terça-feira, 10 de maio de 2016
O perfil cognitivo intermediário, um pé e metade do corpo nas ''humanidades'' ...
... e o resto a caminho das ciências biológicas ou ciências-ciências...
Aqueles com perfis intermediários (proxy para o potencial criativo) sofrem muito mais para se adequarem às demandas binariamente ou unilateralmente tecnocráticas de parte do mercado de trabalho onde predominam as profissões cognitivamente complexas (das que já existem em ''nossas'' sociedades) do que aqueles com perfis unilateralmente integráveis.
Você precisa se decidir!!!
Eu estou no meio de um espectro entre as humanidades e as ciências ''difíceis', especialmente as biológicas. A minha psicologia cognitiva gravita entre os dois tipos enquanto que a maioria das pessoas parecem cair ou tolerar os pressupostos pré-definitivos de seus respectivos grupos sócio-cognitivos mais íntimos, isto é, a maioria ou se torna mais para as humanidades (em estilo psico-cognitivo) ou mais para (uma d)as ciências 'difíceis', biológicas ou exatas. Seu eu fosse mais focado dentro de um ramo, talvez eu até tivesse continuado na faculdade. E se eu fosse MUITO voltado para apenas um dos ramos ((da superfície)) do conhecimento humano, é provável que teria grandes chances de ter continuado com a minha ''formação profissional'' (alargada). No entanto, pelo fato de nutrir interesses, por 'diferentes' ramos do conhecimento, ou que estão divididos deste modo, de maneira aleatória ou espontânea, natural, descompromissada (meus hobbies), não-linear e criativa, as minhas chances para me sujeitar a um sistema que praticamente se impõe enquanto um filtro proto-meritocrático (e fortemente unilateral, especialmente nas humanidades), seja por razões cognitivas ou psicológicas (''ideológicas''), se reduzem consideravelmente. Em palavras mais resumidas e corretas, eles querem uma proposta de trabalhador acadêmico (''pesquisador'), conformado (especialmente nas humanidades), tanto em termos cultológicos quanto em termos cognitivos (ou seja, sem criatividade ou liberdade criativa) e curricularmente ''coeso'' ou unilateralizado (super-especializado em poucas áreas). Pensadores decididamente livres tem pouco espaço nesses ambientes.
As pessoas neuro-normativas parecem encontrar-se em uma situação a nível neurológico em que os seus cérebros não conseguem de maneira natural, constante e correta, mesclar uma maior diversidade de ideias que, aparente ou forçosamente, foram repartidas dentro dos muitos cursos acadêmicos que são oferecidos, e especialmente nas humanidades assim como também aquelas que são entendidas como ''auto-excludentes''. Isto é, os seus cérebros tendem a manter a integridade proto-pseudo-lógica das informações que emanam das mesmas fontes das quais passam a se alimentarem continuamente, reduzindo dramaticamente as suas respectivas diversidades de ideias, que é fonte, tanto para o pensamento criativo quanto para o pensamento sábio, e aumentando concomitantemente a alienação ou ''pureza'' dessas ideias, progressivamente conformadas entre si, via pseudo-lógica. Palavras complicadas que podem ser facilmente resumidas à ''dualidade'', ou mais especificamente ao pensamento binário, o ser ou não ser, rigidamente incompleto e portanto predominantemente irracional, que tem como bruta finalidade ou resultado, a competição.
Como resultado, cria-se um sistema de processamento de informações altamente tendencioso e rigidamente hierárquico, ambos de caráter negativo ou desconstrutivo. O problema não é ser tendencioso ou mesmo rigidamente hierárquico, nós precisamos começar de algum lugar para sustentar nossas bases argumentativas/ideacionais e vivenciais. O problema é quando a base já se principia de maneira predominantemente equivocada.
Por exemplo, nos departamentos de história, na maioria das vezes, apreende-se, de maneira implícita ou explícita, que apenas ''a raça banca'' que é culpada por todos os males da humanidade, e que portanto, aceitar o dissolvimento das fronteiras dos países ocidentais (e de suas respectivas seguranças sociais) bem como também o deslocamento demográfico de suas populações autóctones (e autoctonizadas como no caso das colônias euro-alógenas de povoamento), é apenas o frugal a ser feito, isto é, aceitar como esperado, espontâneo, moralmente correto, enriquecedor e desejável.
