sexta-feira, 29 de abril de 2022

A culpa é apenas do "povo brasileiro" pelo subdesenvolvimento do país??

 Eu tendo a concordar que, o maior desastre "natural" do Brasil é o seu próprio povo, já que, em média, está longe de ser o mais honesto, educado, racional e inteligente.


(Me refiro a brasileiros de todas as classes sociais).


Eu posso concordar que, boa parte da criminalidade nas cidades brasileiras se deve a indivíduos das classes trabalhadoras...


Mas se são as elites econômica e política que governam, que mandam no país, então, os maiores responsáveis pelo subdesenvolvimento do nosso só podem ser elas e não os mais pobres...


Se são essas elites, especialmente as que se definem como capitalistas e conservadoras, que detêm a maior parte das riquezas produzidas; que pagam menos impostos, proporcionalmente, em relação às outras classes sociais; que fazem leis que beneficiam a si mesmas em detrimento dos outros; que roubam o dinheiro público; que exploram os trabalhadores com salários muito mais baixos que os seus e jornadas de trabalho exaustivas; que derrubam o patrimônio histórico, quando não lhes serve para ganhar dinheiro, para construir seus escritórios (bregas) ou shoppings nos centros das cidades; que degradam a cultura nacional, com músicas de baixa qualidade e programas de televisão sem conteúdo educativo, como sempre, pensando nos lucros de uma audiência fácil; que destroem ou se apossam de áreas verdes remanescentes nos centros urbanos para construir condomínios fechados ou comprar casas neles; que mais destroem o meio ambiente em busca de lucros...


Se o Brasil é maltrapilho, não culpe os pobres,mas os ricos.

Por que a crença religiosa pode ser considerada um transtorno mental, mas a diversidade sexual não??

 Porque, enquanto a crença religiosa é uma "falsa crença" ou um delírio sobre o que é muito improvável de ser verdade, Deus/vida eterna, a diversidade sexual é a vivência da própria natureza, de algo que existe, especialmente quando não fere os princípios morais mais básicos (portanto, também validando as existências da pedofilia e da bestialidade, mas excluindo-as do status de "moralmente aceitáveis").


Para ser mais preciso, a crença religiosa seria mais como o sintoma de um transtorno maior, que até já dei um nome, "transtorno de personalidade irracional".


A crença religiosa também pode ser considerada uma expressão atávica de uma mente imatura, incapaz de aceitar verdades que não correspondam com as suas expectativas; um desequilíbrio de função, do discernimento intelectual.


Já a diversidade sexual, com relativa exceção da bissexualidade, ainda que também possa ser considerada um desvio de função ideal, segundo a minha avaliação esperançosamente imparcial, cairia numa zona neutra ou cinza de classificação qualitativa, nem de transtorno e nem de equilíbrio plenamente funcional de expressão fenotípica.


A diversidade sexual pode ser posicionada nesse espectro de equilíbrio, distúrbios e doenças, entre deficiências físicas e sensoriais e características/comportamentos primariamente utilitários [heterossexualidade,por exemplo], dentro do mesmo grupo de características/comportamentos qualitativamente neutros [cor dos olhos, por exemplo] ou secundariamente utilitários.


Porque, dos tipos de disfunção: deficiência, transtorno e alteração de função, a crença religiosa, novamente, seria um transtorno da percepção ou um delírio. Já, a diversidade sexual, variavelmente falando, seria uma alteração de função original, de atração pelo sexo oposto para uma atração pelo mesmo sexo ou de disforia de identidade e que, geralmente, prejudica a possibilidade de procriação por vias naturais. No entanto, essa alteração não é causal a qualquer transtorno mental e nem a disfunções orgânicas. Outra diferença é que, enquanto a procriação não é compulsória a todos os seres humanos, se não é absolutamente necessária à sobrevivência, ainda mais hoje em dia, a nossa capacidade perceptiva é muito importante, já que nos ajuda a entender/nos adaptar à realidade e, quanto mais prejudicada/dominada por crenças irracionais ela estiver, maior é o risco de fazermos mal julgamentos que podem comprometer nosso bem estar e, até mesmo, nossa própria existência. (Os comportamentos disfuncionais que são mais comuns em LGBTs não são mais do que correlações e não consequências diretamente causadas pela expressão da diversidade sexual).

Outro tipo "socialmente aceitável" de delírio seria, por exemplo, se um indivíduo de inteligência "limitada" sustentasse uma forte crença sobre ser mais inteligente do que é. Esses tipos de delírios não são considerados como tal, pela psiquiatria, por razões políticas, especialmente porque a maioria das pessoas os apresenta. É quase certo que a psiquiatria compraria uma guerra com as instituições mais historicamente poderosas se resolvesse ser mais coerente com a sua proposta original, de analisar objetiva e imparcialmente os comportamentos humanos. 

