terça-feira, 22 de março de 2016

Por que a ignorância é uma bênção??



Um pouco sobre o estado hiper-consciente ou de hiper-realidade.

Ter consciência enfatizada ou constante sobre a inevitabilidade natural da:

- própria morte,


-  morte de amigos, parentes e outros seres queridos,


- do misterioso universo que nos abraça com a sua colossal grandiosidade.

Em outras palavras, ter consciência ou conhecimento profundo ou internalizado sobre muitos dos desdobramentos mais inevitáveis que se manifestarão no futuro. A ansiedade ou hiper-preparação para tudo aquilo que for inevitavelmente desolador.


Os riscos de vida e o espectro de golpes de sorte, do nano ao macro risco de perigos também condensam este estado extremo de realismo como as mazelas na

- política,


- sociedade,


- doenças,


Em outras palavras, o estado imperfeito de coisas aumenta esta sensação de insegurança existencial.

- Subconsciência sobre o próprio estado vital. Se não bastasse pensar sobre a própria morte, a morte de pessoas e seres queridos, também tem que se preocupar com o próprio estado de saúde.



Por que a crença e a ignorância são tão importantes???

Porque são distrações primordiais da única espécie que é capaz de pensar plenamente sobre o tempo e o paradoxo da vida. 

E por que são tão adaptativas??

Quanto maior a consciência estética ou macro-precisa (inter-correlações) menor a ignorância, maior a depressão existencial.



Este estado invariavelmente recorrente de angústia afeta com maior naturalidade uma grande proporção de sábios 'e'' melancólicos (e lembrando que sempre existe uma grande sobreposição entre os dois tipos). No entanto é importante frisar que a maioria dos sábios não irá se aventurar mais adentro deste poço sem fundo chamado hiper-realidade porque aqueles que o fazem tendem a caminhar inexoravelmente para um estado de depressão e que se consiste em um prelúdio para o suicídio. Pelo fato de não conhecermos o valor essencial da vida, a verdadeira e primordial razão para vivermos (se existe), há portanto que se constatar que repousa no ato de suicídio uma grande sabedoria estoicamente histriônica porque mediante esta dúvida existencial não há qualquer argumento lógico que consiga refuta-lo, apenas a emoção e o instinto em conluio com a lógica que pode nos manter conectados à única realidade de que temos conhecimento, isto é, a nossa realidade. 

Pensar no passado de maneira doce e apegada nos leva aos campos nostálgicos da melancolia, e o mesmo acontece só que de maneira misteriosa e mais complicada quando nos tornamos conscientes quanto a tudo aquilo que virá e que inevitavelmente nos causará grande desconforto/desgosto para com a própria vida.

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