Eu penso que, se fosse depender da opinião da maioria dos autodeclarados progressistas, seria considerado, no mínimo, um centrista. E que se fosse depender da opinião da maioria dos autodeclarados conservadores, o mesmo aconteceria. Também que, dependendo do nível de fanatismo ideológico, poderia ser considerado um comunista de extrema esquerda ou um fascista de extrema direita. Mas o problema pode estar justamente nessa dependência sobre o que maiorias pensam. Pois apesar de ter aceitado a possibilidade de me considerar como um centrista, se não me importo tanto com essas caixas de identificação, eu ainda acredito que, pelo critério da coerência, especialmente em relação aos meus pensamentos ou pontos de vista, eu sou mais progressista, "de esquerda", que provavelmente a maioria dos que se identificam como tal, pelo fato de ter aprendido a sistematizar o pensamento e o julgamento mais imparcial e, portanto, justo, o máximo que consigo, em minhas abordagens intelectuais, justamente aquilo que essa provável maioria "de esquerda' não faz, resultando em uma coleção de contradições nada modestas.
sábado, 29 de abril de 2023
terça-feira, 25 de abril de 2023
A ciência é uma despersonalização objetiva e a filosofia é uma personalização objetiva
A ciência sempre despersonaliza mesmo sobre o que nos é mais íntimo. Já a filosofia sempre personaliza mesmo sobre o que nos é mais alheio ou distante.
Sobre a liberdade de expressão
Não é apenas o nosso direito de se expressar, mas também o direito do outro de se expressar, inclusive de nos criticar.
Sobre a "Cleópatra da Netflix"
A Cleópatra, particularmente a mais famosa das Cleópatras, era grega, nascida no Egito. E retratá-la como uma mulher negra não tem nada a ver com justiça social. Pelo contrário, tem a ver com apropriação ou distorção étnica para fins político-propagandísticos e, assim, continuar alimentando o "dividir para conquistar", ou controlar, de continuar colocando mais lenha na fogueira da polarização ideológica.
Eu gostaria de dizer que "sou de esquerda"...
Mas se eu disser tudo o que penso para alguém de esquerda, é bem provável que me acusará de ser um fascista.
Sobre ex-ateus e convictos...
Os primeiros são os que tendem a se tornar ateus por motivação ou gatilho emocional, geralmente de natureza pessoal. Por isso, estão mais propensos a reconsiderar.
Pelos sentidos
Pela cavidade do ouvido
terça-feira, 18 de abril de 2023
Eu não gosto de rotulação excessiva, mas acho que já sei o que sou...
Ou o que tenho??
Mais uma diferença entre direitas e esquerdas
É uma "preferência" pelo anti-intelectualismo entre as direitas e pelo pseudo-intelectualismo entre as esquerdas. É a diferença entre o apelo ao intuitivo, ao emocional e ao subjetivo, em suspensão do pensamento lógico-racional ou imparcial-objetivo, e a pretensão de não fazê-lo...
É melhor altas habilidades
Superdotação sugere uma manifestação singular de alta capacidade, tanto é que os testes cognitivos têm sido indiscriminadamente adotados como o único método de avaliação intelectual por muitas instituições especializadas e profissionais da saúde mental.
Problemática sobre a representatividade
Para exercer qualquer profissão, o mais importante é a vocação e o talento. E não a raça, a orientação ou a identidade sexual, o sexo ou a classe social. Além disso, também acrescentaria o discernimento moral (ou racional), como um fator muito relevante. Diferente disso e não é meritório ou justo. São os privilégios de acesso que precisam ser combatidos: facilidades, apadrinhamentos e/ou nepotismo. O filho do pobre ou do remediado tem que ter as mesmas condições que o filho do rico. Mas os resultados, a partir de mecanismos perfeitamente meritocráticos, não podem ser controlados. Pois se, entre os maiores corredores olímpicos, africanos e jamaicanos continuarem a dominar o topo deste esporte, é preciso aceitar a sua supremacia. E o mesmo vale para as outras áreas, além do velocismo: no mundo burocrático, das ciências, das artes e o político. É verdade que é necessário ter mais personagens, estórias e artistas de grupos marginalizados ou historicamente oprimidos. Princesas negras, heróis LGBT e deficientes com protagonismo... Mas os criadores também precisam ter a liberdade criativa de escolher. Sem cotas de representatividade, por favor!
