quinta-feira, 6 de outubro de 2016
Refutação (ou não) de um argumento teísta
Maurício de Sousa é um ser humano que inventou uma personagem de gibi chamado Cebolinha, que dizem as más línguas, nasceu na China.
Deus é um ALGO, que eu gosto de chamar ''fator g da existência'', que ''inventou'' o ser humano, isto é, se consistem em dois pares que estão intra-relacionados, se o Cebolinha derivou da mente talentosa de seu criador, Maurício de Sousa, e se o ser humano ''é criação'' deste ALGO, que não sabemos o que é (e muito provavelmente não é uma entidade sobre-física antropomórfica), se o ser humano também deriva de sua criação, e no entanto, ambos estão em níveis absolutamente discrepantes, isto é, o criador e a criação, de tal modo que podemos nos entender também como personagens criados pelo autor Deus. Somos combinações de elementos originalmente presentes em ''DEUS'', da mesma maneira que Cebolinha também se consiste em uma combinação de elementos originalmente presentes na mente de Maurício de Sousa.
O ser humano, assim como a vida em geral, é a imagem e semelhança de Deus, por compartilhar com ''ELE'' algo que é de extrema necessidade para a (sua) própria existência: integridade nuclear, isto é, a integridade de seu ''núcleo'', de seu centro, de seu próprio fator g existencial, do contrário, não teria sequer um princípio para que pudesse continuar a existir, isto é, se sustentar de maneira integral, primeiramente em si mesmo.
Da mesma maneira que a ideia da personagem Cebolinha se deu de maneira única, isto é, Maurício muito provavelmente teve esta ideia criativa, ao acaso, de maneira intuitiva, o mesmo aconteceu com o ser humano, que evoluiu por acaso, de maneira intuitiva, da mesma maneira que aconteceu e acontece com todas as espécies terrestres. Eu já falei que uma das forças mais intensas da existência é a TEIMOSIA. Não, não ''estava escrito'',
foi sendo escrito.
O ser humano, um produto da criação ou do fenômeno da existência, é interpretado por mentes mais (biologicamente/comportamentalmente/ideologicamente) conservadoras de uma maneira tão histriônica que acreditam que
''o ser humano estava escrito para 'surgir' e portanto só pode ter sido obra de um criador consciente, calculista, empiricista, científico... humano''.
O aparecimento do ser humano é obra, do acaso e da teimosia, duas peças fundamentais para a evolução, em seu estado mais natural ou menos artificialmente antropomórfico. ''Do acaso'' porque não estava destinado a aparecer antes de ''aparecer'', e teimosia, porque foi justamente a teimosia de se enfatizar por um caminho, para resguardar a vida, para sobreviver, que o ser humano foi ''se construindo'', foi se tornando caracteristicamente humano. Basicamente, algumas ou uma única espécie intermediária, o elo perdido, passou a valorizar a criatividade para a invenção/confecção de armas, ''ferramentas'' ou qualquer outra coisa, para sobreviver, e a partir do momento em que este caminho passou a funcionar, a dar certo para a sobrevivência do grupo, então passou-se a enfatizá-lo. Da manipulação da pedra lascada, até à ''manipulação/curiosidade e necessidade'' em relação à vários aspectos/pedaços da realidade, os seres humanos foram expandindo o seu alcance perceptivo até o dado momento, em que estamos.
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