quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Combitos...

1- A liberdade econômica só será plenamente possível no dia em que não tivermos psicopatas ou que tivermos apenas pessoas que sejam eticamente/moralmente inteligentes

Justamente por isso que ''o mundo'' precisaria da precisão semântica e moral com o intuito de estrangular todas as brechas que tornam possível o predomínio contínuo no poder de diferentes tipos de psicopatas e estúpidos, o primeiro que se adapta no erro e o segundo que confia e nutre no erro.


2- Forma & expressão: estupidez/ignorância - culpa/inocência e porquê tantas pessoas são irracionais*

O ser humano, como ''eu'' tenho falando várias vezes, é um ser híbrido entre a sua capacidade de discernimento ou razão/racionalidade e o seu instinto. E claro que este hibridismo se fará muito diverso entre nós. O sábio seria aquele que melhor compreende este estado pessoal de coisas passando a refletir e a modificar em uma maior frequência e com exponencial qualidade sobre as próprias atitudes, sempre oriundas de pensamentos anteriores além de também buscar a mais perfeita compreensão da realidade.

A partir da lógica de ''comportamento'' ou ao menos de '''interação' com o mundo exterior'' dos objetos&coisas inanimados, eu concluí que, também em relação aos seres vivos, o comportamento obedece a uma lógica hierárquica epicêntrica, portanto partindo do epicentro de sua forma/ser ou existir e se espalhando de maneira 'vibratória' ou expressiva enquanto comportamento. A forma que define a expressão. 

A razão também pode ser compreendida como uma espécie de ''segunda consciência'', em que, ao invés de termos apenas uma consciência, que denominei de ''clausura existencial/corporal'', o auto-reconhecimento de padrões, dos próprios padrões e posterior reação ou uso dos mesmos, que se consiste na lógica do comportamento irracional: agir ou expressar conforme a forma ou características psico-biológicas, haveria uma ''segunda opinião'' que julgaria as atitudes tomadas pela ''primeira consciência'' ou ''clausura existencial''.

3- Ambientes estáveis reduzem testosterona e podem afetar as características da população masculina*

Da mesma maneira que o homem casado e com filhos tende a ter o seu testosterona reduzido, se for comprovado  tal causalidade, justamente por não mais buscar por mulheres para o acasalamento e que homens divorciados demonstrem maior testosterona, ambientes muito instáveis  podem aumentar a frequência de testosterona a longo prazo entre os homens, por representarem maior desafio para a sobrevivência, por exemplo, aumentando a competição.... E se o testosterona afeta a "qualidade" do esperma então ambientes instáveis ou culturas "espartanas" podem causar mudanças de natureza epigenética entre os homens aumentando a masculinidade de modo intergeracional. Por outro lado ambientes estáveis reduzem a longo prazo o testosterona de uma crescente parcela da população, se for comprovado este tipo de causalidade, podendo afetar também na produção e ''qualidade'' do testosterona.

Mulheres muito estressadas também podem produzir filhos diferentes daquelas que não estão. Claro se for comprovado tal causalidade.


No mais, homens divorciados podem apresentar maiores valores de testosterona do que aqueles que são mais capazes de gerir um relacionamento de prazo vitalício... ou... novamente, quando o casamento termina, o homem e a mulher podem sofrer mudanças hormonais diretamente relacionadas com suas mudanças sociais e psicológicas, isto é, quando voltam à ''cena''. 


4- O ser humano é como um megazord

Nós somos como vidas simples, donas de nossas próprias terras (corpo), bactérias latifundiárias.

As vidas complexas são como megazords 


Em que temos "a ilusão do corpo" como as fronteiras daquilo que existe dentro e "power rangers" no comando, vidas simples.



5- Não adianta ter uma biblioteca em casa, ler cinco livros por mês e 

não saber argumentar sobre aquilo que lê (baixa capacidade cognitiva fluida),

não ter entendido de fato a proposta reflexiva dos livros que leu, em especial aqueles de teor político...

5.1- Cognição fluida é uma espécie de criatividade de curtíssimo prazo

Argumentar é uma atividade fortemente criativa e testa com eficiência as nossas capacidades argumentativas, isto é, para manipular e construir pensamentos criativos....

A grande diferença entre criar um produto finalmente criativo e útil, que se perpetuará pelo espaço por tempo indeterminado e de, por exemplo, argumentar, é a que a segunda atividade se consistirá justamente em um ''produto'' de curtíssima duração. 

A sociedade super-valoriza a capacidade cristalizada que no fim acaba sendo usada para fins subjetivamente egoístas ou anti-filosóficos, por exemplo, para o status ''intelectual''.

menos livros e mais inteligência: julgamento correto, por favor!


6- Epicentro conceitual: principal técnica para a precisão semântica 

As ''coisas'' primeiramente são... 

Por exemplo, a homossexualidade.

A homossexualidade primeira se consiste em atração pelo mesmo sexo, este é o seu epicentro conceitual. O resto é correlação. 


7- Todo mundo é conformista em algum grau

A diferença entre o conformismo irracional e o lógico--racional

Todo mundo é de uma maneira ou de outra conformista, no entanto existem aqueles que se assentam em solos mais racionais e portanto firmes; aqueles que desprezam qualidades sutis dos seus solos, os ''lógicos'' (lógicos não-racionais) e ainda aqueles que se convencerão que suas areias movediças são apenas mais moles que os demais.

Um dos atributos que tendem a correlacionar de maneira significativa com a conformidade ilógico--irracional é justamente a socialização, em que: 

- quantidade substitui o valor qualitativo

- aparência supera essência

Talvez uma boa parte da conformidade ilógico--irracional tenha suas raízes justamente neste ''estrabismo'' ou confusão de prioridades assim como também de qualidade.

Alguns experimentos psicológicos (éticos) tem mostrado que a conformidade ilógico--irracional pode se manifestar mesmo em tomadas subconscientes de atitudes consideravelmente bizarras e como eu tenho falado com frequência, vivemos ou estamos solapados por ''roupas novas'' de imperadores ou falsidades qualitativas, tomadas como qualidades absolutas, por exemplo, a ''arte'' moderna, em que um bando de tolos atribuem talento genuíno à riscos, desenhos mal feitos ou geringonças ridículas, apenas porque lhes foi anunciado que se consistiam em obras primas de ''gênios contemporâneos da arte''.

Um dos casos mais populares e emblemáticos é justamente a ''obra prima'' de Pablo Picasso, Guernica. Posso aceitar o ''valor histórico'' da dita cuja mas não a considero como uma bela pintura sob qualquer parâmetro de avaliação e no mundo das artes plásticas, quer queiram quer não, a beleza é um critério absolutamente necessário, mesmo quando se busca pintar ou construir o feio, há de se ter alguma beleza ali, embutida, subjacente.

No entanto, milhões e milhões de pessoas consideram Guernica como uma das obras mais espetaculares que o homem já fez. Tal como a metáfora da nova roupa do rei, porque ''todo mundo'' acredita, muitos se convencerão que: não pode ser outra coisa a não ser a verdade.

O ser humano parece funcionar exatamente como aqueles bandos de pássaros em suas formações gigantescas, com a diferença de que o seu sincronismo coletivo tenda a ocorrer de modo menos evidente e claro, no solo, ;)

E os outliers são os mais dessincronizados.

Novas roupas do rei ou dos reis ainda poderão ser encontradas em cada ação que praticamos e que não são objetivamente coerentes, úteis ou eficientes. Por exemplo, a escola. A eficiência nebulosa da escola para transferir conhecimento é tamanha que também poderia ser considerada como uma falsidade qualitativa.

Inconformidade ideal é tão difícil de ser alcançada como o caos ou desordem absoluta.


O caos constante ou passageiro é o único verdadeiramente inconformista.

8- Criatividade ao nível de ''gênio'': alienação não-alienante

A maioria das pessoas ao se tornarem mais alienadas (e de fato isso tende a acontecer de modo mais difuso e diverso, porém evidente, mesmo com a ''socialização'')  tendem de fato a perderem contato com o mundo que não se encontrar além de suas fronteiras, de suas próprias fortalezas.

A criatividade, contrastantemente, parece se consistir em uma alienação não-alienante, em que primeiro tem-se de fato a ''alienação'' ou a progressiva auto-centralização, mas que não se dará de modo alienante, que teria como óbvio resultado na alienação típica do ser em relação ao seu meio, obstruindo o seu potencial ou canal perceptivo. Auto-centrado porém perceptivamente curioso/aguçado, o ''gênio criativo'' combina dois opostos, e mais parece funcionar tal como uma concha, fechado em si mesmo, mas que abre com frequência, e que ainda por cima produz ''pérolas'' ou ''ideias criativas''.

9- A criatividade é a emancipação existencial, ocasional a predominante, do ser em relação à sua própria natureza, que para muitos outros será autoritária/ditatorial.

A criatividade é um grito de liberdade em relação à própria existência, uma tentativa de fuga pessoal à escravidão que se consiste a natureza e sua lógica pragmática e fria em relação ao indivíduo e às suas necessidades.

10- A escola deveria ensinar matéria de ''correlação e causalidade''...

... porque pode contribuir consideravelmente na qualidade do pensamento.

Estatísticas, autoconhecimento, conhecimento naturalista e interpessoal/social, psicologia, filosofia/sabedoria/ética e ''correlação e/ou causalidade''...

Um verdadeiro templo do saber precisa ensinar a estrutura de nossos pensamentos e ações e modos, se possível, de se controlá-los para que possam ser se possível melhorados.

11- Empatia também é carência ... Empatia: " multiplicação de Cópias de si mesmo'' 

Tal como uma máquina de xérox, a socialização bem sucedida em especial para o indivíduo, se dá a partir do momento em que ele consegue ''multiplicar'' a quantidade de pessoas que emulem, sinceramente ou não, as suas próprias características, incluindo em especial os seus pontos de vista, enfim, o seu ''meio de vida pessoal''.

Empatia também é carência

Isso deve ''explicar'' em partes o porquê do psicopata ser o menos carente, não necessariamente o porquê de existir a psicopatia, mas a carência enquanto um parâmetro de divergência saliente entre ''psicopatas'' e ''não-psicopatas''.



O que é pensar pela emoção...

Eu já falei que tenho um tio que é mentiroso patológico. Eu já comentei também que ele inventou que tem uma namorada inglesa, linda, rica e famosa e que por acaso esta namorada se chama Gema Aterton. Meu tio é feio, cheira a gambá, é pobre, se veste com roupas velhas e tem um papo que em sua superfície até pode parecer simpático e interessante mas que inevitavelmente terminará revelando o seu espírito megalomaníaco e infantil. Em suma, ele não tem nada que possa cativar uma mulher. No entanto ele inventou, mostrando absoluta falta de autoconhecimento, que conseguiu conquistar uma mulher de qualidades mundanamente excepcionais. 

Uma pessoa predominantemente lógica ao ser exposta à tamanha afronta de coerência: ''um João-ninguém com toda sorte de repelentes anti-femininos embutidos em si, deixando de joelhos uma mulher linda, rica e famosa'', inevitavelmente julgará que tal situação não pode ser verídica. Mas quando temos o fator emoção mal posicionado onde deveria primeiro ter o raciocínio lógico tudo pode acontecer. Inclusive de se acreditar que tais milagres possam acontecer e em especial com um parente seu. Isso tem acontecido com a minha mãe que como típica mulher mesmo depois de muitas evidências, desde as já alardeadas até as subsequentes, como por exemplo quando o meu tio mentiu pra ela que iria viajar e foi pego no flagra, ainda tem alimentado esperanças de que a tal "namorada" aparecerá pra levar o "Zé Bonitinho" pro estrangeiro, lhe tirando a árdua tarefa de continuar tolerando a presença mal cheirosa do seu irmão problemático. Ela ainda acredita

Pensar com a emoção, e claro, em momentos equivocados, costumeiramente nos faz jogar qualquer lógica na lata do lixo mantendo apenas o sentimento pré-histérico predominando e mandando no raciocínio. Logo pode-se divorciar da métrica rigorosa da lógica e acreditar que papai noel existe ou que. mesmo depois de tantas evidências, certos milagres ainda possam acontecer. 

Como eu pendo muito mais pra lógica do que pra emoção, ainda que não o faça de modo (igualmente) desequilibrado, desde quando passei a ter conhecimento desta ''estória'' que o meu farol de desconfiômetro se ascendeu e por incrível que pareça eu ainda fui capaz de acreditar até porque a minha mente não estava plenamente familiarizada com as fotos que o meu tio usava como "provas". Ele também, proto-astutamente, usava outro nome para o seu ''amor verdadeiro''. É aquelas, por mais absurda que certa estória possa ser dependendo de nossa consciência de sua importância, podemos deixar esses furos lógicos passarem batidos e esta parece ser a regra pra maioria das pessoas.


E claro que este problema de lógica também pode ser observado em vários outros aspectos da vida, porque afinal de contas estamos a todo momento sendo expostos a desafios mentais, no mundo real.

Na política por exemplo da mesma maneira que minha mãe tem sido vagarosa para compreender a natureza explicitamente psicopática da esquerda brasileira, ainda que tal atributo se consista em algo mundialmente generalizado, ela também tem sido lenta para perceber o quão mentiroso e até mesmo perigoso pode ser o meu tio problemático.

Quando pensamos com a lógica tendemos a analisar as relações de causa e efeito, de padrões, de coerência ou contradição entre os elementos, primeiro, enquanto que quando pensamos com a emoção, sentimos primeiro, e aquilo que nossos sentimentos ditam predominará sobre aquilo que nosso raciocínio lógico está apontando, tímida e subconscientemente. 

Pra mim é absolutamente alógeno pensar que uma pessoa possa acreditar em tais incoerências ou que não possa perceber certos padrões bem lógicos, bem fáceis de serem capturados, a priore, porque a minha mente é antes de tudo lógica, mas não termina por aí, porque eu também sinto e muito, e como resultado eu também sou capaz de entender o outro lado.

O pensar com emoção pode ser lindo e existencialmente necessário quando feito de modo racional e extremamente bizarro quando se torna predominante ou desequilibrado.

O gênio é a fronteira entre a desordem e a excepcionalidade genética, por isso que é tão raro...

Parece que a manifestação do gênio ou ao menos de altos níveis de criatividade exige ''certa' necessidade de uma organização incomum do cérebro e sabemos que o mesmo não funciona ou existe em separado do corpo. E uma organização incomum tende a se correlacionar com uma cadeia geralmente correlativa de desordens, mentais e gerais/corporais.

Nesta fronteira entre a desordem, pura e simplesmente falando, e a excepcionalidade, é onde que geralmente o gênio ''nasce''. O gênio é um ''escolhido'', por assim dizer, porque ''o destino apostou alto'' em relação a si, mediante a confluência anterior de fatores genéticos e ambientais que o produziram, e teve a sorte, ou nem tanto, de nascer justamente na ''zona perfeita'', entre a ''doença'' e a ''excepcionalidade'', falando novamente sobre a ideia de ''zona habitável'', geralmente usada em astronomia e em geografia, agora também para a psicologia, enquanto metáfora útil e divertida, ;)

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Eu sou filho do meu desprezo... e outros esmos

Ao amar a vida,
odeio a humanidade,
que nunca soube vivê-la,

Eu sou filho do meu desprezo,
sou-lhe do mesmo sangue,
mas em alma,
 pareço ter vindo d'outro mundo,
pois vivo n'outra vida,
eu não compartilho a mesma vida com eles,
lhes sou um perfeito estranho,
mantido em voluntário cativeiro,
por uma mazela cada vez menos, confortável,
 minh'alma, é minha única amiga de verdade,


O corpo é o mensageiro e guardião do espaço e tempo que nossos antepassados tem vivido e ''triunfado''

Eu guardo a primavera de terras distantes,
sóis de outros horizontes,
a hereditariedade do próprio espaço e tempo,
nascemos camuflados,
nascemos preparados para viver naquele ambiente,
somos herdeiros de particularidades,
de um frio de quebrar gelo,
ou de um calor de queimar a planta dos pés,
morremos cedo se viemos tropicais, jogados no meio da neve,
morremos tarde se na noite estrelada, coqueiros sussurram o tempo,
passando pelo corpo, gelando a alma,
acariciando a melancolia,
esta pessimista profunda,
que todos correm,
o melancólico vai ao teu encontro
de braços abertos,
de sorrisos sinceros,
poetas sensíveis,
de almas de cristal,
que vivem de doença,
sem viver a vida,
de crença,
que o organismo é sempre vigoroso e valente,
se, se sempre morre,
a própria vida é doença,
nasceram quentes ou mais agradáveis,
e viveram no frio de verões solitários,
curtos, apressados,
a pele muito branca,
que fingiu ser neve,
e que queima, tostada num sol sem piedade,
somos ambiente,
somos andarilhos cientes,
que continuamos camuflagem,
se verde em cor,
na mata há de se esconder,
que não tolera bipolaridades do clima,
se segue o equilíbrio,
repelirá o caos...




Seleção natural pra solidão 



Eu seleciono tanto
que no final encontrei o meu ideal
sempre em mim mesmo
Se a minha seleção é natural
quanto mais próxima da solidão
e mesmo por tanto querer alguém
no final, sou sempre eu que eu chamo
pra me fazer companhia nesta vida

eu corro atrás da vida,
quero uma razão pra viver
uma explicação
e a vida está sempre atrasada
como um coelho branco
a me deixar aqui sem certezas
me espetando com os meus devaneios
de continuar a me torturar
eu quero saber ainda mais
ainda mais do que posso suportar
se saberei como fazê-lo
minha vida é de perguntas
de razões que não sei onde estão


Pensadores/reflexivos versus internalizadores/retroalimentadores

Eu já comentei sobre a diferença entre internalizadores ativos e passivos em que os primeiros se consistiriam em proto- pensadores/reflexivos que manipulam aquilo que internalizaram ou que internalizam, e também como proto-pensadores divergentes/criativos e os segundos que tendem a usar as informações internalizadas de modo passivo, sem repensar ou repensando pouco sobre elas. Bem não sei se comentei sobre outras possíveis e ou identificáveis diferenças entre aqueles que são de internalizadores predominantes e aqueles que são de pensadores predominantes. Os próprios termos falam por si mesmos.

 Pensadores ou reflexivos predominantes estão em uma constância de auto-atualização, infelizmente nem todos ou mesmo a maioria  não o faz em direção à sabedoria. Internalizadores predominantes se tornam obsoletos ainda em vida enquanto que pensadores predominantes e sábios estão sempre melhorando  para o seu bem ou para o bem comum os seus modos de vivenciar, de interagir, de agir, de se adaptar, de sobreviver.

Eu não preciso dizer que a maioria das pessoas sejam de internalizadores predominantes que de acordo com as suas formas e expressões internalizam aquilo que lhes for intrinsecamente conveniente sem pensar muito no bem comum.


Homens ''de ação'' são em sua maioria de ''predominantemente estúpidos'' por regurgitarem as suas internalizações muitas vezes quase intocadas sem refletir nelas e em suas consequências ou reverberações, deixando subjacente quanto à sua natureza moral.

Maior é o juízo, maior é a autoconsciência e consciência sobre a realidade, maiores e mais numerosos serão os obstáculos para colocarem pensadores reflexivos em plena ação e de preferência, em ação que adentre nos ''campos de força'' existenciais das outras pessoas, isto é, tendo alcance macro-social ou de ''intrusões''. 

Os internalizadores são ''dogmáticos (minimamente corretos ou não) naturais'' porque ao internalizarem e ao não re-estudarem as informações internalizadas passarão a regurgitá-las, exatamente da maneira com que internalizaram, tal como se faz no próprio do ato de regurgitar.

E percebam o quão convidativa se torna esta metáfora, porque a partir do momento em que internalizam certa informação, dependendo de sua natureza ou de sua capacidade para causar desarmonias, ao regurgitarem a mesma o farão tal como se vomitassem ignorância e estupidez, a dobradinha usual da ''infalível'' mente humana.

Portanto podemos ter um espectro que começa entre os internalizadores (uma tendência universal entre os seres vivos não-humanos) ou ''lógica orgânica'' (o uso subconsciente/fluido/instintivo das próprias características biológicas na sobrevivência): passivos a ativos ou internalizadores proto-criativos e pensadores reflexivos. Internalizadores, em geral, internalizam mais e pensam menos.

Sem preconceito pra erros e bizarrices, pelo menos aqui

Novamente, experimento ideias e me arrisco, algumas vezes de modo cômico, mas não me sinto por isso, eu erro, aliás.... todo mundo erra e feio, os meus errinhos são até divertidos vai**

Não sei quanto às outras, mas a minha mente é assim...

Muitas vezes não serão as ideias que serão ruins mas o texto...

Enfim, é a vida, ;)




Combo de ideias criativas (ou não) sobre criatividade, melancolia, filosofia...

1- Matéria prima pra intuição criativa: ter uma maior quantidade e diversidade de informações internalizadas ruminantes, circulando por um bom tempo no subconsciente....

Parece-me que a duração de tempo em que as informações continuam a 'transitar' por nossas mentes é um forte indicador de maior ou de menor ideação divergente.


2- Melancolia & ignorância/fluidez subconsciente: ''ver a vida passar...'' 

fluidez/ignorância = simetria entre o ser e o seu espaço/tempo/vivência ou experimentação existencial.

realismo existencial =  assimetria entre o ser e o seu espaço/tempo, resultando na melancolia/depressão existencial, de encontrar-se dessincronizado com a ('própria') vida, vendo-a passar.

Quem não vê a vida passar, vive-a de modo mais inconsciente...

em que apenas ''a própria vida que existe'' e não '' a vida '' por si mesma, clássico egoísmo/ignorância existencial, que acomete, novamente e infelizmente, a maioria.


3- Todos nós temos múltiplas personalidades porque o mundo é multidimensional...

Por exemplo, eu estou mais ''psicopata''/astuto no quesito ''ingenuidade/sagacidade'', ''autista''/bom caráter no quesito ''honestidade'', tdah/impulsivo no quesito ''sinceridade'' ...

4- O sábio é o mais sério de todos, aquele que entende que a vida não é brincadeira e nunca foi...

no entanto sabe ser pueril quando pode e deve...


5- A explicação mecanicista/científica do comportamento não interfere na explicação existencial/filosófica porque a primeira fala sobre as suas causas físicas enquanto que a segunda fala sobre as suas possíveis reverberações expressivas, isto é, naquilo que pode resultar. Portanto, ''desequilíbrio hormonal'' e ''maior percepção da realidade'' podem conviver sem problemas. O maior problema parece se dar justamente na ideia de que o ''desequilíbrio hormonal'' seja o único causador de 'distúrbios' de humor como a depressão, ao invés de se pensar também numa causa exterior ao organismo, ainda que continue a necessitar de uma disposição imperativa para tal efeito. 

Como eu sempre tenho comentado sobre este assunto. 

''Ela está com depressão''

''A causa é o desequilíbrio hormonal''

Uma explicação mecanicista, fria, parcial e portanto equivocada.

Fatores causais sociais, emocionais, etc, obviamente que atuarão como gatilhos para a manifestação de certo comportamento e não apenas a ''origem orgânica''.

''O desequilíbrio hormonal'' pode ser mais disposto mas precisa de uma causa exterior ao organismo, na maioria dos casos pelo que parece.

6- Para o "conservador/naturalista" raças existes e lhes são  relevantes porque....

...ele está à procura de pessoas que lhes são fenotipicamente similares, em termos comportamentais mas também em aspecto racial/aparência.

Já para o "liberal social/proto-pseudo-filosófico" o comportamento é o mais importante. Portanto o seu epicentro de ênfase seletiva/procriativa/ social estará fortemente direcionado para o comportamento. Isso explica EM PARTES porque a raça não é (ter se tornado) um elemento de significância pra ele...porque o que é mais importante é como que as pessoas se comportam, perceba que para muitos liberais sociais: "o mais importante é o caráter" (ideologicamente relacionado) e não apenas a raça, que é subentendido como bio-narcisista, por se buscar por espelhos que reflitam as suas próprias características ao invés de "espelhos de almas" que revelem similaridades no comportamento (ideologia, moralidade, etc.)


7- Maior autoconsciência/hiper-consciência sobre a realidade pode aumentar a covardia...

Quando pensamos muito nas causas, consequências,  por exemplo, no ambiente em que estamos, esta hiper-ruminação pode ter como efeito um maior acovardamento para tomada de decisões porque ''tudo'' passa a ser considerado como potencialmente perigoso, e se pararmos pra pensar, de fato é.

Portanto pode-se concluir por agora que ser um pouco ignorante ao que acontece ao seu redor pode não ser tão ruim assim.

Sem levar em conta que além de maior covardia uma hiper-autoconsciência também pode te fazer muito mais paranoico, obsessivo-compulsivo e ansioso, e falo por experiência própria, apesar de não ser hiper-autoconsciente, ainda estou bem acima da média, e novamente, sem nenhum pingo de auto-engrandecimento narcisista e intencional.

8- Compreensão instintiva/naturalista/científica NÃO é a compreensão final 

A compreensão final se consiste no entendimento de todas as perspectivas e subsequente julgamento moral.

9- A maioria dos seres humanos são sempre ingênuos/inocentes e ignorantes/culpados

Menos muitos tipos virtuosos como o sábio que compreende essas duas falhas essenciais do ser humano e da vida em geral a passa a purificar-se delas.

10 - O pensamento é uma espécie de regurgitação das internalizações de informações

tal como está para inspiração/expiração

Tal como a batida do coração que se consiste em uma espécie de movimento involuntário do corpo (e mente)

11- Para bom entendedor...

Por que não existe uma página da ''wikipédia'' falando sobre a ''maior'' inteligência europeia, leste asiática ou negra ...

mas existe uma página especialmente dedicada sobre a ''maior'' inteligência dos judeus asquenazes**

Apenas um sinal e já se pode pensar em que mundo realmente estamos...

quando a lógica/justiça/VERDADEIRA igualdade vai pro ralo, o sinal de alerta se ascende para sábios e instintivos ...

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Criatividade mentalista é um estado de pré-autoconsciência absoluta e obsessiva

Novamente o exemplo do experimento soviético 

A vigília ideacional obsessiva tende a ser frutífera para a criatividade. No entanto níveis muito altos de vigília ou alerta podem causar insônia a estados mentais psicóticos. 

Portanto pode-se dizer que os níveis pré-psicóticos mais altos de vigília/ideação são os mais frutíferos para a ruminação divergente potencialmente criativa. E os mesmos também podem ser entendidos como estados pré autoconscientes absolutos, muito próximos dos estados autoconscientes absolutos que foram demonstrados no "experimento" soviético, em que que algumas almas desafortunadas foram usadas como cobaias para se ''saber'' por quanto tempo que o ser humano é capaz de ficar acordado, diretamente, sem dormir.


Os estados mais elevados da criatividade se assemelham/aproximam destes estados, por isso que eu os defini como pré-psicóticos.

Talvez todo estado hiper-autoconsciente seja ou termine por resultar em obsessão, visto que a ruminação ideacional se tornará uma realidade absolutamente constante.

A ruminação ideacional obsessiva dos mais criativos tende a se aproximar deste estado final e totalmente mórbido ou não-adaptado que o ser humano pode ser capaz de chegar.

Os mais criativos talvez possam exibir diariamente ou por semana uma atividade ruminativa ideacional muito mais intensa, constante e flutuante do que em relação aos neurotípicos ou aos neuroatípicos hipo-ideativos.

Os mais criativos seriam então de hiper-ideativos.

Novamente a ''linda'' família humana... muitas vezes ser o ''irmão'' mais novo pode ser muito problemático...

De acordo com a espiritualidade existem aquelas pessoas que sentem prazer subconsciente a proto-consciente de sugar as nossas energias, de minar a nossa autoestima, a nossa alegria de viver. Algumas vezes essas pessoas aparecerão nas nossas vidas de relance, por falta de sorte. Mas pode piorar, porque algumas vezes (ou muitas vezes) esses vampiros podem estar dentro da própria ''família''.

No reino animal não-humano não é incomum casos de ''irmãos'' mais velhos que matam os seus ''irmãos'' mais novos e talvez algo parecido possa acontecer quando ao invés de um ''irmão'' você tem a mesma falta de sorte que eu e tem um vampiro sugador de energia vital morando debaixo do mesmo teto. Ao contrário de um homicídio direto, aberto e frio perpetrado pelo filhote mais velho contra o filhote mais novo, podemos ter uma guerra fria, constante do ''irmão'' mais velho em relação ao mais novo. Mas nada impede que esta relação entre vampiro e vítima possa se dar do irmão mais novo contra o mais velho, e assim por diante. A relação principal não é mediada e caracterizada pela diferença de idade apenas mas de temperamento e de características biológicas, em que geralmente será o mais forte e biologicamente maduro que transformará o seu ''irmão'' mais novo em bode expiatório. 

Estamos submergidos dentro de uma lama de subconsciência e irracionalidade. E muitos comportamentos que são comuns em seres vivos não-humanos, por exemplo, o parasitismo, podem acontecer e acontecem entre/com os seres humanos e em uma frequência possivelmente espantadora.

Este ódio irracional, esta mistura de inveja, desprezo e vontade subconsciente de destruir, de esmigalhar aos poucos, parece estar bem presente no meu querido ''irmão'' do meio (ainda que também não tenha nada de bom para falar sobre o meu ''irmão'' mais velho) e direcionado à minha pessoa.

Esta perseguição subconsciente, sistemática, constante, irracional, odiosa, esta transferência de frustrações, inveja e ódio em cima de minha pessoa, se consiste nada mais nada menos na emersão de comportamentos irracionais que encontram-se bem assentados entre os seres vivos não-humanos tal como foi brevemente mostrado acima.

O predomínio da força sobre a razão na maioria das ''famílias'' é arrasadora e nos mostra o quão ridiculamente desenvolvidos estamos em termos emocionais. Não é a toa que o ser humano tende a ser tão tolo e ao mesmo tempo tão inteligente. Podemos perceber claramente o porquê de assim tendermos a ser. Apenas olhem para os grandes monumentos das civilizações humanas e compare com a capacidade média de compreender a si mesmo assim como também aos outros de modo exponencialmente perfeccionista. De baixo da belíssima Torre Eiffel temos um barril de pólvoras inter-pessoal pronto pra explodir a qualquer momento. 

Valorizamos a matéria porque desenvolvemos ''nossas'' habilidades de criar, de inventar novas matérias, que no início foram usadas como armas para caça e defesa. Em compensação deixamos a desejar em termos de auto-conhecimento e compreensão factual inter-pessoal.

As pessoas mais sábias deveriam se unir por definitivo como maneira de suportar um mundo por demasia cretino. 

Sabedoria não é moderação... novamente

Se o espectro político ideológico revela nossas maneiras de pensar e de entender o mundo 

...

Da extrema esquerda à extrema direita 

A sabedoria (e o sábio) não é a moderação entre um lado e outro do espectro político/evolutivo mas a soma e potencial uso de todos esses lados... 

Por isso o pensar reflexivo ...

Metaforicamente falando ou nem tanto o cérebro racional expõe para os seus ''donos'' as possibilidades de escolhas "ideológicas"/morais/evolutivas por já ter dentro de si os dois sistemas ''humanos' de compreensão de mundo, da "esquerda" e da "direita", o mundo da ambiguidade e da busca por novidades e o mundo da rigidez binária, categórica e precaução, O mundo da arte e da lógica --matemática.


esta completude mental faz com que o sábio sempre tenha em mãos pré-internalizado várias perspectivas tornando a tarefa de reflexão dos seus pensamentos muito mais comum

também é possível pensar se a baixa auto-estima/auto-dúvida, diametralmente comungada com o seu oposto, possa ter algum importante papel na constante ruminação ideacional -- ativa perfeccionista do sábio em relação ao mundo em que vive.

Portanto, novamente, mas, creio eu, dito de maneira diferente:

sabedoria não é moderação

sabedoria é a soma ou a existência/convivência interna de todos os lados ou tipos de alcances perceptivos, dos mais instintivos-naturalistas aos mais domesticados-culturistas. 

Em outras palavras, enquanto que a maioria dos seres humanos tem, metaforicamente falando, apenas parte do mapa da realidade para seguir, no labirinto, natural ou fabricado por psicopatas e mentirosos patológicos, o sábio é um dos poucos com o mapa completo e sua perspectiva existencial, dentro desta metáfora, é a de se posicionar na saída deste labirinto.

Eufemismos semanticamente precisos

Dizer a verdade é o mesmo que ser grosseiro??

Não.

A função da compreensão factual é entender sobre algo e não de ofender. A ofensa se consiste em uma intrusão emocionalmente equivocada e no final das contas tende a ter pouco efeito no mundo real.

O clássico caso dos brancos (broncos) nacionalistas que tem passado duas a três décadas falando mal porém de modo factualmente correto, a nível superficial, sobre os seus algozes, imaginários e reais, e no entanto a inércia tem prevalecido desde então. Tal como um divã em que cidadãos comuns da raça branca se prostram a confessar as suas frustrações e medos racionalmente coesos (e outros nem tanto) em sites e blogues direcionados a este público que parecem funcionar exatamente desta maneira e sem encontrar qualquer solução para os seus problemas. 

Falar mal ou "a verdade" não tem adiantado muito para os broncos nacionalistas. E então, o que fazer?

É justamente aquilo que falta, fazer.

Em tempos de mordaça politicamente correta tem-se demonizado os eufemismos como se fossem os reais culpados desta situação.

Categorizações não são apenas positivas mas também qualitativamente negativas. Por exemplo o caso dos seres que nascem com algum tipo de retardamento ou déficit em amadurecimento em alguma particularidade. Antes chamava-se um cadeirante ou portador de deficiência locomotora de "aleijado". Um termo abusivo, excessivo e moralmente estúpido. Aleijado é uma ofensa e não uma simples descrição categórica. É um excesso absolutamente inútil. 

No entanto alguns eufemismos podem ser  mais polêmicos por exemplo o termo "especial" especialmente para pessoas com deficiência mental. Ainda que no final pode-se aprender a associar o termo às condições deficitárias, pra muitos, também ocorre um abuso próximo a uma espécie de humor negro ou deboche porque apesar de todas as boas intenções uma deficiência mental, motora ou biológica continuará sendo uma deficiência. No entanto podemos recorrer à minha ideia quanto a amoralidade das palavras abstratas e portanto "especial" pode facilmente ser percebido neste contexto de uma maneira particularmente qualitativa e não como usualmente fazemos em outros contextos.

O fato é que eufemismos versus dizer a verdade é uma falsa dicotomia e portanto são perfeitamente cambiáveis. Não são como uma dicotomia ''água e óleo'', em que um não pode ocupar o mesmo espaço que o outro.

Para dizer a verdade "limpa" de considerações afetivas e portanto puramente cognitiva é necessário ser grosseiro ou mesmo insolente??

É habitué desde a muito comparar a população negra com primatas. Primeiramente todos nós somos primatas, isto é, um tipo de primata, ou ainda melhor, de animais. Segundo que de fato existem populações humanas que passaram por menos processos seletivos e continuaram olhando como os primeiros seres humanos. O negro subsaariano é metaforicamente falando como um barro enquanto que o branco europeu é como uma jarra. O barro é a matéria prima. A jarra é o produto modificado do barro. Ou outra metáfora, o negro é como a laranja. O branco é como o suco de laranja. Um foi menos modificado que o outro. Essas observações não deveriam ser encaradas de modo histérico pois não há nada de ofensivo olhar mais como um primata se assim somos todos e no final continuamos a continuaremos a ser seres vivos, enquanto continuidades biologicamente recombinantes e divergentes.


Não é ofensa parecer com um animal porque somos animais, primordialmente falando... 

Portanto existem dois fatores nesta situação 

Eufemismos não buscam mascarar a realidade necessariamente mas quando são usados sabiamente podem ser muito mais precisos do que qualquer ofensa disfarçada de "apenas dizer a verdade".


Ser sincero não significa necessariamente de ser factualmente correto. 

O bom uso do eufemismo obviamente visa criar a melhor composição de descrição factual sem a necessidade de excessos tanto para o lado afetivo ou empático que comumente resulta na mentira quanto para o lado cognitivo que usa a desculpa da descrição lógica para ofender de maneira gratuita, contraproducente e excessiva.

domingo, 28 de agosto de 2016

Ser inteligente é julgar correto: sinônimo de racional

''Inteligência é a capacidade de se adaptar''

Esta é uma das muitas definições de inteligência que tem sido corretamente coletadas. No entanto, há de se ter um termo, isto é, um conceito primordial que de fato defina de maneira integrada no que se consiste a inteligência, de maneira direta, universal, isto é, que esteja presente em todos os tipos de inteligência e de comportamentos que por ventura possam ser entendidos como ''inteligentes'', ainda mantendo este estado vago de coisas, mas ao menos em sua raiz conceitual, acho que encontrei uma maneira de definir inteligência.

Muito simples,

''inteligência é a capacidade de se fazer julgamentos corretos''

''fazer julgamentos corretos'' está subjacente a toda ação que possa ser minimamente considerada como inteligente.

Ué, mas este é o conceito de racionalidade!!! não é*

Não necessariamente. Racionalidade é a capacidade de se fazer julgamentos equilibradamente corretos, um adendo qualitativo para a capacidade perceptiva humana.

Novamente voltamos às minhas re-definições para ''lógica'' e para ''racionalidade''. O que eu já falei em outros textos, o conceito de inteligência se relacionaria mais com a lógica, em especial em sua versão pré-moralizada, pois se caracterizaria por tudo aquilo que funciona ... e que pode funcionar ''adequadamente''.

Portanto tudo aquilo que fazemos e que fazemos correto ou factualmente correto será inevitavelmente o resultado de ''julgamentos corretos'' (julgamentos minimamente corretos, ao menos). A técnica de cada ação correta, pré-moralizada, será o julgamento correto ... ou inteligência, em sua definição mais primordial ou em sua raiz conceitual. 

A partir desta definição-mãe que poderemos vislumbrá-la em relação às múltiplas facetas que a ''inteligência'' tende a se desdobrar. 

E se o julgar correto tem como principal finalidade o resguardo da vida ou sobrevivência então a partir daí aparecerá a racionalidade e subsequentemente a sabedoria como melhorias significativas da inteligência, que em seu estado pré-moral ou ''lógica'', tudo aquilo que funciona, independente de critérios morais, estará no mesmo nível de percepção e eficiência que TODAS as formas de vida, pressupõe-se que, adaptadas por tempo indeterminado. Portanto racionalidade e sabedoria são evoluções essencialmente diretas da ''inteligência' humana como a conhecemos, continuando com esta expansão perceptiva e cognitivamente empática, isto é, que principia-se pelo ego primordial que submete a grande maioria das outras formas de vida, criando as suas respectivas atomizações perceptivas/egoístas, e que começa a se tornar muito mais abrangente, tal como a metáfora do ''campo de força'', a partir da racionalidade.

Racionalidade e sabedoria são muito mais eficientes para a sobrevivência do que a lógica/inteligência, a que tem predominado, também, a olhos vistos, entre os humanos.

O conceito, de fato, da inteligência portanto é o de ''julgar corretamente'', a partir da precisão semântica, enquanto que o exemplo de definição do início do texto, ''capacidade de se adaptar'', mais parece se consistir em um dos potencialmente lógicos efeitos de ''julgamentos minimamente corretos/coerentes''. Outros tipos de definições, por exemplo, a ''capacidade avançada do pensamento abstrato'', ainda não parece definir a inteligência em sua universal/primordial essência

Aquilo que todo aquele que for ''mais' inteligente faz, independente do tipo e nível de inteligência, é o de julgar corretamente, claro que em uma prevalência ou constância e qualidade consideravelmente variáveis.

Todo racional é inteligente ou todos os racionais pertencem ao domínio inteligência: outra ''prova'' associativamente absoluta sobre a primordialidade conceitual da racionalidade sobre a inteligência.

Não é todo inteligente que se adapta, se não há uma quase-a-universalidade de associação entre os termos (adaptáveis) ou ações (se ''adaptar'') envolvidos então não será conceitualmente essencial.

Inteligência não é pensar profundamente, rapidamente, ou ser articulado. Tudo isso se correlaciona mas não é conceitualmente causal, intrínseco à mesma, ainda que se aproxime de uma quase-intrinsecabilidade/causalidade conceitual.

Você pode pensar rapidamente e cometer erros básicos por causa deste excesso de velocidade,

Você pode pensar profundamente e se confundir com algum excesso de complexidade,

Você pode ser articulado e isso não se consistir em uma essência definitivamente qualitativa de pensamento e discurso,

Você pode apreender certo conhecimento e não julgá-lo de maneira correta, isto é, aplicando factoides como se fossem fatos.

Assim como a criatividade se consiste no pensar-e-criar divergente e tendo como resultado um produto potencialmente útil (de alguma forma útil) e de qualidade, a inteligência também obedece o mesmo padrão, e surpreendentemente, à revelia, por minha parte, parece que cheguei a uma definição semanticamente precisa/idealmente correta e essencialmente utilitária do termo.

A inteligência é o pensar/julgar correto e portanto deixando implícito a necessidade de que tais julgamentos corretos se consistam em produtos factualmente--minimamente corretos, de lógicos a sábios.


Experimentação teórica: o avesso do avesso... autoconsciência não é autoconsciência... mas sim ...

O ser vivo mais simples é o mais autoconsciente, auto no sentido de autômato, automático...

Até chegar a nós humanos, em que seremos os menos autoconscientes e portanto os mais duvidosos sobre a realidade... Os menos eu-centrados se formos comparar com os demais seres vivos. Menos instinto, menos certezas e mais perguntas... 

No sentido de ''autômato-conscientes'' somos os menos cientes de si mesmos (novamente, se comparados aos outros seres vivos) e portanto nossa capacidade perceptiva se estende além de nossos próprios umbigos sujos...

Uma obviedade é claro.

Ingenuidade cognitiva/afetiva e o que realmente significa

A ingenuidade é o produto de um (re)conhecimento superficial em relação às outras pessoas ou "coisas", como a ideologia por exemplo. A ingenuidade é um mal julgamento e portanto um ato especialmente irracional. 

A ingenuidade se divide em dois tipos: A ingenuidade cognitiva e a ingenuidade afetiva. A ingenuidade cognitiva é justamente a definição que sugeri acima, isto é, consistindo-se em uma dificuldade de se ser cauteloso e buscar conhecer melhor pessoas e "coisas" de maneira minimamente factual ou correta. Sim, ser ingênuo nas relações consiste-se em um mal julgamento, em calcular mal. O ingênuo predominantemente cognitivo pode não ser também ingenuamente afetivo mas é comum que o faça visto que a apreensão cognitiva tenda a vir primeiro que a afetiva. Ingenuidade também pode ser sinal de déficit em sabedoria se já o será em relação à racionalidade. 


Todo potencial de (re)conhecimento tem uma raiz não-verbal, instintiva e portanto que encontra-se mais intrínseca ao ser. É justamente por isso que o autoconhecimento é tão importante visto que acaso perceber em si mesmo uma vulnerabilidade para a ingenuidade então poderá tentar neutralizar esta potencial fraqueza. No mais cabe aqui aquele velho conselho de sempre desconfiar, buscando uma maior cautela, assim como também de reconhecer sinais de desonestidade.

A ingenuidade afetiva já se caracterizaria por um déficit em reconhecimento emotivo ou das emoções que as pessoas expressam. Portanto é perfeitamente possível ser bom no reconhecimento cognitivo de padrões comportamentais mas de não conseguir sustentar o mesmo nível de acerto em relação à emoção. O famoso "manteiga derretida", que se emociona por qualquer esboço emotivo ou também o tipo que interpreta as emoções alheias tal como se fossem as suas e com as suas intenções, o ingênuo pseudo hiper-racional que aplica o seu modo honesto, direto de entender o mundo sobre os demais, a famosa empatia parcial, que eu já falei faz um bom tempo, o modo habitual de sentir empatia via auto-projeção, nos colocamos no lugar dos outros mas ainda como se fôssemos a nós mesmos, abordagem empática proto-egoísta, facilmente observada em relações familiares, por exemplo, quando os pais dizem fazer o melhor para os seus filhos e na verdade se consiste em fazer o que eles definem como melhor, primeiro pra si mesmos, desrespeitando as idiossincrasias dos próprios filhos, como eu também já falei, a maioria das pessoas não se conhecem idealmente bem e nem mesmo os seus próprios parentes, o ser humano médio é emocionalmente/mentalisticamente deficiente.


Eu já comentei que a ingenuidade também poderia ser considerada como ''sinônimo--gêmeo-bivitelino'' para estupidez, justamente por ferir a regra primordial da inteligência, o ''bom'' julgamento.

