quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Um desabafo de um viciado em... hbd



Hoje estou aqui para desabafar sobre algo que tem dominado minhas atenções nestes últimos anos e drenado parte de minhas forças!!! É um vício típico de nossa era de tecnologia e ideias globalizadas. Se chama ''hb-d''. 

No início de 2010, me interessei quase que naturalmente pela hbdosfera, o ambiente cibernético onde se localizam todos os blogues que apresentam em comum a ênfase/escrutínio no comportamento e biologia humanos e que exibem este selo especifico de compromisso e demarcação ideológica. Eu disse que minha aproximação e posterior interesse pelos assuntos que são predominantemente abordados pelos ''hbds'' se deu de maneira natural, porque desde a muito tempo/cedo em minha vida que já havia demonstrado motivação (intrínseca) para observar o comportamento humano. 

Como a minha mente é (predominantemente) mentalista, ao invés de mecanicista, eu prefiro observar e discutir sobre pessoas do que sobre ''ideias'', parafraseando certos zumbis à paisana. Mas na verdade eu adoro ter novas ideias (sobre as pessoas) e de discuti-las ou desenvolvê-las. Discutir sobre pessoas é uma quase inevitabilidade. Pessoas me fascinam e me assombram. Portanto, nada mais lógico e natural seguir este meu ímpeto e abraçar a hbdosfera, me juntando à sua tentativa de entender o ser humano e sua biodiversidade. Ou seria melhor, eu sou logicamente cognitivo (convergente, coerente, que percebe padrões) mas estou direcionado para o entendimento das pessoas, dos seres enquanto que geralmente os cognitivamente lógicos o farão de maneira mais enfática em relação à matéria inanimada (a famosa dicotomia ''razão'' e ''coração'', mas que não se aplica ao meu caso e nem deveria ter a palavra razão como o oposto da empatia).

No entanto, com o andar do tempo o meu fascínio foi se deteriorando, primeiro porque transformações pessoais previsíveis aconteceram em paralelo com esta obsessão, das tantas que já tive, boas e ruins. Eu despertei quanto à minha discrepância em relação aos valores conservadores, lembrando a mim mesmo que não ''sou um deles''. Já sabia que não poderia ser como ''os da esquerda'', por serem por demasia muito dogmáticos (e muito tolos também, em média, é claro), muito fechados para experimentarem novas e corretas ideias, para buscarem pela perfeição na percepção e conclusão de suas observações e ações. Eu sou perfeccionista e os dogmáticos, nesta dimensão de perspectiva (assim como em muitas outras), não são. Eles não se preocupam se as ideias que seguem não são completas ou se buscam por esta finalidade. 

A comunidade hbd ainda me atrai pelo assunto que ''temos'' em comum, mas não pelo conservadorismo nem por tudo aquilo que vem embutido. Entre viver dentro de uma hierarquia em que eu sou meramente um comentarista possivelmente entendível e de voltar ao meu próprio mundo, onde reino soberano, eu prefiro, não restam dúvidas quanto a isso, a segunda opção. Não é apenas isso. Dentro desta suposta ''comunidade'', uma panaceia de conclusões tendenciosas tem sido feitas com grande constancia seja em relação a política, ou ao comportamento humano ou a qualquer outro aspecto relacionado, despreza-se veementemente outras possibilidades de análises quanto aos assuntos de escrutínio, isso sem falar na enorme proporção de indivíduos de uma certa racinha, de um certo povinho, não apenas pequeno em quantidade demográfica, mas também em qualidade filosófica e de caráter (ainda que com possíveis.... 'santos' dentro deste grupo), a um nível inaceitável, e apenas por este ''pormenor'', já se nota que a verdade não estará sendo plenamente transmitida para aqueles que seguem o grupo. Algo estranhamente semelhante acontece com a parte desta blogosfera que se relaciona mais com a 'causa branca', isto é, contra o genocídio sofisticado, pré-planejado contra as populações euro-caucasianas, seja na longínqua Nova Zelandia ou em Portugal. Nesta parte, muitos dos vícios que predominam neste grupo em específico continuam a ser alegremente determinados tal como ''lutar contra o marxismo cultural em prol do cristianismo'', em outras palavras, usar uma arma do inimigo contra a outra arma que tem mesma autoria. Parece muito óbvio, mas para uma grande proporção de pessoas, não é. 

As pessoas estúpidas de todas as cepas possíveis, de nível qualitativo e quantitativo, tem o fantástico dom de denegrir cada palavra que usam, desconstruindo, destruindo suas concepções originais, úteis e coesas, fazendo-as de escravas dos seus egos descomunais e muitas vezes que estão inconscientes desta realidade. 

Não seria diferente para esta ''comunidade''. Ao contrário de uma luta incessante contra a ignorancia, em prol da abertura de todos os poros da pele-verdade, estas pessoas apenas continuam a empurrar porém de maneira altamente sofisticada (e isso é péssimo) muitas das inverdades, em ideias e ações, que são populares dentro de sua ideologia maior, o NEO conservadorismo. Tem como piorar***

Eu já critiquei bastante o conservadorismo, vivo diariamente com uma grande proporção de ''conservadores'' de todas as espécies, e todos, inequivocamente, apresentam graves defeitos de caráter, só que estão pintados de cores leves de adaptação. Adaptados são calmos e seus individualmente respectivos estados de pseudo-serenidade nos passam boas porém erroneas sensações. A calmaria conservadora tem tido como resultado a legitimação e o engajamento de toda a sorte de mal caratismo alegoricamente construído. Desde a escravidão até aristocracias. Pessoas que primam pela perfeição perceptiva e comportamental, isto é, que são sábias, são extremamente raras e algumas poucas que parecem ter o perfil ou o potencial para este caminho transcendental de espinhos dolorosos e rosas lindíssimas, parecem ser frágeis demais para enfrentar a maré de insanidade que sempre nos engoliu. 