Sub(consciente)
O meu consciente me esconde
Deusa-cianobactéria
Sem ti
Um péssimo exemplo de ''lacração errada'' e sua versão alternativa, muito mais apropriada
Pequena Sereia negra ...
Uma certa praga...
segunda-feira, 10 de abril de 2023
Como que a religião está diretamente relacionada com a disgenia humana??
As religiões, especialmente as monoteístas, que são as mais pró-natalistas, não se preocupam com a qualidade intelectual e moral dos seus seguidores, porque para as mesmas, quanto mais seguidores, melhor. Em outras palavras, para as religiões, a quantidade é mais importante que a qualidade. Aliás, elas dependem que seja assim, pois quanto mais inteligente e sensato é o ser humano, mais propenso a duvidar das narrativas e das práticas de uma religião organizada, culto ou seita, de se tornar cético ou ateu. Ainda que indivíduos muito inteligentes possam ser religiosos, eles são minoria. Já quanto aos mais racionais ou sensatos, estes raros indivíduos que alcançam o mais alto nível de racionalidade, a religião, de maneira geral, é inevitavelmente identificada como um sistema de crenças sem qualquer base lógica e, então, severamente problematizada.
"300% de aumento"
Para os que já estão ricos,
O improviso...
... é a criatividade reativa, a partir de uma necessidade de responder a uma situação inesperada. Que não é a mesma que a criatividade deliberada ou perseguida.
Na contramão
As luzes dos carros passam
Eu me perco de mim
Eu envelheço
O mal venceu a humanidade
O mal anda de carro luxuoso, compra ilha particular em um paraíso tropical, destrói a natureza por dinheiro, explora e engana por poder, governa com chumbo e opulência, divide para conquistar, envenena para extrair, sorri enquanto despreza e humilha, mata enquanto se diverte, acumula privilégios e perversidades, sabe que os bons são ingênuos ou covardes, sabe que a maioria não tem piedade... o mal se passa como necessário, inevitável, e agora diz que somos todos absolutamente iguais, que somos anjos sem sexo nem raça, mas tudo não passa de mais uma trapaça, de uma nova mordaça, tudo não passa de uma bondade teatral e lucrativa, tudo que não é o mais importante, que não é essencial, e é assim que o mal venceu a humanidade, criando mitos e seguidores, vencedores e perdedores, aliados e inimigos, labirintos e areias movediças ...
"A maioria das pessoas não se tornam gênios criativos porque não têm tempo para se dedicar aos seus interesses mais intrínsecos"
Na verdade, a disposição criativa tem uma natureza impulsiva e obsessiva. Por isso que todo gênio criativo se dedica integralmente aos seus interesses mais intrínsecos, mesmo quando não tem recursos financeiros ou ajuda de outros para bancá-lo. A maioria das pessoas não é altamente criativa, não por falta de tempo, mas pela própria falta de uma disposição criativa mais desenvolvida ou potencial.
