quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Critérios negativamente tendenciosos para explicar o qi

Um dos casos mais polêmicos que já aconteceram na ginástica artística feminina seu deu no mundial de 1997, no evento final na trave de equilíbrio, quando a ginasta romena Gina Gogean ganhou a competição, por sua exibição tecnicamente perfeita mas destituída de qualquer grande dificuldade superando ''equivocadamente' a série mais difícil da competição e das mais difíceis de todos os tempos, da chinesa Kuy Yuan Yuan. É só procurar nos vídeos disponíveis pela web que encontrará.

O código de pontuações daquela época determinava que todas as rotinas deveriam partir de uma nota 10 e a partir da quantidade de erros que seriam deduzidos os pontos. Como resultado uma série de menor dificuldade e perfeitamente bem executada poderia superar em pontuação uma série com alto valor de dificuldade porém com mais erros de execução. 

E foi exatamente o que aconteceu neste evento tragicômico. 

Critérios negativamente tendenciosos e unilaterais, que exigem apenas um "vencedor", costumam causar este tipo de estrago, em que uma complexidade qualitativa é forçada a se submeter aos caprichos/critérios de avaliações pedantemente perfeccionistas.

Algo bem parecido acontece com os testes cognitivos e seus critérios negativamente tendenciosos ou arbitrários. 


Por exemplo, mulheres que tendem a ser mais direcionadas para a compreensão minimamente correta e interação com seres estão mais propensas a centralizar as características dos mesmos ao invés de suas eventuais realizações, costumam ser parcialmente ''prejudicadas'' nos testes cognitivos porque os mesmos enfatizam a nossa inteligência cognitiva ao invés de nossa inteligência psicológica/emocional.

A mente feminina em média tende a enfatizar em "o que você está sentindo" ou ''como que você está se sentindo''

Ao invés do "o que você fez", comum à mente masculina ou utilitária porque os homens neurotípicos tendem a valorizar as realizações ("coisas") (abordagem mecanicista)  do que o ser (abordagem mentalista) que as realiza. 

Como eu já disse em um texto  do mesmo assunto a psicologia moderna encontra-se dividida em dois setores bem demarcados: A psicologia ideologicamente feminina e a psicologia 'ideologicamente" masculina.

A primeira encontra-se promiscuamente relacionada com a cultologia da "nova esquerda" ou esquerdismo, e tende a enfatizar de maneira considerável pela subjetividade da simetria de categorias e de valores, como 'típica" abordagem mentalista ou "feminina". A simpatia de se igualar os contrastes evidentes entre os seres e tendendo a culpar fenômenos abstratos (que na verdade são produtos das interações inter-seres e não causas) versus a lógica pragmaticamente masculina de se analisar (superficialmente) os seres via ênfase sistêmica ou impessoal e portanto, que está pendendo para desprezo de uma abordagem mentalista. 

Tendemos a ser coisificados pelos homens e especialmente pelos psicometristas, isto é, somos atomizados de nossas identidades essencialmente completas e enviesados dentro de uma perspectiva laboral/utilitária, vistos e analisados como trabalhadores e por nossas eficiências em atividades de natureza tecnocrática. 

Critérios arbitrários são impostos e a partir deste filtro analisa-se a inteligência de maneira tendenciosa.

A água filtrada não é mais natural do que a água de um rio virgem de mãos humanas indecentes. 

Filtra-se uma poluição/complexidade necessária em prol de uma suposta imparcialidade. 

Ainda é o circo de pulgas.


 Ainda é ilusão da igualdade universal, especificamente inexistente entre os seres humanos sendo aplicada erroneamente. 

ainda é a corrida maluca em que uma diversidade de tipos é analisada, sem ser a partir de suas próprias características (mais próximo de uma abordagem mentalista) mas principalmente por suas realizações dentro de um cenário unilateral ou arbitrário. 

Você tem uma girafa, um leopardo, uma tartaruga e uma cobra disputando uma corrida cujo critério é o de chegar mais rápido na linha de chegada. O vencedor será alçado ao rótulo de mais inteligente ou de melhor, generalizadamente falando.


Qi é equivalente ao código de pontuações da ginástica artística ou de qualquer outro esporte em que uma complexidade qualitativa, genuína, é reduzida, histrionicamente purificada, em prol de uma suposta objetividade analítica.

Um 10 ''perfeito'' em execução ou uma nota alta por causa de série muito difícil** O que é melhor*

Perfeição é superior à dificuldade* 

Assim como a ginástica, e também qualquer outro esporte similar, deveria parar de teimar com a sua própria natureza e diversificar os seus critérios bem como também aumentar a sua diversidade de ''vencedores'', o mesmo deveria ser feito em relação à psicologia cognitiva que pelo que parece e em especial em alguns rincões hbd continua a desprezar a natureza complexa e diversificada da inteligência humana submetendo-a a um processo de decantação e purificação equivocada de suas supostas impurezas em prol de uma suposta sinteticidade analítica via dois ou três dígitos de qi. Qi ou testes cognitivos não são reflexos perfeccionistas a perfeitos da inteligência humana e por todas as razões que até agora expus neste blogue. Se houvesse uma relação absolutamente coesa, uma causalidade entre pontuar em testes cognitivos e ser predominantemente inteligente ou sábio, com base em meu neo-conceito ultra-subjacente ou onisciente da inteligência, eu não ficaria aqui ''teimando'' em lutar contra esta maré, se fosse claro como água virgem, eu entenderia e até poderia ter ideias intuitivamente criativas e positivas sobre qi, mas não é o que eu vejo. O fim da imposição da subjetividade moralmente niilista do comportamento, da ação, e humana, como se estivesse divorciada, livre de qualquer rigor qualitativo, e quem te sido implícita a explicitamente imposta nas sociedades ''pós-modernas'', com certeza que nos ajudará a entender a inteligência, de fato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário