domingo, 26 de junho de 2016

O sábio é sempre inteligente, o criativo não... e ..... Dois tipos de estúpidos baseado no simples conceito-critério de intensidade: déficit ou descontrole

A criatividade é uma peça da cognição, que por sua vez é comumente confundida com ''inteligência''. Metaforicamente falando, a criatividade é como se fosse uma peça 'extra' da cognição [ ''inteligência'' ] que seria como o esqueleto, a estrutura de um carro ou de um Megazord, ;). Isso explica porque os testes cognitivos tendem a se correlacionar muito bem com a maioria dos tipos de ''inteligências'', porque os mesmos se relacionam mais intimamente com a cognição, de onde se originam todas as ''inteligências'' ou sub-cognições, aquilo que os psicometristas chamam de ''fator g''. 

A sabedoria, por sua vez, se consistiria na ''alma de todas as sub-cognições, incluindo a criatividade'', como eu já falei, e que por fim, produziria justamente aquilo que entendemos holisticamente como ''inteligência'', que também pode ser conceituada rapidamente como a combinação constantemente adequada entre personalidade e cognição. A sabedoria é sempre um resultado e nunca apenas um conceito cheio de possibilidades como nos casos da inteligência e da criatividade. Como eu já falei longinquamente, a sabedoria é sempre homogênea, porque é extremamente objetiva e similar. A sabedoria busca pelo melhor pensamento possível, enquanto que a criatividade se caracteriza justamente pelo oposto, isto é, pela diversidade do pensamento e dentro de um espectro maior e mais tolerante para o cometimento de erros. A cognição por sua vez, encontra-se totalmente dependente da criatividade para que possa ser útil, como uma replicadora ou sustentadora das ideias dos gênios criativos, de todos os tipos. Sabedoria e criatividade se assemelham porque são, ambas, constantemente originais. No entanto, a sabedoria sempre pende para o equilíbrio, isto é, para o melhor julgamento/raciocínio possível. Já a criatividade não.

Partindo deste princípio podemos afirmar sem qualquer dúvida que o sábio sempre será inteligente enquanto que tal intrinsicabilidade [ 1=1, a causalidade perfeita, orgânica] não será nem causal nem fortemente correlativo em relação à criatividade, e portanto, nem todo criativo será verdadeiramente inteligente ou sábio.


Os dois tipos de ''estúpido''

aquele que tem  pouco em intensidade [ ''quantidade'' ] e qualidade cognitiva

 e 

aquele que ''tem muito'' mas não tem controle ou bom julgamento (sabedoria)


O '''estúpido''' (ainda sem um  nome melhor e mais correto para classificá-lo) pode ter uma capacidade cognitiva/intelectual limitada e também pode ter grande capacidade mas não ter controle ou bom julgamento para gerir este potencial mais largo e/ou intenso. 

Quem tem baixa capacidade cognitiva tende a ser teoricamente mais racional do que muitos daqueles que exibem grande capacidade. No entanto, a [comparativa] baixa capacidade cognitiva tende a se relacionar com ''baixo auto-controle'' ou melhor, com maior ímpeto evolutivo/ impulsividade, indicando que está um pouco mais perto do ''reino animal não-humano'' do que os demais, até mesmo por ser menos domesticado.

É claro que este tipo também pode ser encontrado entre as camadas mais medianas de capacidade.

O que parece ser a chave da estupidez é o déficit em auto-consciência reflexiva ou sabedoria, da mesma maneira que o que falta á sombra é a luz, se consistindo então em uma relação essencial ou dualista. Esta falta parece ser causada especialmente pelo déficit no auto-controle, tanto para o primeiro tipo de ''estúpido'' ou ''menos-inteligente'', quanto para o segundo. No segundo, interessantemente, será justamente a maior capacidade que se encontrará fora de controle e sendo usada muitas se não na maioria das vezes contra si mesmo.

Forrest Gump é o exemplo fictício mais interessante para ilustrar cinematograficamente este texto justamente por representar o primeiro tipo de ''menos-inteligente'', mas por exibir um bom julgamento em relação às circunstâncias em que vive, a maioria delas que parecem acontecer opressivamente, isto é, a sociedade americana de sua época sentenciando o seu destino em especial por causa de sua menor capacidade cognitiva, por exemplo, quando vai para a guerra no Vietnã, um pouco estranho esta parte porque pessoas que pontuam muito baixo em testes cognitivos geralmente não são aceitos no exército americano.

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