Quando comecei a seguir a comunidade, eu me vi tal como se tivesse sido salvo, se náufrago, numa tábua a me salvar das águas frias da noite, apenas desejava terra firme ou um navio confortável e foi justamente o que encontrei, um grande e confortável navio chamado ''hb-d''. No entanto, ao longo de minha estadia, fui percebendo que navios nunca são suficientes quando o que se deseja é o solo molhado para sujar os pés descalços. Num dilúvio de desinformações, o hbd continua sob o julgo de águas desonestas, o mesmo oceano que mantém navios fantasmas de ''ismos'' de 'terras santas', que assustam os viajantes mais destemidos. 

Eu cansei, estou viciado e quero sair deste navio, porque eu sinto cheiro de terra. Quero a verdade, a sabedoria eu já tenho como um leme e vela. Se alguém estiver na mesma situação que a minha não se acanhe, pode desabafar também. Não quero mais ficar com raiva das mesmas idiotices que essas pessoas continuam a perpetuar sem peso na consciencia, que aliás, parecem bem leves pra eles, de tal maneira que o navio hb-d parece levitar sob as águas. Eu não sou um buscador da verdade, porque boa parte dela, ao menos, aquela que cabe em minhas mãos, eu tenho aqui perto de mim, eu sou um defensor da verdade, o que é muito diferente. Buscadores, muitas vezes, nunca conseguem encontrar aquilo que buscam. A verdade está em todo lugar, mas apenas o sábio, pelo que parece, que sabe reunir seus pedaços, diabolicamente espalhados. A verdade também está no navio, mas estará inteiramente completa e coesa em terra firme.


5 comentários:

  1. Gostei bastante do texto, tanto do conteúdo quanto do estilo mais poético. Acho que você realmente está escrevendo melhor.

    Sinto algo parecido, embora no meu caso seja diferente, já que meu interesse no HBD foi sempre apenas tangencial. Nunca tive desejo de ser um Gayman ou HBDchic, suas explicações e análises, bem como os interesses, sempre me pareceram algo superficiais, mas também, mesmo se forem ou fossem profundos, estavam fora de minha linha.

    Na verdade, acho que sempre me interessei mais por política, sociedade, cultura, história, do que por genética e biologia em si. O que me levou ao HBD foi o Auster (que era crítico do movimento) e depois o Sailer. Ou seja, cheguei lá pelo conservadorismo, fiquei pela discussão.

    Não vejo equivocado o contraponto entre o "marxismo cultural" (embora seja um termo equivocado) e o Cristianismo. Todos precisam acreditar em alguma coisa, e as religiões e as ideologias dão amparo moral. Se não fossem essas, seriam outras. Mas não acredito nessa teoria de que o cristianismo tenha sido criado pelos judeus para sacanear a raça branca, ou os judeus não odiariam tanto o cristianismo e a Jesus. Acho que é algo mais complexo. O cristianismo pode até ter começado no Oriente Médio, mas evoluiu para se tornar uma religião europeia. (Ainda que hoje, não mais).

    De qualquer forma, é um mero detalhe neste oceano. Também estou decepcionado com o conservadorismo, ao menos como é realizado na América do Norte, mas se formos pensar em todo o mundo. O Islã é conservador. Os fanáticos islâmicos são o que os brancos seriam se recuperassem suas crenças.

    Esqueci o que mais ia dizer. Bem, era isso. Até.

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    1. Sim, tem tanta coisa pra que ser pensado e estudado e eles não parecem estar muito preocupados com isso. Vejo que o hbd está se ossificando, o caminho natural para qualquer ideologia.

      Obrigado pelo elogio, ;)

      Eu gosto também de prosas objetivas, une-se o útil ao agradável.

      Eu não tenho provas quanto as verdadeiras origens do cristianismo assim como também do islamismo, foi na mesma época em que o judaísmo era mais universalista né** Quem sabe... mas também não acredito que o cristianismo tenha sido criado por razões obscuras, acredito em uma maior espontaneidade em seu surgimento. Mas que foi usado pelas elites para o controle social isso foi.

      Eu não sou conservador, porque a grande maioria deles defendem as ''suas'' elites. E no mais, o mundialismo não tem pretensões apenas de eliminar uma raça, mas todas, incluindo aí os leste asiáticos e outros. Querem o controle global via miscigenação, fazer mesmo tipo um Brasil. Eu, pra ser sincero, nem ligaria muito pra isso, desde que fosse com base em eugenia. Mas pra que eliminar todos os decantados** Enfim, já sabe sobre minhas ideias quanto a isso, pura burrice só que parece sofisticado. é apenas muito estúpido, brutal e primitivo.

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    2. O cristianismo foi e é usado para o controle social, porque assim como todo o ''ismo'' oficialmente conhecido, se consiste em um sistema de factoides ou de perpetuação da ignorancia (''cultura'' e 'tradição').

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    3. Bem, nunca desejei ser como um deles, mas de não estar sob uma hierarquia onde que por razões não muito objetivas porém óbvias, estaria sob suas ''botas'', digamos assim.

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  2. A função da cultura humana, pelo que eu acho, tem sido a de buscar pela verdade, pela realidade dos fatos. O que acontece é que todas elas tem terminado esta investigação muito cedo, provavelmente por falta de pessoas engajadas nesta busca, mas também pela necessidade de segurança ou continuidade de certa estrutura social.

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