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quinta-feira, 30 de março de 2017

Nova auto análise: Eu sou um alto empreendedor, brilhante ou criativo?? Ou um pouco dos três? Ou nenhum dos três?

Resultado de imagem para high achiever gifted learner creative thinker

Fonte: https://sites.google.com/a/pthsd.net/ms-armstrong-s-gro-page/home/high-acheiver-gifted-learner-creative-thinker


Eu já postei textos mostrando que existem diferentes tipos de "superdotados", especialmente no velho blogue. Inclusive postei um achado da psicologia especializada neste assunto que divide a superdotação em 3 tipos básicos: Alto empreendedor "high achiever" **, brilhante e criativo. 

Então como eu tradicionalmente tenho feito, farei novamente uma auto-análise para saber que tipo de superdotado prevalece em mim e começando por perguntas essenciais: O que é a superdotação? Como pode ser um superdotado? E por fim. Então eu sou ou posso me considerar um superdotado? 

Em um texto mais ou menos antigo eu escrevi que a minha psicóloga atual me disse que eu não sou ou que não devo ser superdotado, se enrolou toda entrando em contradição ao deixar transparecer que superdotação só pode ser comprovada via testes cognitivos e depois voltou atrás e terminou dizendo que se consiste em um rótulo estéril de significado e concordei prontamente. No entanto apesar de ter certa simpatia por ela eu não a considero totalmente apta para determinar quem é ou quem não é superdotado especialmente no meu caso, em que a superdotação tende a se manifestar mais a nível psicológico ou mesmo psico-cognitivo/intelectual, do que cognitivo, ou via testes cognitivos, e portanto que será menos psicometricamente aparente. 


Se eu tivesse me apresentado como um ávido ex-estudante e com um histórico escolar e acadêmico invejável talvez ela tivesse me garantido que eu sou superdotado. E acho que um profissional mais capacitado da área talvez já tivesse me considerado como tal depois de alguns/poucos meses de consulta. Eu gostei da ideia que ela acabou me propondo, de ser muito inteligente mas não a nível de superdotação, e apesar de ter adotado esta perspectiva de auto-caracterização, é pouco provável que eu não seja de alguma maneira superdotado. Neste caso, ela, parece que considera apenas o "alto empreendedor" como superdotado, e isso é curioso porque eu definitivamente não sou este tipo. Mas antes de darmos princípio a esta auto-análise, como eu disse acima, precisamos primeiro definir o que é superdotação e a partir disso verificar se eu me encaixo neste rótulo ou parâmetro de identificação.

O que é superdotação?

A superdotação se consiste em uma essencial superlatividade comparativa nomeadamente em relação aos aspectos psico-cognitivos e tradicionalmente enfatizada nos aspectos cognitivos, que pode se manifestar de modo especializado ou ''generalista'.


 Todo aquele que se encontra muito a frente em qualquer capacidade cognitiva, será fortemente propenso a ser identificado como superdotado, isto é, se apresentar uma facilidade natural, não apenas para aprender, mas também para chegar rapidamente a um nível de ''master'', e mesmo, nos casos mais agudos, de se superá-lo.

Nós temos um ou mais traços de comportamentos. Primeiramente temos a sua identificação ou o seu conceito, o que é/o que são. Então temos a sua variação claro que com base em análises comparativas. Por exemplo, a capacidade para o pensamento divergente, que é um 'traço' fundamental da criatividade. Então temos a sua variação em intensidade/valor quantitativo ou ''tamanho', em tipo e em qualidade/autenticidade. 

 Portanto pode-se ser considerado/ou de fato ser superdotado, por tamanho, por qualidade ou pelos dois. Por tamanho costuma-se mensurar com base em testes cognitivos porque ''tamanho se mensura' '.

 Por qualidade ou autenticidade, e geralmente de natureza mais específica, costuma-se analisar: a área de especialização/tipo, o nível de qualidade/autenticidade e mesmo, também o nível de quantidade/intensidade. No caso do valor qualitativo, a análise aparece como a técnica mais correta de se ser usada porque ao invés de enviesar-se apenas na comparação e subsequente hierarquização quantitativa, também se avaliará o nível de autenticidade dos predicados, isto é, ao invés de criar um sistema de pontuações e de submeter certa variável, filtrando todas as suas informações para que possa passar pelo seu crivo, ela será analisada por inteiro, tal como uma correta análise deve sempre ser feita ou principiada e tendo como epicentro de investigação a sua autenticidade. Eu [re]descobri que é a autenticidade que melhor representa a qualidade, porque é por ela que se pode comparar as características de intrinsecabilidade/intrinsicabilidade dos indivíduos e entre eles. Lembrando que as duas não são a mesma coisa, ainda que estejam muito próximas. A intrinsicabilidade é basicamente o nível de enraizamento intrínseco de certo comportamento/expressão ou característica fisiológica/forma, que também poderia ser chamado de ''geneticabilidade''. O quão intenso e característico que se está, especialmente a nível genético/intrínseco ou extrínseco/ambiental. A autenticidade já seria mais qualitativa, porque se consiste em uma análise comparativa de representatividade, que certo nível ou tipo está em relação ao seu critério pré-estabelecido de referência. Por exemplo, o gênio do tipo criativo contínuo em comparação ao criativo contínuo comum. Ambos são criativos contínuos, mas o gênio apresentará maior intensidade nas mesmas variáveis, resultando em uma maior autenticidade, porque a manifestação mais intensa da criatividade, e claro, enviesada em si mesma ou ''purificada'', torna o critério-criatividade mais autêntico, mais intenso e característico, do que uma manifestação mais moderada e mesmo que geralmente estará mais mesclada com outros tipos. Outro exemplo, o critério ''riqueza material'', um bilionário versus um milionário. O bilionário é mais autêntico à variável ''riqueza material'' do que o milionário, porque ele incorpora mais o critério em intensidade e possivelmente em autenticidade do que o milionário.

Neste sentido a autenticidade pode se dar em relação ao tipo-qualidade e/ou ao valor-qualidade. O tipo-qualidade se refere basicamente ao tipo por si mesmo, a uma variação específica, que foi qualificada, por exemplo, o criativo contínuo. Já, o valor-qualidade se refere ao tipo mais funcional/harmônico, isto é, analisa-se comparativamente a intensidade funcional de certa autenticidade ou tipo. No exemplo do criativo contínuo, se analisam as duas variáveis conceitualmente explícitas: a abrangência ou frequência da criatividade [contínuo] e a criatividade por si mesma, isto é, o seu nível de autenticidade, e sempre principiando pela regra universal da harmonia, que se consiste no fator g da estrutura, do sistema ou existência. 

