terça-feira, 25 de outubro de 2016
A metáfora do trem/vagões e o processo de raciocínio: Criar/descobrir, aprender/apreender, julgar... Perceptividade/criatividade, inteligência e sabedoria
Fonte: eternalplayers.wordpress
O processo contínuo e hierarquicamente lógico do pensamento parece principiar pela criatividade (perceptividade), criação de própria autoria ou internalização de originalidade produzida por terceiros, passar pela inteligência ou aprendizado e terminar pela sabedoria ou julgamento.
Em condições ideais o ser humano será harmoniosamente criativo/perceptivo, inteligente e sábio, isto é, a fluidez do processo de seus pensamentos se fará de maneira operacionalmente correta. No entanto tal processo faz-se predominantemente equivocado para a maioria deles, de nós.
Tal como vagões de trem enfileirados o pensar perfeccionista ou ideal parte-se de uma coerência em que a criatividade/perceptividade, intimamente relacionada com o subconsciente desdobrar-se-á primeiramente como o trem que puxa os vagões visto que é a mesma que reinventa a realidade, dando material pra ser processado pela inteligência (apreendido) e pela sabedoria ( julgado). O aprendizado final dá-se quando a informação já tiver sido criada ou capturada (neo-percepção pessoal), processada, reconhecida, apreendida e por fim julgada de maneira correta, e com base na sabedoria, metaforicamente falando, pra ver se o trem deve ou não seguir rumo ''ao destino escolhido''.
Por que a criatividade ou seria melhor a perceptividade vem primeiro do que a inteligência e a sabedoria??
A criatividade como disse acima inventa ou descobre novas perspectivas de vivência e portanto pode-se dizer que inteligência e sabedoria encontrar-se-ão sob o domínio da perceptividade/criatividade neste âmbito de análise comparativa.
Os mais perceptivos são mais propensos a ter novas ideias ou pensamentos. Mesmo aqueles que não tiveram a ideia ou que não forem a fonte original da ideia ou do pensamento também ampliarão suas percepções por curto a indeterminado tempo tal como se fossem os pensadores originais que produziram as ideias ou pensamentos. Estamos a todo momento na iminência de lidar com novas situações e com isso ampliarmos ou não nossas percepções com novas ideias, pensamentos, estratégias, de própria autoria ou de outrem. O pensamento fluido é perceptivo/criativo por excelência.
Todos nós vamos descobrindo o mundo e a partir disso vamos ampliando as nossas percepções quando expostos à novas situações. Por isso que a "criatividade" ou seria melhor a perceptividade aparece como um elemento primordial, anterior ao aprendizado "ou" apreensão/inteligência e julgamento [ moral ]/sabedoria.
Percebe-se/internaliza-se ou cria-se,
analisa-se
e julga-se
A informação é processada em condições ideais a partir desta linha de operacionalidade convergente, a meu ver.
Apesar de ser a sabedoria que dá ou não o veredito final e que em condições ideais inevitavelmente o fará e de maneira perfeccionista, é a perceptividade que será como o trem que puxa os vagões mas que só manterá o seu ritmo ou o aumentará dependendo da resposta/julgamento ou motivação para aprofundar [n]a internalização de certa ideia/pensamento/informação, claro que estou a falar em condições ideais porque em condições sub-ideais ou comuns o mais provável é que o julgamento sábio será pouco acessado e que parta-se para a ação a partir da apreensão ou raciocínio inconclusivo, tomado equivocadamente como a melhor resposta. A sabedoria ou julgamento holístico e moral pesa prós e contras, analisa todas as perspectivas que forem sendo encontradas, enfim, faz uma espécie de varredura potencialmente "completa' sobre as informações, ideias e/ou pensamentos que forem de fato escrutinados. É por isso que a verdadeira razão é a priore apartidária por natureza porque busca saber antes de agir, de saber antes para saber se valerá apena depois, e aquele que julga mal, age mal.
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