domingo, 10 de abril de 2016

Dois tipos de ativismo em relação aos direitos dos animais*** O ''esquerdista vegetariano'' versus ''o direitista cuidador de animais de rua''



Eu tenho a impressão de que a maioria dos vegetarianos e veganos ocidentais tenderão a ser mais direcionados para a esquerda em relação às suas preferências políticas enquanto que aqueles que depositam o seu amor verdadeiro pelos animais não-humanos por meio de ações ''mais efetivas'' ou literais tenderão a estar mais inclinados para a direita, em muitos aspectos relevantes. 

Eu tenho percebido este possível padrão por meio das comunidades de proteção aos animais não-humanos de rua onde que referências tipicamente religiosas que são facilmente identificadas pela constante repetição da palavra Deus e desejos de punições severas àqueles que maltratam os animais são muito comuns. Os dois sinais são tipicamente direitistas, isto é, o constante uso da palavra Deus que denota maior religiosidade ''típica'' e o desejo natural por punições severas a quem maltrata animais não-humanos que denota uma característica que é muito comum entre os direitistas, a reação emocional, que muitas vezes será logicamente apropriada. O ''fazer justiça''.

 Também é interessante notar que essas pessoas, em sua grande maioria de mulheres, também parecem ser mais propensas a continuarem com as suas dietas onívoras ao invés de investir em uma dieta vegetariana, denotando certa incapacidade lógica para perceber esta contradição.

No outro lado do espectro político é muito provável que encontraremos mais vegetarianos e veganos, ateus/agnósticos ou espiritualistas, que decidiram abdicar dos ''prazeres literais da carne'', mas que não costumam se engajarem em constantes vigilâncias em relação aos animais não-humanos, abandonados nas selvas de asfalto que se constituem as cidades.

Pode ser apenas uma impressão dicotomicamente precipitada e de fato existir um maior embaralhamento destes tipos tornando os termos ''esquerdista vegetariano'' e ''direitista cuidador de animais não-humanos'' menos histrionicamente precisos.

Eu não duvido que existam muitos auto-declarados esquerdistas vegetarianos que ajudam na patrulha diária a fim de salvar vidas não-humanas que estão literalmente jogadas na selva urbana assim como também de direitistas que se tornaram vegetarianos e pelas razões mais moralmente corretas, das mais corretas de todos os contextos históricos, diga-se de passagem. ''Mas'', foi aquilo/o padrão/ que consegui perceber até agora em relação a este fenômeno.


A tendência esquerdista para buscar pelo novo...


A maioria dos cuidadores de animais não-humanos, e que na minha opinião, parecem estar mais inclinados para a direita (empática), também parecem ser mais inclinados para privilegiar os animais não-humanos domesticados que são mais comuns para o convívio humano, como os cães, os gatos e os pássaros e a darem menor importância àqueles que são costumeiramente trucidados para o bem geral das bocas famintas dos escravos humanos.

Quem costuma ter como animal de estimação um porco, uma galinha ou qualquer outro que fuja à regra urbana, pode ser mais propenso a se declarar como esquerdista do que como direitista. Claro que estamos falando de (possíveis) médias e é muito provável que haverão abundantes exceções. 


Mais homens esquerdistas do que direitistas... e homossexuais entre os protetores dos animais**


Partindo da ideia de ''clube do Bolinha'' versus ''clube da Luluzinha'', as comunidades para vigilância e proteção de animais urbanos ou de rua parecem ser consideravelmente mais femininas do que masculinas, da mesma maneira que, dentro de um mundo tipicamente direitista, os homens serão consideravelmente mais comuns em atividades que são a priore de natureza masculina.

 Como sempre, a minoria esquerdista ou ao menos que for mais sexualmente atípica, caminhará para ser o relativo oposto das regras evolutivas/sociais dos conservadores. E como resultado é bem provável que encontraremos uma maior presença de homens entre os ''cuidadores dos animais não-humanos'' que são mais propensos a se declararem como esquerdistas e portanto, o típico ''vegetariano esquerdista''. O menor dimorfismo sexual entre os esquerdistas nos ajuda a entender esta diferença. Se eu participar de uma comunidade de vegetarianos em alguma rede social, é muito provável de encontrar muito mais homens homossexuais participando do que em comunidades de ''gateiras'' ou ''cuidadores de animais não-humanos''. Eu posso estar equivocado mas eu tenho esta impressão.



Um casal com características tipicamente esquerdistas, o homem menos dominante e mais empático, e a mulher mais masculinizada.



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