Para o tipo-qualidade, sabe-se que, por exemplo, um criativo contínuo será mais caracteristicamente criativo do que um criativo descontínuo, de acordo com os conceitos que foram propostos, e a variável continuidade/frequência/abrangência será o fator chave que sentenciará nesta conclusão. 

Pronto. Redefini a superdotação com palavras distintas [além de enrolar um ''pouco'' no final] mas mantendo o seu significado original e coeso.


 Agora eu preciso me reanalisar para ver se eu me encaixo no perfil.

 No que diz respeito ao tamanho bruto de minha inteligência que tende a ser possivelmente bem mensurado por testes cognitivos, eu, acredito tenazmente, que não superarei as margens mínimas para ser considerado superdotado de acordo com uma perspectiva psicométrica e isso se traduz mais diretamente em: muito provavelmente não serei capaz de pontuar acima de 120, 130, em relação ao "QI performance", que no meu entendimento rudimentar sobre a parte técnica deste assunto, se consistiria em uma espécie de média  final [de inteligência geral] de todos os testes, ou quase isso.

 Isso pode ser também exemplificado da seguinte maneira. Se eu tivesse nascido na Califórnia e tivesse vivido a minha infância nos anos 20 do século XX, Lewis Terman é provável que não teria me selecionado porque eu não teria alcançado o limite mínimo de inteligência que é requerida, de acordo com uma perspectiva psicométrica mais rígida. Além do fato de que é possível que eu tivesse demorado ou escondido meus talentos para o pensamento divergente e crítico tal como acabei fazendo, involuntária, subconscientemente, durante a minha real infância, ainda que já tivesse começado a demonstrar algumas tendências características de talento, como maior independência em termos de relações sociais, interesses específicos intensos, atenção aos detalhes, imaginação e objetividade. 

No entanto a superlatividade da superdotação pode e se manifesta sob outros meios e não apenas por meios "puramente' cognitivos ou quantitativos [... psicométricos].


Eu não tenho ''tamanho'' pra ser superdotado, mas acredito que tenha qualidade ou autenticidade o suficiente para ''merecer'' este rótulo de identificação.

O meu ''tamanho'' cognitivo pode não ser simetricamente grande, mas é ''rico', original, vívido. Novamente, tal como a um território, não importa, absolutamente falando, o seu tamanho, mas como que se pode administrá-lo [proxy relativamente distante porém característico para a sabedoria... porque se pode ''desviar' deste caminho]

Novamente as diferenciações entre alto empreendedor, brilhante e criativo, e a comparação

Eu linquei um dos meus textos do velho blogue em que ''apresento'' as diferenças de tipo entre os superdotados [mas que também podem ser expandidas para outras classes cognitivas]. Se esses 3 tipos são definitivamente factuais, eu não sei, tudo me leva a crer que sim. De fato, parece mesmo que existem os superdotados que são como o ''estudante nota 10'', o ''caxias'' ou ''nerd'', que é provavelmente o tipo mais comum e mais fácil de ser identificado.

Também parece evidente que existem os superdotados que são mais inteligentes que os esforçados ''empreendedores'', porque apresentam uma facilidade muito maior para aprender a matéria que é dada pelos professores, e comumente sabem mais que os próprios docentes. E não restam dúvidas quanto à existência  de superdotados criativos, isto é, que tem como epicentro característico os seus níveis elevados de criatividade e que estes sejam mais do tipo ''outsider'' do que de ''outliers'', tal como acontece com os superdotados ''brilhantes''. O primeiro e o segundo tipo aqui rapidamente descritos, são os que apresentam maiores correlações com pontuações altas em testes cognitivos, e provavelmente, ainda mais no caso do segundo, enquanto que os superdotados criativos serão aqueles que apresentarão as correlações menos significativas ou mais variadas, justamente por terem como epicentro as suas capacidades cognitivas para o pensamento divergente/original e potencialmente útil, e não necessariamente para o pensamento convergente, que os testes de QI usualmente mensuram. Se eu tivesse sido o ''aluno nota 10'' ou se fosse como aqueles que ''aprendem' com grande facilidade a matéria da escola, da faculdade, ou de qualquer outra freguesia, eu não teria dúvidas quanto ao tipo que mais me identificaria. 

No entanto, eu sempre fui muito imaginativo, com interesses específicos intensos, e não muito recentemente eu comecei a apostar bem mais seriamente neste meu talento natural e constante para a imaginação e os meus blogues são como espelhos desta minha superdotação criativa. Vale ressaltar que superdotação não é genialidade e que apesar de se consistir claramente em um talento natural e superlativo, e claro, direcionado, organizado e baseado em técnicas que foram intuitivamente apreendidas, por exemplo, no meu caso, de sempre olhar para todas as perspectivas, coisa que eu até então não fazia com frequência durante boa parte de minha pequena e muito mole vida [ou nem tão mole assim], isso não deve ser encarado como arrogância de minha parte, porque nunca tive qualquer intenção histriônica desta natureza e o convívio com pessoas de vários tipos, pode nos tornar menos apegados a esses títulos, ainda que sejam importantes como identificação e possível uso, de preferência, moralmente correto. Também vale ressaltar que devem existir: tipos mistos entre os superdotados E semi-superdotados, isto é, tipos que não apresentam as mesmas intensidades características [para cada grupo] de talento, mas que ainda assim, também não podem ser tratados como ''indistinguíveis dos normais/convencionais em psico-cognição''.

 Talvez eu pudesse me ver como um semi-superdotado, mas a minha criatividade e agora também a minha autoconsciência, são inegáveis, tanto em relação às suas existências, quanto em relação às suas intensidades, que estão comparativa e qualitativamente superlativas. 

Inclusive eu, talvez, pudesse me ver também como um ''prodígio atrasado'', que já exibia sinais de superdotação [criativa e introspectiva] desde a infância, mas que só começaram a dar liga e/ou a serem lapidadas no início de minha vida adulta.

Baseado na tabela acima, no início do post, eu percebo em mim que sou bem mais para o tipo ''pensador criativo'' e ''aprendiz 'brilhante''' do que para o ''alto empreendedor'', vulgo, ''estudante nota 10''. Eu sou mais curioso e questionador do que necessariamente interessado, ou convergentemente interessado. No primeiro componente eu acho que estou um pouco como os 3 tipos, mas, novamente, mais para os dois últimos, da esquerda pra direita, isto é, eu sou mais propenso a especular de maneira original e de ver exceções do que a sempre buscar pela resposta convergentemente correta. Aliás, o pensamento divergente geralmente brota justamente por uma motivação de se analisar o conceito antes de aceitá-lo por completo. Eu sou muito mais um sonhador [pensador criativo] e mentalmente seletivo [aprendiz brilhante] do que ''atencioso'' (à tarefas) [alto empreendedor. 

