terça-feira, 16 de agosto de 2016

"Não existe inteligência emocional", afirmam pedras de gelo

Breve relato autobiográfico sobre a suposta inexistência da inteligência emocional 

Algumas pessoas se viciam em drogas, outras se viciam em cigarro, outras se viciam em futebol... Eu me viciei em "hbd", quase tão ruim. Pior do que interagir com típicos estúpidos é a de fazê-lo com os "inteligentos", termo que cunhei e que se refere a qualquer ser (humano) dotado de maiores capacidades cognitivas mas com déficit qualitativo ou em sabedoria. É irritante ouvir um estupido clássico se vangloriando sobre aquilo que pensa que é. Ainda pior é ter de lidar com o inteligento, o idiota cognitivamente inteligente, a maioria daqueles que "determinamos" como "mais inteligentes" porque além de cantar vitória (dar valor a essas bobagens de competição/distração) sobre a sua suposta superioridade e de opinar sobre quase tudo (a síndrome do polímata), geralmente sem um pingo de humildade, o inteligento também gosta de bancar o "gênio criativo" escarrando insights que corroborem com a sua máquina auto alienadora e egocentrada que ele pincela malandramente de ''a verdade dos (seus) fatos''.

A tal "comunidade" "hbd" está lotada deste tipo. Geralmente o inteligento, assim como acontece com a maioria dos seres humanos, ou será mais deslocado para o tipo-empatizador ou para o tipo-sistematizador. O sábio, que devo comentar mais especificamente em outro texto e espero que seja um texto curto, tende a ser justamente uma combinação harmoniosa e equilibrada entre os dois tipos ainda que penda mais para o lado da empatia.


Na psicologia os dois termos se referem a perfis psico-cognitivos em que o sistematizador será aquele que geralmente apresentará maiores capacidades empático-cognitivas e o empatizador tenderá a esboçar maiores capacidades empático-afetivas. Basicamente, o sistematizador analisa, o empatizador sente. Supostamente os autistas seriam em média de sistematizadores extremados, bem demonstrado por suas habilidades lógicas (vagamente falando) acima da média e déficits na ''leitura da mente'', na capacidade de se antecipar aos pares de interação em termos emocionais, por exemplo, identificando corretamente a emoção que está sendo esboçada em expressões faciais.

A maioria dos "hbds" parecem cair no tipo  mais sistematizador e este tende a ser menos emocionalmente inteligente e ainda tem, é claro, o pior, porque este tipo geralmente não sabe que apresenta déficits emocionais, e mesmo quando desenvolve alguma consciência é comum que não ache importante, resultando em seu desprezo habitual pela ''inteligência emocional''.

Uma das razões pra ver a matemática, por exemplo, sob uma perspectiva mais acidamente crítica também se dá por não ser nem mediano neste quesito.


Se não gostamos de algo então tenderemos a desprezá-lo. 


No entanto eu tenho consciência quanto aos meus preconceitos, ainda que isso não reduza a minha crítica à matemática assim como também a minha ênfase filosófica (mais para a empatia/ser/vitalista do que para a sistematização-lógica/"coisa"/materialista) a meros produtos dos meus preconceitos cognitivos, porque eu (também) sei que estou certo. Na verdade em termos logicamente práticos e ''uber-holísticos'' ou filosóficos, eu acredito estar muito bem obrigado, até porque eu tenho tentado estruturar parte da realidade que me assentei, de maneira racional, por exemplo principiando pela inteligência intrapessoal em termos de comportamento e de hierarquia cognitiva, seguindo a regra física da propagação de ondas (comportamento/expressão) que se origina a partir do seu epicentro (ser/forma). 

Poucas pessoas desenvolvem ou são capazes de desenvolver esta autocrítica de modo constante e exponencialmente correto e não seria diferente com a grande maioria dos "hbds". 

Como resultado os sistematizadores hbds, subconscientes sobre as suas próprias fraquezas e preconceitos cognitivos, resolvem endossar com outros colegas sistematizadores  a suposta inexistência da "inteligência emocional". 

Eu poderia negar a existência da inteligência matemática mas eu sei que ela existe e portanto eu não vou ser leviano de cometer a mesma bobagem que os sistematizadores hbd tem feito e teimado. Tal como acontece com a inteligência matemática também é possível notar ou perceber com óbvia clareza a existência de uma inteligência/cognição emocional se manifestando em nós.