Exemplo(s) de indignação seletiva da ''esquerda'

 ''Homem negro, africano e imigrante é espancado por um grupo de homens e acaba morrendo por causa da agressão que sofreu''


A esquerda, em quase uníssono, grita indignada por justiça.


''Mulher idosa, brasileira e anônima é arrastada por um carro roubado por bandidos, depois de não conseguir tirar o cinto de segurança para sair do veículo..."


Silêncio praticamente absoluto por parte de muitos desses, de esquerda, que se manifestaram no caso acima e que dizem ser contra qualquer forma de violência ou injustiça.


Pois parece que, para os que escolhem qual tragédia que é mais digna de se indignar, algumas tragédias são mais trágicas que outras...


Mas é claro que a indignação seletiva está longe de ser exclusividade das esquerdas. Esses são apenas dois exemplos que saltam aos olhos. Também não é uma crítica destrutiva, mas para mostrar que esse tipo de comportamento deve/deveria ser evitado, por razões que parecem óbvias demais para serem explicadas...

Psicologia evolutiva (de fato): a errática evolução humana que tem favorecido a irracionalidade

 Imagine que existe uma espécie de felinos cuja principal arma adaptativa é sua agilidade. Só que, ao longo de muitas gerações, "a seleção natural" passou a favorecer os indivíduos menos ágeis, porque passaram a procriar mais do que os mais ágeis por alguma razão que, aqui, não é importante desenvolver, resultando em mais descendentes e, portanto, em herdeiros de sua pouca agilidade, que ameaçam a própria sobrevivência da espécie. 


Agora, pense que, ao invés de felinos, na realidade, nós temos seres humanos. Que, ao invés da agilidade física, nós temos a capacidade racional. E que, os menos racionais, bem como os que não são suficientemente racionais, têm deixado mais e mais descendentes na linha evolutiva de nossa espécie. 


Bem, isso não parece verossímil com o que temos visto hoje em dia?? Que, aliás, tem sido testemunhado ao longo de toda história humana?? 


Uma grande maioria que não é capaz de lidar com fatos ou verdades que não correspondem com as suas expectativas emocionai?? Uma grande desproporção deles entre as classes dominantes?? Destruição do meio ambiente, sistemas de parasitismo social e de opressão existencial e domínio de organizações que pregam pensamentos mágicos ou delirantes como verdades absolutas?? 

Não é a raça que torna uma elite boa ou ruim

 Por exemplo, na África subsaariana, as elites locais, predominantemente negras, não parecem estar preocupadas em acabar com as desigualdades sociais em seus países. 


O mesmo padrão também é percebível nas outras regiões do mundo cuja maioria da população e de suas elites são de "não-brancos". 


As elites têm em comum o fato de serem desproporcionalmente compostas por sociopatas e psicopatas. O problema não é por serem predominantemente brancas ou roxas.

Duas contradições de esquerda

 "Esquerda a duas décadas atrás (anos 1990): devemos julgar uma pessoa pelo seu caráter ou competência e não por suas características físicas ou biológicas: raça, gênero, orientação sexual...


....


" Esquerda, hoje em dia (desde a década de 2010), hegemonizada pelo identitarismo liberal: devemos julgar uma pessoa por suas características físicas ou biológicas: raça, gênero, orientação sexual, e não por caráter e competência"


Se for negra, mulher e trans, vale mais do que se for branco, homem e hétero. 



"Se diz a favor da punição máxima por injúria racial, com decreto de prisão àquele que a comete, sem sequer considerar o contexto (?). Mas se diz contra pena de morte ou prisão perpétua, mesmo em casos de crime hediondo" 


Parece que, segundo muitos daqueles que se declaram de esquerda, se eu agredir verbalmente uma pessoa, com ofensas racistas, especialmente se ela for negra e, independente do contexto, eu tenho que ser detido e preso. Já, se se eu matar uma pessoa por motivação frívola e, com requintes de crueldade, então, eu não posso ser condenado à pena de morte ou à prisão perpétua. Inclusive, eu posso ser solto antes de cumprir minha pena, que pode ser relaxada se me comportar dentro da cadeia...


Em suma, eles tendem a ser desproporcionalmente rigorosos com um crime que é relativamente brando, ainda que potencialmente desprezível, se for injustificável. E, tendem a ser desproporcionalmente brandos com o pior tipo de crime que pode ser cometido...

Sobre populismos e falsa equivalência

 O populismo de direita sempre busca por bodes expiatórios imaginários: "comunistas", "gays", "professores de humanas", "artistas"... para alienar o povo sobre aqueles que mais o oprimem e o exploram, as "elites", particularmente a elite do atraso, conservadora e capitalista.