Esse modelo comparativo e/ou tipologia específica de superdotação parece basear-se na dinâmica aluno versus professor, em que o alto empreendedor será o aluno inteligente mais interessado e obediente ao professor, em sua manifestação mais autêntica ou pura; o aprendiz brilhante,por sua vez, tenderá a superar o professor, colocando-se ao seu lado e, ao invés de prestar atenção naquilo que ensina, será mais propenso a prestar atenção também naquilo em que ele erra, se lhe é tão fácil alcançar o seu nível de entendimento, diga-se, convergente. E o aprendiz brilhante típico ou característico ainda será mais criativo do que o alto empreendedor. E por fim temos o criativo, que se consiste em um talentoso ou superdotado, claro, os tipos que estão mais criativos, que, ao invés de encontrar-se dentro dessa hierarquia de tipos neurotípicos, isto é, convergentes, terá a sua própria hierarquia, especialmente quando não for apenas um ''lobo solitário'' na sala de aula, expressando a sua condição essencial de outlier psico-cognitivo.

Eu sou mais propenso, creu eu, meus blogues [e agora, este blogue apenas] que não me deixem mentir, a produzir muitas ideias, como o tipo criativo, e que são mais abstratas do que ''avançadas'', como o tipo brilhante, partindo da dedução que, a diferença entre ''ideias avançadas'' e abstratas encontra-se no grau de distanciamento em relação ao conhecimento que já existe, isto é, em relação ao pensamento/conhecimento convergente. E a abstração também quer indicar menor concretismo prático.

 O meu próprio exemplo: a minha teoria sobre a sexualidade desviante. Um ''alto empreendedor'' [mas também um aprendiz brilhante] pode produzir a ideia de que a mesma se consiste em um desvio provocado por desordens orgânicas, um tipo comum de pensamento conclusivo sobre este assunto. Eu produzi a ideia de que a sexualidade desviante se consistiria na manifestação vestigial do passado evolutivo da humanidade, quando esta ainda nem existia, porque era um microrganismo de reprodução assexuada. Apesar que a comum ideia de desordem orgânica faça sentido a ponto de poder ser considerada factual, a minha ideia, que foi, modéstia a parte, bastante original, com certeza foi muito mais profundo na possível etiologia da sexualidade desviante, ainda que seja muito mais propensa a não ser factual do que se comparada à primeira, como exemplo convergente. Eu não pensei no que a sexualidade desviante pode ser, mas, qual que poderia ser a sua origem mais primordial. A associação remota entre reprodução ''assexuada'' [que eu re-denominei de ''auto-sexuada''] e reprodução sexuada foi com certeza o produto de um insight criativo e abstrato.


Voltando... neste próximo quesito, eu, definitivamente, não sou como o ''aprendiz brilhante'' que ''sabe sem estudar muito'', nem como o ''alto empreendedor'', que alcança certo patamar de excelência convergente, apenas desta maneira, isto é, estudando muito. No mais, como o criativo tende a ser muito mais cognitivamente assimétrico do que os outros, então talvez eu também possa me considerar como um ''aprendiz brilhante'' neste quesito, só que será do tipo ''insular'', que ''sabe sem estudar muito'', mas especialmente em relação às [minhas] áreas de escrutínio constante e naturalmente lúdico. No mais, ainda permaneço fortemente associado ao tipo criativo, porque geralmente o aprendiz brilhante será ainda melhor que o alto empreendedor em apreender a matéria convergente ou conhecida ('velha criatividade'), enquanto que o criativo geralmente não o fará, isto é, neste quesito se encontrará inferior aos dois, ainda que, novamente, por ser um outlier, os seus valores de qualidade serão predominante a essencialmente distintos. Eu pondero mais e penso em múltiplas perspectivas, como o aprendiz brilhante, ou melhor, eu aprendi a fazê-lo ou a lapidar uma disposição que já exibia timidamente, internalizando esta técnica de pensamento racional, e sim, eu ''injeto novas possibilidades'' ou criatividade. 

Respondendo novamente, eu não sou como o alto empreendedor porque, na escola, eu não tirava as maiores notas da sala [tive momentos de brilhantismo quando a proposta pedagógica do professor casou perfeitamente com o meu estilo, ou quando um assunto de meu interesse casou perfeitamente com a matéria que foi dada], nem era, generalizadamente falando, como o aprendiz brilhante, porque não estava acima do teto [auto empreendedor] do grupo. E sim, eu estou no meu próprio grupo, dos mais criativos, e ainda posso dizer que estou na minha própria hierarquia, por ter me tornado um produtor de ideias e pensamentos, por ter deixado de ser ''apenas'' um consumidor. Eu sou o meu teto e minha base, ao mesmo tempo. Alguns quesitos parecem se repetir então eu vou pular alguns e continuar a me analisar a partir desses parâmetros.

Eu respondo com interesse e opinião, como o alto empreendedor, penso em 'múltiplas' perspectivas e sim, também posso ter ideias ''bizarras', como o criativo.

 Eu não aprendo/apreendo com facilidade, eu não ''já sei'' e sim, eu sempre infiro novas possibilidades. Eu questiono a necessidade de decorar cada detalhe de um conhecimento convergente que está sendo exposto, como o superdotado criativo usualmente faz, e como eu já havia falado sobre isso, esta tática expressa uma mente inquisitiva, holisticamente prática mas também com frequência variável, intencionalmente malandra, porque o típico superdotado criativo é muito provável que será um sonhador imaginativo constante, e portanto, gastará as suas energias justamente em sua constante introspecção, tal como eu também falei, sobre a diferença entre o sonhador e o trabalhador. Além disso é provável que ele, por não conseguir alcançar o nível de excelência convergente dos outros dois, se rebelará contra esta hierarquia, também por causa deste fator, porque afinal de contas, geralmente nos rebelamos contra aquilo que não gostamos ou que não podemos competir. 