No entanto parece comum que muitos sistematizadores tendam a perceber a realidade de modo tão enviesado em sua frieza "puramente' analítica que os fazem desprezar o papel ou a importância dos aspectos psicológicos da/na inteligência. E o mesmo também costuma acontecer com os empatizadores neurotipicos só que em relação à lógica.


Sem primeiro a inteligência intrapessoal/autoconhecimento, desastres de qualquer magnitude serão prováveis de se tornarem realidade. E é o que está acontecendo com aqueles que negam a existência da inteligência emocional...


É pela sutileza que se encurrala charlatões



"Não existe outra inteligência a não ser àquela que é expressada pelo fator g (psicométrico)." 

Mas quando falamos sobre "inteligência", "cognição" ou habilidades matemáticas, verbais ou espaciais também estaremos falando sobre inteligências. Isto deveria ser uma obviedade para os auto declarados experts com toda pompa e circunstância acadêmica. Mas não. 

Então os negadores da inteligência emocional dizem que apenas uma inteligência que pode existir e até fazem graça sugerindo novos e cômicos tipos de inteligência, por exemplo a "gastro intestinal".

No entanto estes mesmos mentecaptos não perdem tempo para falar especificamente sobre a inteligência humana, isto é, sobre habilidades musicais, verbais, matemáticas ou espaciais... Eles negam que exista mais de um tipo de inteligência mas não perdem tempo para falar sobre, e na verdade acabam sempre se esbarrando naquilo que negam, isto é, a diversidade psico cognitiva. 

Eu concordo que existe "um" fator g. E concordo que o fator g tende a estruturar todo nosso comportamento. Mas como eu já falei, e acho que vagamente, eu não acredito que o fator g se consista naquele artefato psicométrico tão alardeado por seus defensores mais inflamados, mas no pensamento essencialmente basal.


Por exemplo, o meu próprio caso. O pensamento divergente se consiste em uma tendência extremamente comum à minha mente de tal forma que eu não acho equivocado ou precipitado determiná-lo como o meu ''pensamento basal'', isto é, desde quando eu começo a pensar, a base do meu pensar já se delineia divergente (e lógico).

Qi versus múltiplas inteligências ... novamente 

A grande maioria dos defensores da teoria das múltiplas inteligências são: esquerdistas, "anti racistas", e a usam para corroborar com o sistema ideológico que seguem porque a mesma tem servido para desmontar a hierarquia cognitiva enviesada nos testes cognitivos que apresentam forte apelo "racista". Se os testes cognitivos provassem qualquer igualdade racial eu não duvido que a maioria dos esquerdistas passassem a acreditar e a defender os testes....

A grande maioria dos defensores da teoria da inteligência-fator g são: direitistas, conservadores e usam esta teoria para refutar o lado de seus algozes assim como também para corroborar ou se alinhar com os seus preconceitos cognitivos. 

Em ambos os lados existem fatores pessoais e políticos/ideológicos interferindo na maneira com que tentam entender este assunto. Poluídos por vieses destas naturezas, ambos os lados encontram-se errados até mesmo porque, ao menos pra mim, vê-se com certa clareza que não se consiste numa ''dicotomia água & óleo'', mas em uma complementaridade dos dois lados.


Pedras de gelo confirmam: Não existe inteligência emocional.



Sistematizadores são tendenciosos para afirmar que não existe inteligência emocional, que apenas a "inteligência-fator g" que existe... {e "capacidades" verbais e não-verbais, matemáticas, espaciais...} Eles são tendenciosos porque tendem a apresentar déficits severos neste aspecto e o pior porque todas as distrações humanas em especial as de natureza tecnológica terminam por produzir um verniz poderoso que os fazem pensar que o conhecimento matemático seja absolutamente superior a todos os outros, isto é, conspiram para alimentar as suas crenças racionalmente embotadas. O homem pode viajar pelo sistema solar com naves que só foram possíveis de serem construídas graças ao conhecimento matemático... Logo a matemática é superior a todos os outros?? 

Não, ainda que por meio da lógica pragmática, utilitarista e anti- filosófica esta máxima pareça muito verdadeira. Internalizadores predominantemente lógicos/sistematizadores tendem a desprezar justamente aquilo em que são piores, o quesito emocional. Os empatizadores também são engenheiros, só que empáticos/sociais. São engenheiros... assim como os engenheiros  materiais. 