Não existe o amanhã
Tudo é o hoje
Algumas vezes
Eu me vejo no espelho
O outono
Um ciclo de tragédias anunciadas termina
A opressão da estupidez humana
Das ruas malfeitas, das igrejas malditas, das casas maltrapilhas, das decisões insensatas, da ostentação sem sentido, das desigualdades, das mentiras esculpidas, das veias abertas, d'aorta de venenos, dos rios de sangue, do frio concreto, das emoções sem sentimentos, dos amigos invisíveis, dos vizinhos distantes, das florestas destruídas e dos shoppings eretos, dos lucros protegidos... das vidas descartáveis, nas estantes dos supermercados, se agora é como antes, o presente é o passado, sem otimismo para o futuro, que também é previsível e decepcionante, se daqui há 300 anos, o que poderia ser resolvido e finalizado na próxima década, mas não existe nada mais dominante que a estupidez dos líderes destes "homens sábios" e sua legião de asseclas...
domingo, 2 de abril de 2023
Falácias "anti racistas"
1. Brancos não podem sofrer racismo
Racismo é um tipo de tribalismo, um comportamento universal que indivíduos de qualquer grupo racial podem praticar ou sofrer. Pois mesmo que o racismo contra brancos tenha sido historicamente menos comum, ainda não dá para dizer que não exista ou que não seja possível. Esse tipo de racismo também não pode ser confundido com a heterofobia, um tipo de preconceito logicamente possível, mas praticamente inexistente.
Aliás, dizer que brancos não podem sofrer racismo... é racismo.
2. Todo branco é privilegiado por ser branco
O racismo estrutural existiu, integralmente, na época da escravidão, no Brasil e em outras regiões do mundo, e se irradiou por muitas décadas depois da abolição. Mas, hoje em dia, não dá para dizer que continua intacto, que não tem havido muitas melhorias em termos de combate ao racismo. Além disso, o racismo estrutural está intrinsecamente associado ao classismo, do contrário, não existiriam (muitos) brancos pobres e remediados, explorados ou oprimidos por "elites" inescrupulosas (a maioria)...
Quanto às relações de poder e privilégio, a raça nunca é o único parâmetro, se existem outras vias de identificação e tratamento, como a orientação sexual e a classe social, que também são muito importantes. Por isso que, não é nada incomum que um indivíduo branco possa ser menos privilegiado que os de outras raças. Aliás, por uma perspectiva individual, é muito fácil encontrar "não-brancos" que são muito mais privilegiados que brancos. Por exemplo, um branco LGBT e pobre ou classe média baixa versus um negro ou um oriental heterossexual e rico.
3. Ser contra ou ter uma opinião cautelosa sobre o multiculturalismo//imigração em massa é racismo
Na verdade, não é, e nem xenofobia, se nenhum país é ou deveria ser obrigado a abrir suas fronteiras para a imigração, ainda mais se for "em massa". Enquanto que a xenofobia e o racismo existem, ser mais interessado na própria cultura e/ou povo e querer preservá-los não é xenofobia, mas uma espécie de autoctonofilia. Essa é a diferença entre "odiar estrangeiros" e "preferir pelo próprio povo", ainda que pareça comum apresentar uma combinação dessas tendências ao invés de expressar apenas uma delas.
No caso da xenofobia, como é um termo ainda mais vago que racismo, então, é possível dizer que existem casos de "medo de estrangeiros" que são mais racionalmente justificáveis que outros.
4. Raças humanas não existem
Pode chamar de variações fenotípicas (que não se limitam aos aspectos físicos) ou populações, porque dá no mesmo. Não existiriam se não existisse qualquer diferença entre populações humanas. O simples fato de existirem pessoas negras, brancas e orientais, por exemplo, já é uma forte evidência...
5. Racismo é preconceito de cor
Racismo não é colorismo ou "biologismo", preconceito unicamente com base em aspectos físicos ou biológicos (tal como o albinismo... e a homofobia). Ainda que o colorismo seja uma parte importante do racismo, é muito comum que as pessoas discriminem racialmente com base em comportamento do que "apenas' por diferenças físicas.
6. Acreditar que as raças humanas apresentam diferenças médias e intrínsecas de comportamento e inteligência é racismo
Racismo é generalizar um grupo racial, tanto no sentido negativo quanto no positivo. Também é racismo legítimo afirmar que a raça de um indivíduo é causal ao seu comportamento. Isso é atribuir causalidade à raça o que lhe é correlativo (uma correlação interseccional ou não-paralela). Isso é dar muita ênfase à raça (ismo).