Eu compreendo, ou acredito que compreenda, ideias complexas, como os aprendizes brilhantes e os pensadores criativos, especialmente aquelas que estão mais atreladas às minhas áreas de escrutínio. Eu estou mais como o aprendiz brilhante por preferir, por agora, a companhia de pessoas mais velhas, do que de pares da minha idade, ou mesmo, de pares muito criativos, ainda que, como eu deixei subentendido, eu não possa afirmar categoricamente o mesmo em relação aos últimos, se ainda não tive a oportunidade de saber se preferiria ou não a companhia deles [dos muito criativos]. Tudo leva a crer que não, até mesmo por divergências ideológicas indissolúveis, se a maioria dos muito criativos, e criativos em geral, parecem ser de super-esquerdistas, especialmente nas artes. 

Interessante essa minha preferência, e dos aprendizes brilhantes, em média, pela companhia de pessoas mais velhas, se, a maioria delas tendem a ser mais conservadoras do que as gerações mais novas. Será que em termos de ideologia ou de estilo de vida, os aprendizes brilhantes seriam mais conservadores* Claro que preferir pela companhia dos mais velhos, é um claro sinal de maior maturidade emocional, generalizada ou mais assimétrica, se na maioria das vezes não a encontraremos naqueles que são da mesma faixa etária que a nossa. Gosto de humor abstrato e complexo [espero que o ''Monty Pyton'' não seja um exemplo de humor complexo, ;) ] e sim, eu também gosto de humor criativo ou que é mais irreverente, meio louco. Novamente, uma constante neste texto, diga-se, eu infiro, conecto e [re]invento conceitos. E também tenho os meus momentos-eureka, como os meus blogues tem mostrado, para o meu bem ou para o meu mal e possível condenação. Eu produzo muitas ideias, algumas mais incomuns, outras nem tanto, que eu chamo de ''insight subjetivo'', e tendo a não desenvolvê-las mais, mas será que é por que eu não vejo a necessidade de se fazê-lo** Neste quesito estou bem mais para o tipo criativo. 

Eu sou mais intenso, como o aprendiz brilhante, não-convencional, ainda que não transpareça, e mentalmente independente, como o pensador criativo. E parece que os alto empreendedores tenderão a ser o oposto neste sentido, quase que como ''average joeys'' de alto funcionamento, ou, abusando da minha triarquia de sociotipos, ''o trabalhador de alto funcionamento''. E talvez, esta última característica, de independência intelectual, seja como um reforço pra minha não-convencionalidade. Eu sou bem mais original e em constante processo de desenvolvimento, invariavelmente superficial, de minhas ideias, tal como o aprendiz brilhante e o pensador criativo. Eu nunca fui muito com a cara da escola, e sim, eu gosto de aprender sozinho e de criar. Eu improviso e manipulo informação, ao invés de apenas absorvê-la... aliás, eu apresento ''déficits' em minhas capacidades cristalizadas, como eu já comentei em outros textos, de maneira que, pra mim é muito mais fácil trabalhar com ideias, conceitos, etc, do que de internalizá-los de maneira ordeira e ampla. 

Interessante a diferenciação dos 3 tipos em um dos quesitos da tabela acima: o super-técnico/ alto empreendedor, o super-especialista/ aprendiz brilhante e o inventor/ pensador criativo. Neste sentido, eu continuo fortemente associado ao tipo criativo, por quase sempre preferir pela originalidade e portanto pela criação, ainda que quase todo criativo precise ser mais ou menos um especialista em sua [nano,micro ou macro] área de interesse.

Definitivamente, por não memorizar muito bem, que não posso me considerar como um alto-empreendedor [também neste quesito], e sim, novamente, eu tenho muitas ideias, tal como o criativo, e acredito que tenha uma boa capacidade de análise, a ponto de poder ''inferir bem'', tal como o ''aprendiz brilhante''.

Pelo que entendi até agora, o ''alto empreendedor'' é um excelente memorizador convergente, o ''aprendiz brilhante'' por sua vez memoriza muito bem o conhecimento convergente mas, ao contrário do primeiro, geralmente o supera a ponto de reconhecer as suas falhas, mesmo as menos aparentes. Parece que estamos lidando com um espectro de pensamento crítico-analítico/ e de conformidade, em que o alto empreendedor será o menos intenso e característico neste fator e o criativo será o mais intenso, ainda que não o faça sempre com qualidade. O ''pensador criativo'' parece ser o oposto do alto empreendedor, por causa de sua natureza epicentricamente divergente [generalizada ou mais específica]. Aquilo que o alto empreendedor memoriza e toma como a verdade absoluta, o aprendiz brilhante será muito mais propenso a, melhorá-lo ou a criticá-lo, enquanto que o pensador criativo enviesará mais profundamente na divergência ainda que também possa especular mais do que avançar no entendimento. 

Eu sou muito alerta e observador, como o alto empreendedor, só que também sou muito intuitivo e pelo que entendi, na tradução, eu também estou como o aprendiz brilhante que ''se antecipa e faz observações''. Como quase sempre na psicologia, alguns aspectos desta tipologia, ou são repetitivos ou são vagos demais, pois se, eu sou mais alerta e observador então pressupõe-se que também seja capaz de ''me antecipar e fazer observações''. Mas vamos continuar...






O pensador criativo ''nunca' cessa a sua curiosidade pelo objeto de escrutínio e portanto tende a continuar inferindo novas possibilidades, que é bem característico do seu estilo, enquanto que o alto empreendedor está ''sempre' satisfeito com o nível do seu aprendizado. Por outro lado o aprendiz brilhante é mais auto-crítico. Não entendi muito bem como que ficaria esta comparação analítica específica em relação ao criativo, se fosse feita entre iguais, isto é, o alto empreendedor está satisfeito, o aprendiz brilhante é auto-crítico, e o pensador criativo.... nunca cessa de buscar por novas possibilidade... mas isso então significa que ele também tende a ser auto-crítico ou que, não se satisfaz facilmente, seria isso**

Em termos de auto-crítica, eu estou bastante relacionado com o aprendiz brilhante assim como também com a tolerância e motivação do criativo em manter aberto novas possibilidades de entendimento ou de especulação em relação a certo assunto, especialmente se lhe for de grande interesse.

Eu sou como o pensador criativo e o aprendiz brilhante por nunca ter sido motivado a tirar notas altas na escola. Como quase sempre em minha vida, eu sou dragado por minhas motivações intrínsecas e tirar notas altas na escola, com certeza nunca foi uma delas. Por fim, com certeza que me considero mais ''intelectual'' e ''idiossincrático'' do que ''hábil'' [convergentemente hábil*].



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Conclusão de minha auto-análise:

Em um total de 25 quesitos, o ''placar'' ficou assim:

25 para o pensador criativo,
21 para o aprendiz brilhante
e 8 para o alto empreendedor.


