terça-feira, 30 de agosto de 2016

Pensadores/reflexivos versus internalizadores/retroalimentadores

Eu já comentei sobre a diferença entre internalizadores ativos e passivos em que os primeiros se consistiriam em proto- pensadores/reflexivos que manipulam aquilo que internalizaram ou que internalizam, e também como proto-pensadores divergentes/criativos e os segundos que tendem a usar as informações internalizadas de modo passivo, sem repensar ou repensando pouco sobre elas. Bem não sei se comentei sobre outras possíveis e ou identificáveis diferenças entre aqueles que são de internalizadores predominantes e aqueles que são de pensadores predominantes. Os próprios termos falam por si mesmos.

 Pensadores ou reflexivos predominantes estão em uma constância de auto-atualização, infelizmente nem todos ou mesmo a maioria  não o faz em direção à sabedoria. Internalizadores predominantes se tornam obsoletos ainda em vida enquanto que pensadores predominantes e sábios estão sempre melhorando  para o seu bem ou para o bem comum os seus modos de vivenciar, de interagir, de agir, de se adaptar, de sobreviver.

Eu não preciso dizer que a maioria das pessoas sejam de internalizadores predominantes que de acordo com as suas formas e expressões internalizam aquilo que lhes for intrinsecamente conveniente sem pensar muito no bem comum.


Homens ''de ação'' são em sua maioria de ''predominantemente estúpidos'' por regurgitarem as suas internalizações muitas vezes quase intocadas sem refletir nelas e em suas consequências ou reverberações, deixando subjacente quanto à sua natureza moral.

Maior é o juízo, maior é a autoconsciência e consciência sobre a realidade, maiores e mais numerosos serão os obstáculos para colocarem pensadores reflexivos em plena ação e de preferência, em ação que adentre nos ''campos de força'' existenciais das outras pessoas, isto é, tendo alcance macro-social ou de ''intrusões''. 

Os internalizadores são ''dogmáticos (minimamente corretos ou não) naturais'' porque ao internalizarem e ao não re-estudarem as informações internalizadas passarão a regurgitá-las, exatamente da maneira com que internalizaram, tal como se faz no próprio do ato de regurgitar.

E percebam o quão convidativa se torna esta metáfora, porque a partir do momento em que internalizam certa informação, dependendo de sua natureza ou de sua capacidade para causar desarmonias, ao regurgitarem a mesma o farão tal como se vomitassem ignorância e estupidez, a dobradinha usual da ''infalível'' mente humana.

Portanto podemos ter um espectro que começa entre os internalizadores (uma tendência universal entre os seres vivos não-humanos) ou ''lógica orgânica'' (o uso subconsciente/fluido/instintivo das próprias características biológicas na sobrevivência): passivos a ativos ou internalizadores proto-criativos e pensadores reflexivos. Internalizadores, em geral, internalizam mais e pensam menos.

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