Qualquer forma de preconceito irracional (porque também tem aquele que é mais racional) é um exagero, uma injustiça e, portanto, uma mentira.
Verdades ideologicamente inconvenientes, tais como as diferenças raciais em comportamento, cultura e capacidades cognitivas, não são racistas, porque não são mentirosas ou injustas, especialmente quando é enfatizado que se tratam de correlações e que, consequentemente, contribui para evitar generalizações.
7. Vítimas de racismo alegado têm sempre razão
Depende do contexto, porque tem casos complexos em que, por exemplo, o indivíduo que denunciou a injúria racial ofendeu antes...
8. Ser contra ou cauteloso à miscigenação racial é racismo e ser a favor é legitimamente anti racista
Pois um mestiço ser a favor da miscigenação e contra a endogamia racial ou étnica não é muito diferente de um heterossexual homofóbico ou de um homem misógino.
Uma pessoa querer que pessoas brancas de origem europeia e negras de origem africana não se misturem, por preferir que preservem suas respectivas diversidades, mas compreender que sempre existirão cônjuges interraciais e mestiços é, por acaso, racismo??
9. Pobreza e conflitos armados na África são resultantes do colonialismo europeu
Não apenas na África, mas em praticamente todas as regiões em que existe uma população negra de origem subsaariana, aleatoriamente selecionada e predominante, assim como em relação à qualquer outro grupo não-branco.
Só que não, porque, geralmente, a culpa de boa parte do que acontece em qualquer lugar é dos que vivem lá...
10. Os brancos são culpados pela escravidão africana
Todos?? De todas as idades??
Mesmo que a maioria dos seus ancestrais tivessem participado ativamente no tráfico de escravos negros e no sistema escravagista, não é moralmente correto culpar o filho pelos crimes do pai. Mas nem isso, porque os maiores responsáveis pela escravidão africana também foram os um dos que mais se beneficiaram dela: as "elites" monárquicas.
Ainda é possível atribuir culpa histórica, mas nunca individualmente. Na verdade, nem coletivamente, se durante os quatro séculos de escravidão africana nas Américas, a maioria dos europeus também era explorada e oprimida por suas "elites".
Eu gosto de geografia, história, psicologia... por que eu não gosto de matemática e geometria??
É quase certo de ser um pensamento falacioso, ainda que possa ser parcialmente verdade em certos casos. Mas, além de duvidar que correspondam à maioria, com certeza não é o meu caso, porque eu sempre gostei de ciências humanas, primariamente de geografia, desde os meus 9, 10 anos de idade. E sim, paralelo a isso, eu também comecei a ter dificuldades com as ciências exatas, principalmente a partir da quinta série. Mas eu também tenho certeza de que uma coisa não levou à outra, pelo que já foi dito logo acima, se o não-gostar e o gostar podem e, é até possível dizer que, geralmente se manifestam de maneira paralela.
Porque eu gosto da infância
Dos desenhos, dos filmes, dos programas e das estórias de criança, de brincar, da leveza, da inocência... de me sentir como o menino que eu fui um dia, de nunca esquecê-lo. Mesmo, agora, na casa dos 30, apesar de pensar como se já tivesse uns 80. Porque eu sempre penso na minha mortalidade, no destino de todos nós. Por isso eu sempre volto no tempo em que a eternidade parecia possível. Em que não sentia o peso de estar vivo. Da época em que a energia é tão pura e intensa, quando tudo é intuição e entusiasmo. É por isso que eu sempre procuro, mais que relembrar, vivê-la todos os dias. Não mais que um vício, um sacramento. Para nunca acordar como um adulto demasiado frio e pragmático. Pra nunca acordar com uma máscara de maturidade, vestido de mentira da cabeça aos pés. E perder o amor às pequenas alegrias e ao mundo mágico da imaginação. Pra nunca perder essa fé na vida que apenas as crianças têm.