Um continuum de convergência e de divergência, do alto empreendedor ao criativo... de simetria à assimetria cognitiva


Será*

Rapidamente, para finalizar este texto gigante, o alto empreendedor seria aquele com as maiores capacidades para o pensamento convergente, e não necessariamente em termos de QI, seguido pelo aprendiz brilhante, que por sua vez, também exibiria um bocado da rebelião quase congênita [específica ou geral] que tende a caracterizar o pensador criativo, este que seria o quase oposto do alto empreendedor.

Também percebi uma possível gradação de simetria cognitiva/e possivelmente psicológica/ de personalidade, em que os alto empreendedores [o superdotado trivial] seria o mais simétrico em suas capacidades cognitivas e também em seus perfis psicológicos [mais convencional, sexualmente normativo ou ao menos mais homogêneo]. Os aprendizes brilhantes, enquanto um tipo intermediário entre os extremos, convergente e divergente, seriam, por essa lógica, os mais variáveis em simetria cognitiva e psicológica, tanto para um lado quanto para o outro. Os pensadores criativos, por fim, como pólos opostos dos alto empreendedores, seriam mais homogeneamente divergentes ou não-convencionais, em média/média característica, em relação aos seus perfis psicológicos, e também mais assimétricos em suas capacidades cognitivas, demonstrando parcamente a natureza essencialmente ''savant-like'' da criatividade. O pensador criativo geralmente se especializa muito em uma área, a ponto de reinventá-la. O aprendiz brilhante se especializa menos, e não costuma atingir ao nível da originalidade, tal como o criativo, enquanto que o alto empreendedor, apesar de, no fim, ter que se especializar em alguma área, geralmente será aquele com maior conhecimento geral. 

Eu cheguei a especular se um maior conhecimento geral não poderia resultar em maior criatividade, mas vejo hoje em dia que não, não necessariamente o conhecimento, convergente e bem memorizado, mas uma motivação ou curiosidade intrínseca para se estudar mais de uma área, mesmo com pouca ''bagagem'', o meu caso com as áreas da genética e biologia. 

''Memória de trabalho''

maior entre os alto empreendedores

maior mas menos ''fixa'' entre os aprendizes brilhantes

menor entre os pensadores criativos*



** Nem todo alto-empreendedor que será superdotado [ o mais provável é que também possa ser um semi-superdotado ]

Altruísmo patológico OU altruísmo narcisista*


Primeiramente, eu quero ajudar TODO MUNDO, não importando os riscos de consequências negativas a minha pessoa = altruísmo patológico


Primeiramente, eu quero que TODO MUNDO saiba que eu sou uma pessoa boa [geralmente, baseado na moralidade subjetiva] = altruísmo narcisista

Vamos separá-los para que possamos entendê-los melhor*

Raça pura ou autêntica*

Expandindo o meu conceito de autenticidade... 

Não existe pureza mas autenticidade racial...

O caucasiano europoide mais racialmente autêntico, é aquele que expressa as características de seu grupo racial de maneira mais significativa, tanto em quantidade, ou número de traços fisiológicos e psicológicos que são mais específicos/característicos à raça caucasiana europeia... e neste caso, ainda mais especificamente, à sua etnicidade, ainda que exista um gradiente pan-europeu de decantação racial, em que algumas áreas serão mais depuradas do que outras, Inglaterra versus Rússia por exemplo, claro, em seus estados originais; quanto em qualidade, ou expressão de autenticidade desses traços, por exemplo, o pragmatismo que é bem mais comum e portanto característico ''aos'' leste asiáticos, manifestando-se de maneira mais intensa em um indivíduo desta raça. 

A decantação racial [antiga ''pureza''] pode ou deve ser mensurada ou quantificada enquanto que a autenticidade racial, pode ou deve ser comparativamente qualificada. 

segunda-feira, 27 de março de 2017

Cada dia com quem se ama

O mais novo decreto

Não existem céus pra serem vividos,
Não existe eternidade, na verdade não se sabe,
E a melhor escolha é viver,
E viver com quem se ama,
Amigo, de infância, ou pra sempre,
Amor, cúmplice, saliente, de cuidados, de presentes,
Viver perto de quem sorri com a gente, 
Cada dia, 
Em tardes ensolaradas,
Sob nuvens carregadas, 
Em manhãs frias, amadas,
Embaixo das cobertas, em abraços,
Na praia, arrastando areia entre os dedos dos pés, 
Na montanha, em mares interiores,
De morros, de uivos, de assopros no pulso,
De gaitas, de flores,
Entre o ontem, que já foi um dia,
E o amanhã, mais uma espera, à espera por sua ida, 
Na aurora e no crepúsculo, entre manhãs e noites, entre semanas,
Entre torpes, 
Trate os amigos como reis, que eles são,
Toda a pompa, brilho no olhar, confissão,
Na intimidade, reconheça o seu semelhante, o seu amante, o seu companheiro de viagem,
É a ele quem deve prestar carinhos, aconchegar, ajudar, 
A vida não tem espera, 
Viva com os seus irmãos e irmãs de alma,
Humanos ou não, 
Vidas, atritos,
Mãos, ungidos,
Não perca mais tempo,
Viva cada dia, com que se ama.

domingo, 26 de março de 2017

Idealistas versus partidários: contrastes e semelhanças


Diferenças e semelhanças de quem compra uma causa de de quem compra um partido 

idealismo versus  oportunismo 

Níveis de 

Consciência estética


Os idealistas evidentemente que apresentarão os valores mais altos de consciência estética, da beleza ou simetria, pela idealidade, claro que, limitada à ideologia que tiver escolhido, resultando no idealismo.

Os partidários serão no entanto mais propensos a apresentarem valores mais baixos da mesma, ainda que, tal como os idealistas, eles também tendam a escolher uma ideologia porque a veem, primeiramente, como uma idealidade [ uma das principais falhas desta natureza, de se confundir idealismo com idealidade ].

