quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Lógica é um vestígio altamente prevalente do pensar primitivo/primário ou eficientemente precoce/pragmático ... e outro ''insight'' sobre as diferenças entre seres humanos e não-humanos

Obs.: espero não ficar muito repetitivo neste assunto...

A autoconsciência e o seu desenvolvimento subsequentemente lógico implica em uma expansão perceptiva (em qualidade e em quantidade) das relações de causa e efeito e posterior tomada de atitudes apropriadas. 

A lógica como eu já defini certa vez se consiste numa espécie de raciocínio pragmático e superficialmente correto em que a dedicação pelo próprio ato de pensar de modo mais deliberado, reflexivo e perfeccionista, é substituído por um imediatismo utilitário ou utilitarismo imediato. A pressa claramente que é inimiga da perfeição. 

Todas as formas de vida são lógicas porque pensam pragmaticamente e isso deseja indicar eficiência simplista. É simples por tomar apenas alguns pontos de vista como o correto absoluto e de maneira instintiva/intuitiva em que pensamento e ação estão indissociáveis. E  é eficiente porque de uma maneira ou de outra funciona eficazmente para conservar os organismos, no entanto, especialmente para certo ambiente e/ou estilo de vida, e portanto a lógica muitas se não na maioria das vezes se tornará ilógica, quando deixar de ser eficiente.

Portanto todo ser vivo e mesmo todo universo adere ao princípio primário da auto conservação que se consiste a lógica, opositora natural do caos ou da não-ordem. Todo mecanismo, por si mesmo, é lógico. O ser humano é o único na Terra que é capaz de superar este estado universal da existência sustentável e de se ver além de si mesmo, isto é, de não agir apenas conforme a sua personalidade,  a auto identificação superficial e personalizada, que se consistiria na de identificação subconsciente ou intuitiva de todas as características que compõem o seu organismo (sistema corpo/espaço mente/tempo)   e de agir de acordo com as mesmas, ao invés de ter maior curiosidade sobre o  que há ''lá fora'', fora de si, assim como também de fazer o caminho oposto, de tentar entender a si mesmo.

A expansão da auto consciência não é um processo sem falhas e a partir do momento em que se passa a ter conhecimento em relação ao livre arbítrio é muito comum que o oposto da sabedoria seja cometido, isto é, a estupidez de se tentar transbordar os próprios limites. Apenas os tipos mais virtuosos que serão capazes de se "superarem (parte d)os seus limites", especialmente via criatividade. O melhor conselho que se pode dar aos neurotípicos é a de buscarem compreender muito bem as suas fraquezas e forças antes de tentarem qualquer voo mais ambicioso, no entanto, esta tem sido a regra do comportamento ''complexo'' do ser humano. 

A lógica não é reflexiva a longo prazo ou que se dá de maneira completa até porque quase todos os seres vivos são super especializados, sendo que os seres humanos são os menos especializados, se comparados com as outras espécies. 


E por que*

Porque o ser humano desenvolveu mais, comparativamente falando, as suas capacidades puramente cognitivas OU de pensamento e portanto, ele não precisa tanto ou não é tão ''savant'' em relação às ramificações ou especialidades psico-cognitivas como a grande maioria, se não, todos, os demais seres vivos. 

O processo de ''antropomorfização'' neste sentido se consistiria então na gradual e progressiva centralização na raiz do comportamento, no pensar.


A lógica se consiste na apreensão superficial, rápida, quase instintiva, no caso do ser humano e de outras espécies mentalmente próximas, de relações de causa e efeito e posterior ação, só que caracteristicamente direcionadas ou enfatizadas pelas características do organismo e posteriormente por seu ''modo de vida''. 

A razão se consiste no repensar das primeiras conclusões lógicas e portanto pela busca de um pensar ou raciocínio completo ou que busque o máximo possível em sua abrangência. O pensar racional portanto encontra-se claramente além da lógica, além da subserviência subconsciente à biologia do próprio organismo, denotando uma natureza além-utilitária, ainda que seja usada também para fins utilitários. A razão é o princípio de uma espécie de ''fim de jogo'' em relação ''à própria natureza'', ao começar a se colocar ''no lugar dela'', enquanto um observador dos acontecimentos ao invés de ser apenas o ator subconsciente, naturalmente ludibriado dos mesmos. 


O raciocínio perfeccionista e portanto racional é 

Analítico 
Contemplativo
Subjetivo
Objetivo
Emocional
Instintivo 
Auto persuasivo ( aceitar) 

Factual ou realista
Holístico 
E
Específico

Enquanto que o pensar lógico tende a apresentar duas características centrais:

Eficiência


Incompletude associativa (ou muito especifica e portanto menos holística. Ou muito analítica e menos contemplativa. Ou muito auto persuasiva e pouco objetiva. Ou muito subjetiva, ou muito objetivo ' o clássico pensar lógico' ).

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