quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
Escrever em poesias é sempre bom...
... mesmo que não seja, mesmo se for só poeticamente, esta é a minha mente, curto o ritmo, gosto de rimas, lamentos e reclamações. Gosto desta música sem sinfonia, são as palavras os seus instrumentos musicais. Não é sempre bom, é sempre melhor rimar do que datilografar em pensamento. Palavra, palavra, palavra, ponto. Eu prefiro, palavra, bolacha, dilata e ponto, de exclamação ou de acento. Meu mundo é de metáforas e analogias. E nada mais correto do que musicar-lhe à rimas em meus textos poeticamente concretos. Não é fluido como emoções a brotar do inconsciente, é uma tentativa de misturas entre o intuitivo e o convergente. Dar uma ordem ao caos de beleza que se consiste este descompasso. Controlar a explosão de rimas desvairadas, soltas pelo ar, catá-las e fazê-las trabalhar, explicando ao invés de sentir. Quero explicar, mas fazendo bem aos ouvidos. Canso-me fácil, é minha ansiedade doce a me ninar, balança demais o berço, longo penso, não dá pra ler sem ter o que rimar, sem ritmo de música, sem este jogo de palavras, o tédio se tornará como o ar, soberano e totalitário.
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