Isso também significa que, a partir do momento em que a ideologia, que é geralmente uma farsa de moralidade objetiva, começar a revelar o seu verdadeiro rosto, os idealistas mais perspicazes começarão a debandar, ao começarem a perceber as muitas contradições que praticamente caracterizam a mesma. Por outro lado, os partidários, porque estão muito menos esteticamente/moralmente sensíveis, tenderão a permanecerem ''no recinto ideológico'' que escolheram, e assim como a ideologia vai se mostrando mais feia do que no princípio, os partidários vão acompanhando essa metamorfose. Os partidários, conscientes ou não, emulam os idealistas, que são de proto-mutualistas, mas serão, desproporcionalmente falando, de proto-parasitas, que veem no grupo ideológico um modo de vida, ainda mais quando a ideologia casa ''perfeitamente'' com as suas crenças ou inclinações morais, quase sempre superficiais, especialmente porque também tenderão a sê-lo no âmbito intelectual. Os partidários são oportunistas, que geralmente estão subconscientes de suas naturezas morais nebulosas, e ao mesmo tempo de inseguros, que sentem a necessidade de fazerem parte de um grupo, e em especial, novamente, quando o grupo lhe for de bom gosto, se casar com as suas características psico-intelectuais.

Os idealistas são em sua maioria de crentes devotos e os mais inteligentes tendem a perceber cedo as contradições, enfim, a natureza essencialmente corrupta e mentirosa, que geralmente a maioria das ideologias/ ou religiões humanas apresentam. Os idealistas mais tolos tendem a permanecer ''no barco'' mesmo quando vão percebendo contradições e muitas vezes também quando não o fazem, isto é, quase que como em um estado permanente de psicose ''parcial'. Os idealistas apostam as suas fichas em suas ideologias de estimação enquanto que os partidários, subconsciente ou conscientemente, estão mais preocupados em fincar raízes nesta estrutura e tirar dela o seu sustento parasitário, do que de pensar em ideais ou valores morais superiores. Ele pode ser como uma cobra cega ou como uma serpente bem desperta, que sabe muito bem o que está fazendo.


Compreensão factual


Pelo que parece a grande maioria dos idealistas e dos partidários apresentam déficits neste aspecto. No caso dos idealistas, mais especificamente, me parece que, tendem a ter uma forte disposição para o pensamento holístico, para a imagem maior, mas ao mesmo tempo, fraquezas em relação ao pensamento detalhista. Isso explica porque o socialismo, a priore, e teoricamente falando, parece mais correto que o capitalismo. Isto é, igualdade e justiça sociais, que são valores morais holísticos, não estão errados, sob nenhuma instância. O problema começa quando, do holístico, da imagem maior, se passa a buscar por detalhes, pela ''imagem menor''. E são muitos os detalhes que tornam o socialismo difícil de se sustentar e de maneira ideal. O idealista se assemelha ou apresenta um estilo de pensamento pseudo-psicótico, que é mais global do que local, que constrói a imagem maior, mas que se esquece dos detalhes que a perfazem. Por exemplo, em média, um idealista socialista deseja a igualdade social, novamente, que se consiste em um valor moral holístico. Só que ele se esquece que existem muitos detalhes que tornam a possibilidade da igualdade social mais difícil, desde os fatores mais intrínsecos como as diferenças raciais médias em inteligência e temperamento, até os fatores estruturais, como a ideia de meritocracia, de que, aquele que produz mais, merece ganhar mais do que outro, ou um exemplo ainda mais concreto: o médico merece ganhar mais do que o gari, porque a sua função é muito mais importante que a função do gari, ele salva vidas enquanto que o gari varre as ruas. 

Compreensão factual assim como tudo aquilo que percebemos ou que fazemos, quer queiramos ou não, obedece a uma hierarquia que se principia em nós, como eu já falei, sobre o epicentro do comportamento. Portanto, apesar de estarmos rodeados e mesmo compostos por infinitos fatos, de todos os tipos e tamanhos, é pela espinha dorsal da realidade que devemos principiar, porque é a mais importante, especialmente pra nós. E essa espinha, novamente, principia-se por nós, via autoconhecimento, se expande para o ambiente de vivência, via reconhecimento ou conhecimento de padrões, dos outros seres, humanos e não-humanos, de fenômenos naturais e das dinâmicas entre todos esses elementos. 

Portanto, quem já exibe fraco autoconhecimento, já terá uma compreensão factual igualmente fraca, ainda que possa se tornar um conhecedor de periferias do saber. Partidários e idealistas podem ser muito inteligentes em termos cognitivos, acadêmicos, mas em termos macrospectivos, da ''imagem maior existencial''/ sabedoria, sobre a espinha dorsal da realidade, geralmente, eles serão na média ou abaixo da média, e eu acho que serão desproporcionalmente abaixo da média.

A compreensão factual, a meu ver, será variável entre os dois grupos, mas eu acho que, os partidários conscientes de suas naturezas oportunistas e camaleônicas, fortemente propensos a serem de ''anti-sociais'', apresentarão compreensões factuais maiores, se tipos psicopáticos tendem a fazê-lo de qualquer maneira. Portanto é possível que esses perfis médios respectivamente para os idealistas e para os partidários mais conscientes: alto em consciência estética, baixo em compreensão factual/ baixo em consciência estética, alto em compreensão factual. Em compensação os partidários menos conscientes, que devem ser mais demograficamente prevalentes, é possível que serão mais fracos em ambos os quesitos. Poderíamos também substituir os neo-termos que propus, por: empatia afetiva/empatia cognitiva, ainda que a consciência estética não se consista exatamente em empatia afetiva, a tem como ferramenta fundamental, e o mesmo no caso da compreensão factual, e especialmente a partir do momento em que passarmos a entender todos esses outros termos de maneira generalizada, isto é, a empatia afetiva não apenas em relação a outros seres, mas também à realidades impessoais, por exemplo, sentir afeição ou afeto por matemática. 

Dissonância cognitiva



Faça o que eu falo, não faça o que eu faço

Novamente, a meu ver, os idealistas serão em média desproporcional ou característica, menos cognitivamente dissonantes do que os partidários, isto é, procurarão evitar hipocrisias em suas condutas ideacionais e comportamentais. O idealista socialista mais inteligente, por exemplo, será mais propenso a colocar o seu filho em uma escola pública, a buscar reduzir a sua ''pegada'' no meio ambiente, etc. Em compensação o partidário socialista, mais ''preocupado' com as questões políticas, mas também com o seu parasitismo se possível discreto, será muito mais propenso a pensar de um jeito, e fazer de outro, ou mesmo, a dizer aos outros como agir, mas fazer o oposto daquilo que prega, que é um sinal mais do que claro de hipocrisia. Se quase todo sistema de moralidade subjetiva se coloca como ''o sistema moral perfeito'', ou que representa a moralidade objetiva/final/''divina'', então em todas essas estruturas psicóticas de crença e valor, nós vamos encontrar esses dois tipos. 

