O vento em mim
Sinto a vida, vento em mim, se adentra
Sinto o presente passar, tornando-se o que já é passado,
Sinto o breve frio da noite, resvalando em meu peitoral pseudo amigo,
Sinto-me pelo contato com tudo o que há,
Sou como uma folha viva, a cair mais lenta, morta ao chão,
Deslizo pelo ar, desvio algumas vezes, do meu grilhão, do ser destino,
Caio amante das sensações,
Sou viciado, no mais fundamental de tudo isto, viver,
Me incito a abraçar a natureza, em seu vazio de matéria dura,
Abraço agora porque não terei mãos no coletivo absoluto,
Serei uno, sem ser-me, serei água e não mais gota,
Até gotejar novamente..
será?
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