A base já está significativamente equivocada, por mais salpicada de nacos de razão possa estar. A partir desta linha torta, se construirá metaforicamente falando, árvores de igual aspecto e constituídas por raízes tóxicas, como quando uma ignorância é sofisticada, ''evolui'' e adquire o mecanismo de metástase e passa a contaminar tudo aquilo que encontra pela frente.
Os ricos também choram...
os monstros também podem evoluir...
para as nossas desgraças.
E potenciais reverberações em testes cognitivos
Os cérebros que são muito simétricos ou que exibem menor lateralização parecem estar mais propensos a:
- produzir baixas pontuações em testes cognitivos (e potencialmente, uma grande discrepância de pontuações entre os sub-testes)
e
- confusão e/ou extrema ambiguidade mental (proxy para psicose)
Esquizofrênicos tendem a pontuar mais baixo em testes cognitivos e tendem a ter cérebros bastante simétricos, se comparados com os grupos de controle (neuro-normativos) e ambos parece estar relacionados, claro que, com agravantes para o cérebro tipicamente perturbado pela esquizofrenia.
No entanto, eu tenho a impressão de que a partir deste padrão básico de morfologia cerebral, de menor lateralização, também poderá existir, em média, maior ''potencial' perceptivo, por uma lógica intuitiva primária, por ter um filtro psico-cognitivo 'pouco' eficiente, 'minha' antiga ideia de que a baixa inibição latente aumenta o potencial de percepção exponencialmente perfeccionista e internalização ou aceitação da realidade percebida (ou princípio psico-cognitivo da razão), produzindo uma mente mais empírica, do que neurotípica, que tende a ser lógico-irracional.
Lógico porque é capaz de conceber pragmatismos que esboçam certa lógica obviamente notável ou espectro do senso comum e do bom senso, mas se torna irracional, por não conseguir tolerar o pensar avançado ou exponencialmente completo, que inevitavelmente se traduzirá na rejeição de qualquer forma de preconceito cognitivo negativo e ou abertura das fronteiras de segurança conclusiva-exclusivista que delineia o pensar lógico/pragmático.
Longínqua analogia com esquizofrenia
Esquizofrênicos e parentes próximos tendem a ter maior diversidade de interesses se comparados com a população neuro-normativa** (equivaleria ao oposto do espectro do autismo) Eles tendem a pensar em vários assuntos ao mesmo tempo, mais do que os neuro-normativos** ((mesmo que não queiram**))
E será que essa ''não-escolha'' pode reverberar em suas abordagens psico-cognitivas de longo prazo, tanto no sentido de atrapalhá-las para se ajustarem ao regime semi-escravo-tecnocrático, quanto para abrirem janelas de oportunidade no que tange ao potencial desenvolvimento, domesticação e usufruto de suas capacidades imaginativas altamente desorganizadas e exteriormente intrusivas, mesclando o mundo interior, o mundo dos imagináveis, com o exterior, o mundo dos ''reais''.
Conclusão
Verdadeiros pensadores livres, isto é, que ou aqueles que de fato, pensam por conta própria, tendem a apresentar a consciência do seu inconsciente particular e de sua tendência de grande influência no comportamento dos seres vivos, em geral (se já não se consistir na manifestação da cognição, ao menos em um estado de hipo-auto-consciência); os fazem exponencialmente desconectados do mundo do trabalho (semi-escravo) dos seres humanos, que estão permanentemente adormecidos de sua própria natureza (a quase universal fraqueza na inteligência intrapessoal, extremamente necessária e atuante em um cenário perceptivo altamente desenvolvido e portanto complexo) bem como também daqueles que estão mais despertos, mas não tanto a ponto de rechaçar o 'irresistível' desejo de explorar as fraquezas das massas a seu favor.
Perfis psico-cognitivos intermediários entre os diferentes porém consistentes grupos humanos, tende a se resultar, especialmente dentro dos ambientes humanos altamente binarizados/especializados/aglomerativo, em muitas desvantagens, para aqueles que NÃO PODEM escolher entre um dos grupos, pois ''pertencem'' aos dois, ou mais deles e com o breve adendo sobre a possível relação entre esse estado intermediário de psico-cognição e ''potencial'' criativo.
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