pessoas serão fortemente propensas a se conformarem, e mesmo com as mudanças, dependendo do grau de vantagem que a nova onda de conformidade poderá propiciar à elas, uma maioria em potencial se adaptará à nova roupa do rei, sem qualquer substancial escrutínio, este que tende a se dar via introspecção, quando debatemos com nós mesmos sobre as crenças que internalizamos, isto é, que se consistem em diálogos internos.

Temos visto grande transformação na cultura e nos pontos de vista do ''senso comum'' em especial no Ocidente em que no início do século XIX, a maioria das pessoas, especificamente na Europa e na América Anglo-saxônica, tinham como ''fonte de conhecimento'' a religião cristã. Com a secularização progressiva houve uma redução dramática do domínio da narrativa cristã sob o senso comum das massas. A partir do momento em que um conjunto de ideias baseadas em uma mistura vulgar de pensamento mágico e pensamento naturalista (religião) foram sendo substituídas por um conjunto de ideias mais enraizadas no mundo real, e portanto mais ''científicas'', as pessoas em média foram se tornando em receptadoras e agentes de ideias menos fantasiosas, em outras palavras, de mais intelectualmente inteligentes. Claro que esta mudança não foi completamente direcionada para um sentido ideal, e que, é provável que não tenha se traduzido em melhorias orgânicas/mentais entre os seres humanos expostos a essas mudanças. 

Por exemplo, o percentual de pessoas, menores de 25 anos, que ''não acreditam em Deus'', na Islândia, segundo pesquisas recentes, atingiu um valor bastante significativo. Isso significa que os islandeses se tornaram mais intelectualmente inteligentes**

 Artificialmente falando, pelo que parece, sim, porque pelo fato de ''terem'' substituído o besteirol cristão por algo menos fantasioso, pôde-se constatar que eles tem se tornado mais intelectualmente inteligentes ou que as novas gerações tem se tornado mais intelectualmente/filosoficamente (culturalmente) inteligentes. No entanto, essas macro-comparações vagas dizem pouco em termos de idealidade assim como também de mudanças intrínsecas, isto é, o aumento de uma maior precisão intelectual/moral pode não ter tido como resultado um igual aumento na qualidade psico-cognitiva intrínseca ou genotípica, em outras palavras, que a secularização nesta sociedade não foi acompanhada por um salto qualitativo de inteligência genotípica, que as pessoas tenham se tornado organicamente mais inteligentes, mas aparentemente. 

As pessoas nascem dentro de um certo ambiente, bastante secularizado, e não são inculcadas desde cedo a seguirem qualquer religião. No entanto, tal processo de secularização tem acontecido em todo Ocidente e eu acho que é comum que os jovens sejam mais propensos a serem descrentes e que ao longo do tempo o torpor típico das pessoas médias acabe assentando esta euforia e cinismo juvenis. Eu acredito que as pessoas médias, justamente por serem médias, encontram-se mais adaptáveis a essas mudanças culturais, enquanto que é claro que aquelas que estiverem sendo mais favorecidas por essas novas ondas de conformidade/senso comum, é provável que exibirão características intrínsecas (intrinsicabilidade) mais naturalmente/biologicamente dispostas pra este caminho, por exemplo, no caso de se ser mais intensamente ateu e/ou agnóstico em relação à secularidade da ''modernidade''.

Isso significa que precisamos pensar o quão plásticos estamos em relação às nossas crenças religiosas e eu acredito que esta particularidade obedecerá à regra geral dos comportamentos, isto é, que todos nós teremos uma plasticidade individualmente limitada de comportamento, que variarão individualmente em termos de intensidade, e que será mediado por interações com o ambiente, baseado na maneira com que o mesmo se apresenta e em que como respondemos a ele.

O aumento do número de filhos que nascem de pais mais velhos, presume-se, mais mutantes,  pode ter um efeito real/biológico em larga escala nessas mudanças culturais. Aumento no tamanho do cérebro** Conjecturas... 

O que sabemos por agora é que, quando os centros de inculcação cultural mudam as suas narrativas, a maioria das pessoas tendem a mudar também, para acompanhar os seus rebanhos. Ateus e agnósticos verdadeiros são raros. No entanto, eu acredito que a inculcação cultural anti-religiosa desde cedo e generalizada pode fazer um monte de gente normal (que segue normas) e média internalizar narrativas mais científicas e ou corretamente filosóficas, ainda que tendam a fazê-lo de modo superficial. O que também é bastante perceptível é o processo de esquerdização das narrativas culturais mais proeminentes, que em outras palavras significa: ''troca de pele'' cultural, da religião para a ideologia. A ideologia geralmente se passa como mais científica ou como mais filosoficamente correta, do que a religião, que já se consiste em sua metamorfose final, em sua imposição generalizada. Em outras palavras, toda religião nasce como ciência ou filosofia, se transforma em ideologia por um tempo e termina exatamente como religião, isto é, o nível de força de sua imposição cresce de acordo com que perde o seu brilho/encanto inicial e mentiroso. 