O poeta não é apenas ou fundamentalmente aquele que escreve poesias

O poeta é um daqueles seres humanos raros que sente a realidade sem filtros, de uma maneira mais profunda e realista. Nem todo poeta que será sábio e na verdade o contrário parece ser a regra mas todo poeta será existencialmente realista e a poesia é apenas uma tentativa de imortalizar a beleza de seus sentimentos no ápice de sua expressão. Portanto a poesia é um produto de uma perspectiva existencial sem filtros predominantes para negar a autoconsciência e inevitavelmente se por do lado tanto da vida quanto da morte e apenas viver, mais do que qualquer outra coisa, de se consistir em um compromisso inadiável, impossível de ser evitado, de se ser mais livre do que poderia e mesmo assim aguentar, suportar tal liberdade/insegurança.

sábado, 27 de agosto de 2016

Obsessão, aprofundamento divergente e sua relação geralmente ou possivelmente negativa com ''realizações escolásticas''... mais metáfora do poço de petróleo

A mente criativa e especialmente a que tiver maior potencial de constância obsessiva, especulativa/investigativa de longo prazo, funciona, metaforicamente falando, tal como quando ocorre a descoberta de um poço de petróleo e a sua subsequente exploração. 

Primeiro nós temos a procura pelo ''poço'' para a obsessão.

Depois nós temos a descoberta de um ramo pra ser explorado, estudado mais profundamente até cair numa paixão obsessiva, num aprofundamento/perfuração vertical especulativa/ideacional/divergente e potencialmente criativo(a).

O incremento do aprofundamento vertical pode ter efeitos colaterais para a manutenção de uma certa simetria em relação ao ''conhecimento horizontal'', geralmente holístico e invariavelmente superficial, que é geralmente necessitada em testes cognitivos, na escola, no trabalho ou para passar em concursos públicos, o famoso '' 'estudar' para a prova''.

'estudar' = decorar.

A evolução humana ideal se dá com base na maturidade emocional...

Maior a maturidade emocional, maior a racionalidade, maior a eficiência na mitigação de perigos eminentes, enfim a maximização da sobrevivência...

A herdabilidade do qi aumenta com a idade??

Como assim?????

Herdabilidade é uma probabilidade de hereditariedade usualmente encontrada em estudos com gêmeos idênticos ainda que isso necessariamente não tenda a refletir a paisagem genética maior que os abarcam mas especialmente a paisagem genética menor de suas respectivas famílias.

Então graças a um "papagaio hbd", que eu me tornei consciente/intelectualmente curioso--alerta em relação a esta máxima: " a herdabilidade do qi aumenta com a idade, '20%' na infância, '40%' na adolescência e '80%' na fase adulta".

Então eu passei a me questionar sobre o quão errada parece estar esta frase conclusiva porque afinal de contas herdabilidade me parece ser um termo que cabe apenas ou fundamentalmente antes do nascimento tal como uma estimativa de hereditariedade. Enfim muita abstração e poucas certezas, talvez. Tudo solto pelo ar e muitos tomando essas abstrações como verdades absolutas, literalizando-as.

Como eu interpreto esta máxima:

Na infância o cérebro ainda está se desenvolvendo. Portanto ocorre maior variação nas pontuações de qi, de desempenho cognitivo. E ainda mais específico, se não estiver errado, ''de acordo com o método galtoniano, usando gêmeos univitelinos, esta variação mostra maiores diferenças de desempenho cognitivo entre eles''. Então, na adolescência, o cérebro já está mais desenvolvido e portanto essas discrepâncias tendem a se reduzirem. E a partir da vida adulta com o término da maturação cerebral a variação de desempenho em testes cognitivos se torna bem mais estabilizada ou reduzida.

Mais estável = mais herdável? 

Não necessariamente...

Esta estabilização progressiva no desempenho cognitivo reflete as etapas de maturação/desenvolvimento cerebral e não de níveis de herdabilidade que costumam ser estimados antes do nascimento como prévias de hereditariedade.

A hereditariedade se consiste no resultado da herdabilidade e que por sua vez parece que se consiste na estimativa para a hereditariedade. 

Vale ressaltar que, em especial, em relação aos traços comportamentais existe uma maior variação para cada um deles e portanto pode-se "herdar" mutações de um mesmo traço, e ainda se consistir em uma hereditariedade ou transmissão intergeracional implícita, modificada, porém existente. E personalidades são usualmente recombinantes em termos hereditários. 

Minha proposta é a de especular conclusivamente se a herdabilidade é mais ou menos fixa ao longo de toda vida e que na verdade esta suposta ''variação de herdabilidade do qi'' expresse as etapas de maturação cerebral.

Conceito de herdabilidade: 
é um coeficiente genético que expressa a relação entre a variância genotípica e a variância fenotípica, ou seja, mede o nível da correspondência entre o fenótipo e o valor
 genético. Assim, a herdabilidade mede o grau de correspondência
entre fenótipo e valor genético que é, em última instância, aquilo
 que influencia a próxima geração.

Os psicometristas em média parecem ser essas pessoas maravilhosas que inventam fórmulas matemáticas fantásticas mas escorregam naquilo que deveria ser o mais simples, os conceitos das palavras que usam e suas aplicações corretas.


Portanto, como conclusão, sempre atrevida,  a herdabilidade do qi é estimada antes do nascimento do ser humano, e a sua variação fenotípica/expressiva ao longo da vida não reflete a sua variação, se já se nasce com a ''inteligência'', mais ou menos herdada, ao menos em termos genotípicos, porque reflete a sua progressiva estabilização assim como também o processo de desenvolvimento e maturação do cérebro.

O valor genético ou genotípico de algo que já foi herdado parece ser o mesmo durante toda a vida. O que de fato muda ao longo do tempo é o valor fenotípico ou expressivo e claro, dependendo de qual traço que estivermos falando. Por exemplo, a cor dos olhos, que para a maioria das pessoas parece que é fixo por toda a vida, ainda que possamos debater sobre a variação do seu brilho (maior durante as primeiras fases da vida e mais ''desbotado'' durante a velhice**) 

O processo de maturação e desenvolvimento do cérebro é mais tumultuado e variável justamente durante o período em que está se desenvolvendo de maneira mais intensa, a memória ambiental ainda é fresca, etc. Juntamente com a memória ambiental cognitiva, ou conhecimento cristalizado, que essa poeira vai se assentando até a vida adulta. 

Estabilidade não é herdabilidade, é genotipicalidade, por exemplo, um homossexual muito afeminado é mais genotipicamente fixo do que um bissexual com identidade sócio-sexual mais variada.

O valor genotípico de um homossexual masculino muito afeminado será muito maior do que o valor genotípico de um homossexual masculino mais ''normal', claro que em relação a sua homossexualidade, mediante o grau de intensidade/predomínio de ''feminização'' ou de ''trans-sexualização natural'' do primeiro em relação ao segundo.

E o mesmo pode ser dito sobre as características cognitivas, por exemplo, criatividade. O mais criativo será mais genotipicamente criativo do aquele com menor intensidade e/ou constância expressiva.