domingo, 19 de junho de 2016

O fatofrenico

Me alucino por fatos
Fatos dados
Dando pinta
Pegando fogo 
Como um sinal 
A fumaça o calor 
Piscando nas fussas
Delírios por obviedades
De verdade, de verdade
Doidinho da silva
De Souza ou dos santos 
Um Smith ou qualquer outro insano
Eu sou um fatofrênico
Mas podem me chamar de sábio 
Eu prefiro um diagnóstico
Do que uma piada interna
Preferem adoentar-me
Não precisa
Eu faço primeiro 
Que delira ouve vozes
De dentro daqui 
Do coração
Que resolveu dar sua mão pra razão 
Coisa rara os dois humildes assim 
Pombinhos amados
Emoção e lógica
Deram uma trégua e eu renasci 
Sou fatofrênico 
Quero remédios 
Sou anormal 
A norma não cabe em mim 
Me desdobro como papel 
Faço barquinhos 
Na imaginação
Faço mapas 
Decoro capitais 
Sou fatofrênico
A minha doença é ser real 
Por ver o real 

aceitá-los
Fatos
Meus monstros meus vultos 
Obsessivo por eles 
Fã número um
Fatos nus
Posters do lado da minha cama 
Porque eu sou um fatofrenico

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