Portanto pode-se dizer que a maioria dos jovens islandeses não são ou se tornaram exatamente em pensadores racionais até mesmo porque é provável que sejam ou que se tornem ''progressistas'', ''globalistas'' ou ''esquerdistas''. Eles estão mais racionais, é verdade, mas não são, pelo que parece, por definitivo racionais, em constância, qualidade ou precisão de julgamentos equilibrados e factualmente corretos. Percebe-se que muitos deles simplesmente estão sendo inculcados na ideologia globalista/esquerdista. 

Se perguntarmos às pessoas que nasceram no início do século XX sobre uma série de questões morais/filosóficas, é provável que a maioria nos dará respostas moralmente questionáveis, que foram embasadas em pontos de vistas religiosos, enquanto que se fizermos o mesmo experimento, e de preferência com uma farta amostra representativa, só que com jovens, é provável de termos uma maior proporção de respostas mais moralmente corretas, que foram baseadas em algum conhecimento científico ou filosoficamente/moralmente correto -- preciso. Por exemplo, a homossexualidade é pecado condenado por Deus versus a homossexualidade encontra-se presente em várias outras espécies além da humana e portanto é um comportamento natural.

Por outro lado todo o conhecimento naturalista, muitos que foram embasados e expressados em/como pré-conceitos minimamente corretos, porém vulgarmente generalistas, que era a regra, juntamente com a metafísica bondade cristã, nos tempos de nossos bisavós, tem sido perdido, justamente para o incremento na parte da moralidade objetiva. Tira-se de um lado, coloca-se em outro. Por exemplo, as raças humanas existem e [todos] os negros são menos inteligentes que os brancos versus as raças humanas não existem especialmente por causa do legado moralmente equivocado deste termo em relação aos seres humanos e aos seus direitos ... e ... os negros não são menos inteligentes que os brancos porque as causas para essas disparidades são as diferenças ambientais e o racismo do grupo mais forte/opressor, isto é, dos brancos.

Enquanto que o sábio genotípico ou intrínseco tenderá a aceitar os dois conjuntos de concepções, naturalista e moral, e os melhorará em demasia, ou ao menos tentará fazê-lo, o ser humano comum, normal, que segue normas, e médio, tenderá a ser persuadido de maneira subconsciente a seguir um dos modelos parciais e superficialmente corretos de entendimento e de interação com o mundo, resultando em algumas dessas vampiras que já tanto falei: cultura, religião ou ideologia. Uma menor compreensão sobre os próprios mecanismos de operacionalidade ou comportamento também quer indicar uma maior vulnerabilidade para acatar as necessidades irreflexivas do próprio ego, e de acordo com a profusão de ideias, pensamentos e diretrizes que estão sendo constantemente despejadas dentro das sociedades humanas, especialmente das mais complexas, produzindo, e a nível individual, aquilo que chamamos de co-evolução cultura e genética/biologia. Isto é, as pessoas vão sendo selecionadas para certa cultura, se houver reciprocidade ''benigna' entre ambas as partes. 

Portanto como conclusão, por agora, percebe-se claramente uma melhoria a nível superficial do ''senso comum'' no que se refere à moralidade objetiva/proporcionalidade comportamental, mas por outro lado, percebe-se uma perda cultural de todo o conhecimento naturalista acumulado, expressado por meio de ''pré-conceitos'' ou seria melhor, generalizações sobre as diferentes nuances do comportamento humano, ainda que generalistas e minimamente corretos. 

Vamos ficar todos bonzinhos e super-mega-ultra compreensivos. 
...

Isto quer indicar que com o deslocamento da narrativa oficial, a partir de um epicentro religioso/cristão, para um epicentro científico/secular, houve uma melhoria relativa na qualidade das informações, ideias, pensamentos e diretrizes que são socializadas, e com isso podemos concluir previamente que as novas gerações foram se tornando mais intelectualmente inteligentes, em comparação às gerações mais antigas, mais inculcadas com pensamento religioso, ainda que tal melhoria foi apenas a nível muito superficial, porque ao invés de uma completude no pensar e agir, que faria com que melhorássemos os pontos válidos, predominantemente de natureza naturalista, que eram parte do senso comum há 80, 90 anos atrás, o sistema sócio-cultural ocidental tem apenas deslocado o seu epicentro, da religião para a ideologia, e com segundas intenções, pois embutido à religião, ao velho epicentro cultural, encontra-se o conhecimento naturalista, e este tem sido ostensivamente atacado, sendo tratado erroneamente (e propositalmente))))) como o oposto da moralidade objetiva, que também tem sido superficialmente trabalhada, e novamente, com segundas, terceiras, quartas intenções maquiavélicas. 


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Fonte: Equilíbrio e Família

Puxou para um lado, mas tirou do outro lado. 

''(d)Efeito Flynn'' = melhorou superficialmente no quesito intelectual/moral, piorou no quesito naturalista.


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