Estúpido ou mal caráter*

A maioria dos idealistas não apresentam má índole, pelo contrário, pois tendem a ser tão teoricamente bondosos que ultrapassam largamente o limite do bom senso, de auto-preservação [ uma das características fundamentais da espinha dorsal da realidade]. A maioria deles também apresenta características proto-psicóticas, para que possam se convencer de ideias de natureza holística e que invariavelmente se apresentam de modo superficial, sem detalhes, obviamente holísticas, quase que de maneira poética. Nesse caso estamos a falar de apofenia, que se consiste em uma característica essencial das psicoses. A maioria dos seres humanos encontram-se vulneráveis para a adoção de ideias apofênicas, e eu acredito que, os ''mais apofênicos'' providos de maiores capacidades cognitivas, serão mais propensos a adotarem a ideologia, enquanto que os menos capazes, neste sentido, serão mais propensos a adotarem a religião. A explicação parece simples, a ideologia se apresenta de maneira mais científica, filosófica, e menos bizarra, como acontece com a religião. Por exemplo, acreditar na ressurreição de Jesus Cristo versus o racismo institucionalizado das sociedades ocidentais. O primeiro é claramente uma aberração de pensamento. O segundo já se encontrará muito mais próximo da realidade concreta, e mesmo poder-se-ia dizer que se consiste em uma interpretação de um possível fato ou mesmo, que pode ser entendido como tal, mediante algumas perspectivas mais periféricas. Parece que, talvez, no fundo, seja um pouco, mas o cerne de toda esta confusão é que se está confundindo [[[propositalmente]]] causa com efeito. A causa para as desigualdades sócio-raciais não é o racismo institucionalizado, mas as desigualdades intelecto-raciais médias e de temperamento. Isto é, não são ''os'' brancos ou as suas instituições que, propositalmente, mantém a maioria dos negros em condições sócio-econômicas inferiores, mas os próprios negros que, em sua maioria, não estão ''cognitivamente adaptados'' às sociedades ''modernas'' [tecnologicamente dominadas].

Por outro lado, os partidários, a meu ver, serão bem menos propensos a serem de super-''bonzinhos'' porém meio psicóticos e ingênuos, como os idealistas costumam ser, até mesmo porque estarão mais focados no grupo do que em seus [supostos] ideais. Como camaleões, eles emulam os idealistas, que são os garotos-propaganda de qualquer culto, mas tendem a ter, de maneira mais aguda, porém invariavelmente subconsciente, outras intenções. Eles querem ganhar em cima de suas escolhas e não necessariamente de ver os ideais do seu grupo ideológico vingarem e se tornarem a ordem do dia.

Em termos de apofenia, o partidário médio também tenderá a ser mais apofênico, como a maioria das pessoas menos perspicazes costumam ser de qualquer maneira. Mas menos proto-psicótico que o idealista e portanto mais cínico. O partidário mais inteligente, como eu já comentei, tenderá a ser mais psicopático que psicótico, aliás esta dobradinha tem ''dado certo'' desde os primórdios da civilização. O psicopático manipulando o psicótico, lhe tolhendo a sua capacidade de entender a realidade, a ponto de se tornar mentalmente emancipado e de não mais depender de seus mestres mentais calculistas. O idealista mais inteligente tenderá a ser mais parecido com o sábio, e muitas de se sê-lo. Percebam que o parasita sempre tenta atrair o mutualista para dentro de seu projeto de poder perpétuo. Idealistas mais inteligentes, como eu já comentei, são os primeiros a debandarem do grupo, sem falar do sábio, o mutualista mais inteligente, que incomumente se deixa atrair por ideologias por períodos prolongados de sua vida.



Síndrome de Dunning-Krueger

Princípio da compreensão factual

Proto-psicóticos e proto a psicopáticos são em média muito autoconfiantes. Portanto não esperemos por humildade intelectual entre eles, ou em relação à maioria deles. Surpreendentemente ou nem tanto os mais [intelectualmente] inteligentes de ambos, idealistas e partidários, apresentam os níveis mais baixos de síndrome de Dunning-Krueger, se forem é claro comparados com os outros de seus respectivos grupos. Os níveis mais altos de humildade intelectual, que se relaciona com autoconhecimento e com níveis mais baixos desta síndrome, que é extremamente comum, fazem com que os idealistas mais inteligentes, de maneira precoce, capturem os problemas e contradições fatais dos sistemas ideológicos ou religiosos que decidiram seguir, a priore, porque quando nos apropriamos de uma ideologia, correta ou não, passamos a tratá-la como parte de nós, nós como os seus mensageiros ou agentes, tal como templários ou cavaleiros. Portanto o exercício de humildade intelectual necessita de auto-''reflexão'' constante, do contrário, ficará difícil de se alcançá-la. Os partidários mais inteligentes, e portanto psicopáticos, desde cedo entenderão de maneira profunda e mais factualmente precisa, quanto à natureza essencialmente corrupta do sistema ideológico que passam a investir, novamente, denotando sinal de ''humildade intelectual'', que neste caso, mostra-se mais como uma peça auxiliar, como um meio, do que como uma reflexão/expressão da índole. Em ambos os casos, as palavras ''talento'' e ''autenticidade'' podem ser facilmente introduzidas, porque demonstrarão maiores capacidades intelectuais, só que de um lado, se fará de maneira moralmente benigna, e de outro, de maneira moralmente maligna. 

Em relação aos idealistas e aos partidários medianos, parece fácil de se concluir que ''pontuarão'' alto em síndrome de Dunning-Krueger, isto é, apresentarão autoconhecimentos distorcidos, exagerando as suas forças e portanto as suas capacidades de se usá-las, negligenciando as suas fraquezas, realidade essa que claramente se mesclará com as suas escolhas ideológicas, isto é, as segundas reforçarão as suas autoconfianças exageradas. 

Os partidários, talvez, possam ser até definidos como hipo-psicóticos, e portanto mais próximos dos seus mestres, dos seus patrões mentais, denotando pragmatismo, realismo frio mas ainda embotado de ''real realismo'', no sentido de se compreender a macro-realidade, disposição essa que se manifesta em níveis mais altos de autenticidade entre os mais sábios, que se consistem na elite final dos idealistas. Os partidários em média estão a meio caminho entre o normal ou o convencional e o psicopata, ainda assim, eles não serão em sua maioria de sociopatas ou de psicopatas, mas de hipócritas patológicos, ou como eu gosto de falar, de ''cobras cegas''. Os idealistas em média [média característica] estão a meio caminho entre o normal, a psicose e a sabedoria, e portanto se bifurcarão entre os proto-psicóticos e os proto-racionais.




sábado, 25 de março de 2017

Sistema de valores morais versus sistema de crenças: e o diferencial do sábio...