Já o populismo de esquerda* faz o oposto, conscientizar a população sobre quem são aqueles que mais a oprimem e a exploram, as "elites", particularmente a elite do atraso, conservadora e capitalista.


Ambos são populismos porque se centralizam numa narrativa de antagonismo de interesses entre povo e elite. Porém, eles se diferem de maneira significativa, porque, enquanto o primeiro distorce a verdade, o segundo a revela. 


Agora, quem são aqueles que condenam os dois populismos, inclusive o de esquerda, tratando-os como iguais??


Todos aqueles que se sentem parte de uma "elite" e ameaçados por essas narrativas, incluindo muitos da suposta esquerda liberal e/ou identitária...


* Há uma grande ressalva a fazer em relação ao populismo de esquerda que é sua tendência de relativizar, até mesmo de defender certas ditaduras só porque se definem como "socialistas", "democráticas" ou anti-EUA. Apesar deste hábito bastante equivocado, de maneira geral, o populismo de esquerda está muito mais alinhado aos fatos do que o de direita. Mas, também não significa que tudo sobre populismo de direita que será uma manipulação da verdade. Sua crítica aos excessos de políticas progressistas, como o politicamente correto e o multiculturalismo, é um dos poucos exemplos em que acerta, basicamente por apontar para práticas que buscam promover a igualdade, mas acabam causando novas injustiças.

sexta-feira, 15 de abril de 2022

Sobre olhômetro e QI

É possível estimar a média de QI das pessoas apenas observando-as??


Parece que sim. É o que eu tenho feito, algumas vezes, em que vou à rua, observando como estão vestidas, suas maneiras de andar, falar e até de olhar, já que nossos comportamentos verbais e não-verbais podem revelar: tipo de personalidade, valores morais, filiação político-ideológica, classe social e até a capacidade cognitiva. Por exemplo, se eu vejo uma pessoa vestida de maneira elegante e que aparenta ter bons modos, eu estimo que ela deve ter uma média de QI de 100 ou mais. Já se eu noto uma pessoa falando alto, inclusive chegando a usar palavras de baixo calão, e/ou que se veste de maneira "espalhafatosa", eu estimo uma média mais baixa de QI pra ela, de 100 ou menos. E, acho que não são apenas as minhas impressões, porque aqueles que tendem a ser mais mal educados em espaços públicos são desproporcionalmente de classe trabalhadora, que está associada à uma menor escolaridade e que, por sua vez, está associada a um QI mais baixo (não estou dizendo que a maioria dos que são de classe trabalhadora se comportam assim, mas que existem mais indivíduos entre eles que tendem a ter pouco ou nenhum decoro quando estão em público). 


Mas por quê esses comportamentos estariam relacionados com inteligência ??


1. Porque para se vestir com o mínimo de elegância, é preciso pensar na combinação de peças que pretende usar, isto é, é preciso fazer um esforço extra, enquanto que é muito mais fácil pegar a primeira roupa que aparecer na sua frente e ir pra rua


2. A incapacidade de modular o  comportamento de acordo com o ambiente em que se encontra denota uma menor flexibilidade cognitiva ou capacidade de adaptação, isto é, de inteligência...


Outros padrões correlatos, para QI 100 (média de todos os testes) ou mais: usar óculos; ser homem e manter os cabelos compridos (fãs de ''Heavy Metal'' tendem a pontuar alto em testes cognitivos; tendências não-conformistas associadas à uma maior capacidade cognitiva); ser mulher e mantê-los curtos (feministas tendem a ter QI acima da média/tendências não-conformistas...)


Um padrão correlato para QI 100 ou menos: primariamente específico ao Brasil, mulheres que usam "saias evangélicas", se o fundamentalismo religioso está relacionado com baixa capacidade cognitiva.

  

Vale destacar que: 


- A média de QI dos brasileiros parece que se situa em torno dos 85 pontos; 


- Eu estou usando-o neste texto como parâmetro de inteligência, porque, apesar de suas limitações para analisá-la de maneira mais abrangente, ele é ótimo para produzir estimativas superficiais da mesma; 


- Eu estou falando de médias e, portanto, não são todas as pessoas que usam óculos, se vestem de maneira elegante ou formal, ou se comportam de maneira educada em espaços públicos que estão acima da média em capacidade cognitiva. Mas, pressupõe-se que a maioria delas estará. 

"O teste de QI realmente é a melhor forma de avaliar a inteligência de alguém?"

