sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Inteligência ou resiliência emocional* e Ápice de qualidade moral/comportamental

Antes da inteligência ser:

- capacidade adaptativa
- capacidade abstrata
-capacidade de julgamento moral
- capacidade de compreensão factual
- capacidade de lidar com as pessoas
- capacidade de lidar com a complexidade,

enfim,

de se ser ''capacidade'',

antes de ser tudo isso, a inteligência principia-se em sua raiz enquanto  PERCEPÇÃO. É a partir da percepção sensorial e interpretação daquilo que está sendo percebido que a inteligência passa a ser composta.... quando inicia-se simples e ao mesmo tempo decisiva em sua raiz.

Tal como a nascente de um rio, que geralmente nasce tímida em regiões montanhosas, a inteligência é essencial ou primordialmente uma ''micro-tendência'' que por sua vez desaguará em muitas outras macro-tendências, da origem do pensar até ao comportamento. O tal fator g ou reconhecimento (minimamente correto a consistentemente correto) de padrões basais até aos mais complexos . 

Recentemente eu me deparei com um teste de ''inteligência emocional'' e logo percebi que provavelmente pontuaria baixo. 

Mas eu não consigo me ver como alguém 'com' ''baixa inteligência emocional''. A partir daí eu comecei a perceber algumas obviedades sobre a mesma tal como a sua grande multidimensionalidade de tipos e eu pensei em alguns deles:


- resiliência emocional 

 capacidade de se resistência emocional às intempéries ou simplesmente controle emocional.

- compreensão factual intrapessoal (autoconhecimento)


capacidade de autoconhecimento ou auto-reconhecimento de padrões (fator g intra-vertido)

- compreensão factual interpessoal (reconhecimento sofisticado de padrões no comportamento e temperamento das outras pessoas e/ou seres)


capacidade de reconhecimento de padrões extra-pessoais, isto é, direcionado para as outras pessoas (e no caso de uma conurbação com inteligência naturalista: ... também em relação aos seres não-humanos).

- Inteligência emocional prática

capacidade, auto-conhecida ou não, de conviver com os ''outros'' pares de interação, que eu já comentei que geralmente depende das condições demográficas do ambiente de interação. Geralmente aqueles que são adaptáveis aos seus respectivos ambientes sociais tendem a ser 

Os  inteligentes emocionais práticos costumam ser adaptáveis a qualquer ambiente social, muitas vezes de modo pragmático ( ou o único jeito de se ser adaptável a qualquer ambiente social).

- Inteligência emocional teórica

São os ''cognitivamente inteligentes'' em compreensão factual emocional, intra e interpessoal. A ''inteligência emocional'' por si mesma. Se consiste na real capacidade de se compreender as próprias emoções bem como também as emoções dos demais e de inferir as melhores respostas. No entanto, por ser puramente teórica, muitas vezes os emocional-teoricamente inteligentes apresentarão grande resistência por parte de seus ''pares de interação'' para transformar este atributo em prática ou ação literal e efetiva e uma das principais razões é a de que a maioria dos seres humanos são principalmente de ''internalizadores individualmente bio-lógicos'' do que de pensadores reflexivos, isto é, que não são sábios ou perfeccionistas comportamentais e acabam acatando de modo subconsciente as suas próprias necessidades biológicas do que a de buscarem pela evolução pessoal, neste sentido.

- Dominância emocional

Novamente, encontra-se relacionada com as circunstâncias ambientais, de interação interpessoal e portanto não está decisivamente relacionada com a manifestação literal da inteligência emocional, especialmente em termos ideacionais e potencialmente ativos (ser/pensar emocionalmente inteligente). É muito comum que os mais emocionalmente dominantes, na verdade, sejam desprovidos de capacidades emocionais plenamente desenvolvidas. Fatores correlacionantes como as características biológicas (maior estatura, maior testosterona e portanto comportamentos dominantes, etc) tendem a influenciar na dominância emocional interpessoal e a afetar esta relação.

Analogamente falando, é como se tivéssemos matemáticos teoricamente/ideacionalmente inteligentes e os matemáticos socialmente dominantes que escolhem e impõe a sua maneira de entender esta realidade específica sobre os outros, em especial sobre o matemático ideacionalmente inteligente. 

Estamos lidando com internalizadores bio-lógicos de longo prazo que raramente mudarão radicalmente ou ao menos numa espiral exponencialmente perfeccionista de atualizações comportamentais/morais voluntárias (sabedoria) ou involuntárias ( proxy para a sabedoria). Novamente voltamos à magnânima, final porém serena supremacia dos mais sábios, que apenas nascem mais ideais em termos morais (o comportamento decisivo ou julgamento moral). E eles são uma raridade entre os seres humanos. 

Como eu já falei diversas vezes esta crença de que as pessoas racionalizam diretamente aquilo de 'correto' que ouvem ou que interagem modificando o seu comportamento de modo moralmente qualitativo ou basicamente, de se serem mais racionais, não parece se consistir na plena verdade, se a maioria não costuma nem constante nem inteligente neste quesito. Pode-se dizer que a maioria dos seres humanos sempre acabam parando em algum ponto, metaforicamente falando, tomando-o como o ideal e passando a avançar muito pouco, isto é, todo mundo tem o seu ápice de qualidade moral/comportamental, enquanto que o sábio seria dos poucos que de fato buscariam de maneira constante e exponencialmente qualitativa/moralmente perfeccionista a melhoria de seu comportamento, produzindo um ápice de qualidade moral/comportamental muito mais superlativo do que do ser humano médio.



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