''Hbds'' e o tribalismo cognitivo


Onde ''eles'' vira ''nós''

''Eu sou muito inteligente em matemática... e as pessoas que são iguais a mim são mais inteligentes que aqueles que apresentam déficits neste quesito...

Veja só 'o que já fizemos', Newton por exemplo foi um grande gênio da matemática.

Nós somos os melhores''

Eu já comentei sobre a narrativa (e psicologia) tribalista em que ocorre uma espécie de ''coletivização de feitos individuais ou individualização de qualidades coletivas''. De uma maneira ou de outra se consiste em uma apropriação indevida. Pois então, este mesmo tribalismo também acontece no caso da ''inteligência''.

O tribalismo cognitivo, assim como qualquer outro tipo de tribalismo, não contribui em nada para que possamos entender melhor o comportamento humano e pelo que parece por causa das perspectivas existenciais psico-cognitivas, tanto dos sistematizadores quanto dos empatizadores, apenas aqueles que forem mais equilibrados nos dois tipos de padrões/pensamento-padrão/basais que poderão fazer os julgamentos menos unilateralmente preconceituosos.


Se não existe inteligência emocional então eu não tenho irmãos...


A minha família direta é cognitiva inteligente, como eu já relatei algumas vezes. No entanto, em termos emocionais, todos apresentam déficits e que foram ampliados por causa de alguns fatores ambientais que tem nos afetado desde a muito tempo, por exemplo, a redução de nosso padrão de vida desde quando mudamos de cidade.

No entanto é fato que em termos emocionais não apenas os meus pais e irmãos mas também uma parcela bastante significativa da população, brasileira e humana, apresentará déficits ou dificuldades para desenvolver a inteligência emocional com excelência.

A maioria das famílias desenvolvem parco conhecimento mútuo, dos pais em relação aos filhos, entre irmãos, etc... de si mesmos. A partir daí todos os problemas familiares e/ou de convivência, brilhantemente explicados pela metáfora dos porcos espinhos de Schoppenhauer passarão a se manifestar de modo constante e sem prazo de validade pra acabar. Não sabemos lidar com a intimidade interpessoal porque somos em sua maioria de emocionalmente embotados.

Quando leio em algum recanto obscuro da ''comunidade 'hbd''' que não existe tal coisa como '''inteligência emocional'' eu me pergunto então qual que seria a deficiência que, especialmente os meus 'irmãos', apresentam, se não é matemática, verbal, espacial, musical... qual seria** Lógica comportamental**

Mas o comportamento não tende a se relacionar com a emoção*

A falha comum deles (em especial dos meus irmãos) não se encontra especialmente na ''empatia afetiva''** (mas também na empatia cognitiva)

Enfim, dizer que não existe inteligência emocional ''por causa do fator g... porque só existe uma inteligência'', é uma grande bobagem, é perda de tempo, é perda de tempo de minha parte ter de redigir textos como este para mostrar o óbvio, mas este parece ser o principal papel do sábio, de teimar em lutar contra a estupidez humana, sempre exuberante, constante, dominante e prepotente...

Como eu já falei antes uma das razões mais fortes para rejeitar a inteligência emocional por parte dos neoconservadores ''hbd'' (e outros similares) é porque a mesma tem sido utilizada juntamente com as ''múltiplas inteligências'' para refutar a ''teoria dos testes cognitivos como únicos métodos para se demonstrar a inteligência'' e também como contraponto de neutralidade em relação aos resultados discrepantes em testes cognitivos entre as raças humanas.

Eu tenho apenas que gargalhar que algumas pessoas continuem teimando toscamente ao negar a existência da inteligência emocional porque eu mesmo tenho vivenciado a falta literal da mesma dentro de casa, além do fato de que todo sábio genotípico seja emocionalmente inteligente, eu sei mais sobre este assunto do que a maioria dessas pessoas que negam aquilo que não entendem. que não tem de maneira mais desenvolvida e/ou que desprezam.

Os ''hbds'' comumente gostam de acusar os seus algozes de manipularem semanticamente pra vencerem os seus embates ou para desenvolverem os seus pontos de vista ''empatizadores' (a nível superficial). Mas neste e em muitos outros casos são eles, os ''hbds'', que parecem estar manipulando a semântica pra empurrar suas ideias unilaterais e portanto parcialmente irracionais/lógicas.






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