Pergunta do Quora e a minha resposta:


A melhor forma de analisar a inteligência de uma pessoa é fazer uma análise psicológica, cognitiva e até "cultural', completa da mesma. Testes de QI, por mais bem construídos possam ser, são como "testes rápidos" que passam uma ideia relativamente apurada dos nossos níveis quantitativos de inteligência, mas não diz nada sobre os seus aspectos qualitativos, nomeadamente as capacidades criativa, racional e emocional. Eles são particularmente bons para comparar um grande número de pessoas, mas não parecem ser excepcionalmente abrangentes a nível individual. É a diferença de, por exemplo, observar o planeta Terra de uma nave espacial e de ir se aproximando cada vez mais perto dele. No entanto, dentro dessa análise completa, os testes também são importantes. Mas, novamente, eles nos dão uma ideia primária de nossas capacidades e habilidades (capacidades desenvolvidas), de um ponto inicial de referência e não exatamente de uma conclusão final.


Também parece existir uma tendência de associarmos qualquer aplicação matemática com objetividade e o oposto quando não apelamos para esse método. Pois eu não vejo grande diferença de perceber objetivamente que uma pessoa é mais inteligente em certos domínios e de aplicar-lhe alguns testes e extrair deles um ou mais números que simbolizam o desempenho dessa pessoa.


As interpretações mais comuns que têm sido feitas a partir dos resultados dos testes cognitivos tentam reduzir uma "cordilheira" de variações individuais e comparativas a uma planície. Tal como se, fulano X tem QI 140 e fulano Y tem QI 110 (QI performance). Portanto, fulano X é absolutamente mais inteligente que fulano Y. Aí que está. Enquanto os aspectos qualitativos não estão estão sendo avaliados, não é possível afirmar nada próximo a isso. Mesmo quando ou se forem,e se for encontrado uma grande diferença de desempenho entre eles, em todos os domínios, toda "montanha" tem os seus pontos "baixos" e "altos". Os nossos desempenhos intelectuais não se resumem a uma prova, se a todo momento nós precisamos compreender e nos adaptar, desde as situações mais triviais até às mais desafiadoras.


Analisar a inteligência apenas por seus aspectos quantitativos e tomar essa avaliação como completa é o mesmo que fazer um "check-up" na metade dos sistemas que compõem nossos organismos e defini-lo como uma checagem completa. 

Sobre o antagonismo da inteligência emocional e da racionalidade

 Se você estiver conversando com uma pessoa e, ela começar a falar sobre a sua crença em astrologia, é emocionalmente inteligente que você se adapte à situação de maneira a minimizar qualquer possibilidade de conflito, concordando com ela ou evitando criticá-la, ainda que você possa expressar sua opinião educadamente, afinal, não é uma crença que prega ódio racional ou outros tipos de injustiças. No entanto, o ideal, racionalmente, seria que você criticasse qualquer opinião ou crença que não se baseia em fatos.

 

...



Mas, para se tornar um indivíduo mais racional também é preciso compreender, controlar e lidar com as próprias emoções para que não acabe, por exemplo, acreditando em astrologia apenas porque quer acreditar que seja verdade. Portanto, essa tendência de antagonismo existe principalmente no aspecto interpessoal, já que no intrapessoal a racionalidade não é possível sem a inteligência emocional. 

Sobre racionalidade e sabedoria

Racionalidade e sabedoria são basicamente a mesma coisa?


Popularmente, entende-se como indivíduo sábio aquele que tem acumulado muitos conhecimentos ou que tem muita erudição. 


Já quanto ao indivíduo mais racional, compreende -se como alguém que é sempre sensato, que busca por fatos para nortear suas opiniões e ações. 


Fato é sinônimo de verdade objetiva que é sinônimo de conhecimento. Portanto, se mais sábio ou mais racional, a finalidade é a mesma. 


Também é comum definir sabedoria como a capacidade de aprender com a experiência e que essa capacidade aumenta com a idade. Mas, na prática, sabemos que não basta viver muito se é preciso aprender com o que viveu para se tornar mais sábio, de acordo com essa lógica primária ou simplista de que a sabedoria só vem com o avanço da idade. 


No entanto, o que nos leva a acumular conhecimentos e, portanto, sabedoria, é a nossa capacidade racional de buscar pela verdade dos fatos, de sermos imparciais ou justos. Ainda que a racionalidade esteja mais relacionada com o julgamento do que com a memória de longo prazo, sem ela não há como discernir o que é verdade e o que é mentira e aprender com a primeira. Pois é graças ao julgamento racional que, por exemplo, podemos reconhecer como ciência ou conhecimento a astronomia e como pseudociência a astrologia. 


Novamente, sobre a sabedoria, não é apenas uma questão de acumular conhecimentos, mas de saber aplicá-los e de quais conhecimentos que estamos falando. O mais sábio não é exatamente um polímata, até porque parece duvidosa a existência de indivíduos que "tudo" sabem. E como a qualidade é mais relevante que a quantidade, não basta saber "muito" e desprezar o mais importante, que é saber julgar e é aí que a racionalidade entra. Portanto, como já foi respondido acima, pode-se concluir que são praticamente a mesma coisa.