A moralidade subjetiva se baseia em um sistema de crenças para construir o seu sistema de valores morais, e isso pode se dar tanto a nível pessoal quanto a nível coletivo.

A moralidade objetiva se baseia diretamente em um sistema de fatos morais para construir o seu sistema de valores morais, partindo da ideia de que fatos e valores são praticamente a mesma coisa ou que se complementam, se o valor é a atribuição qualitativa que é dada a um fato [mas que também pode ser dada a um factoide].

Por exemplo:

É moralmente errado, sob a ótica da moralidade objetiva, matar animais não-humanos por puro deleite OU por qualquer outra razão que não seja para se alimentar, especialmente em situações que tornam totalmente necessária esta ação, isto é, quando não há como escapar dela

Os valores morais ou fatos morais que são embasados na moralidade objetiva ou universal extraem de si mesmos a verdade e o valor de uma ação ou projeto de ação.

Em compensação os valores morais que são retidos de um sistema de crenças, pessoalmente incompleto [o que você ACHA que é o certo] ou coletivo (religião, ideologia, cultura), isto é, que são baseados na moralidade subjetiva, em média não são fatos, especialmente porque tendem a se basear em crenças... que são potenciais ou pré-fatos.

Neste caso temos uma confusão entre pré-fatos e valores morais, em que, a partir dos pré-fatos ou de uma predominância deles, são construídos os valores ou a maioria deles, isto é, que partem da justificativa ou argumentação de sua suposta imprescindibilidade até à própria consumação do ato.

Exemplo: ''Deus'' ''criou'' os animais para nos servir. 

Isso é um pré-fato, de natureza bizarra e portanto pouco provável de ser verdade, porque, Deus ''não existe'', ao menos de modo antropomórfico, e portanto ''ele'' não criou os animais para nos servir. O que de FATO aconteceu é que ''nossa' inteligência 'superior'', que se consiste em uma grande vantagem, nos colocou no topo da cadeia alimentar [que os ativistas veganos e pró-animais me perdoem].

Portanto a crença é um pré-fato, um fato em potencial. Ela pode ser bizarra e portanto improvável de ser verdadeira, como no caso da suposta ressurreição de Jesus e de seu suposto retorno 'à Terra'... depois de morto, que ''já faz'' alguns milhares de anos. E ela pode ser mais lógica, por exemplo, a possibilidade de existência de vida inteligente em outros planetas.

A crença em extraterrestres também é um sistema de crenças, evidentemente, só que é mais factualmente provável do que a crença em Jesus Cristo ou no cristianismo. Ambos são pré-fatos ou fatos em potencial, e novamente, o primeiro tem boas chances de se tornar factual, ao menos pra nós, terráqueos, enquanto que para o segundo as chances são quase nulas, se já não pudermos anulá-las por definitivo.

O primeiro se baseia na lógica, o segundo em uma psicose coletivizada ou culturalizada.

A moralidade subjetiva constrói valores com base em distorções primordiais da realidade. A moralidade objetiva constrói valores com base na realidade, pois se consiste em uma relação direta com fatos e em especial com os fatos morais ou de comportamento.

A moralidade objetiva não é apenas UM ideal mas O ideal por ser extremamente perfeccionista e/ou justa e não apenas com os seres humanos. 

A moralidade subjetiva, que tem sido a regra dos seres humanos, surpreendentemente também emula o mundo natural, apesar de seu caráter ilusório e predominante. A moralidade subjetiva mistura um pouco da frieza do mundo natural, ainda que o mesmo também esteja populado por comportamentos positivos, sem falar que muitas espécies não-humanas não são de comportamento parasitário nem de predador, com o mundo anti-natural das psicoses humanas, que o rejeita, que lhe vira as costas, se atomiza de sua realidade que é geralmente bruta, a luta instintiva pela sobrevivência. Em outras palavras, a moralidade subjetiva também pode ser entendida como uma moralidade internamente desintegrada mediante este caráter de ''dupla personalidade'', fria como o mundo natural e pretensamente boa como o mundo anti-natural humano.

A moralidade objetiva deriva diretamente do mundo natural, só que, ao invés de submeter-se às suas leis não-escritas [ou 'não-leis'], supostamente realistas, como os ''naturalistas'' tendem a pensar, as melhora, maximizando o valor da vida individual mas buscando também conciliá-lo com a necessidade da coletividade, especialmente em espécies sociais. Também percebam que tanto na moralidade subjetiva humana quanto na moralidade do mundo natural, existe uma clara tendência generalizada de desprezo ao indivíduo e ênfase desequilibrada no coletivo.

O sábio é aquele que colhe os seus valores direto da moralidade objetiva, construindo ao longo de sua vida um sistema de valores morais e dificilmente tendo como complemento dominante um sistema de crenças. O sábio não crê que o seu valor esteja correto, ele sabe que está, porque não foi baseado em uma crença, mas em um fato moral ou de comportamento, muito bem analisado e transformado em um valor. 

Para o sábio o seu sistema de crenças, porque ele também crê, jamais se sobrepõe ao seu sistema de valores, enquanto que é a regra humana que a crença determine o valor. 

E novamente, a racionalidade, que é uma ferramenta de uso fundamental para o sábio, nos mostra que os fatos não são apenas ou especialmente gélidos de emoção, porque a mesma será de grande importância para completá-lo, se ela existe justamente enquanto reação à realidade, como um eco da percepção, percebendo e reagindo, vendo e dando valor ou atribuindo, com base na emoção. A emoção é a crítica, porque julga o fato, dando-lhe valor. Portanto ela é essencial para a acuidade ou justiça do pensamento.

Por exemplo, ao vermos um ente ou amigo que é muito querido, e que não vínhamos a muito tempo, por força da distância, primeiro, o reconheceremos: a sua fisionomia [se não mudou muito ''de cara''), os seus trejeitos não-verbais, o seu tom de voz, as suas características físicas gerais, roupas. ''Puxaremos pela memória'' pra ver se nos lembramos dele de maneira nítida ou mais embaçada. 

Tudo isso se consiste em um reconhecimento de padrões, e de fatos. Nosso amigo ou ente distante e querido, é um fato, porque é um ser real, de carne e osso, que apresenta padrões de constituição física e psicológica particulares e gerais. Se gostamos muito dele, por ele já ser muito querido por nós, então tenderemos a reagir com grande alegria, entusiasmo, talvez também com certa desconfiança, tentando descobrir se ele irá reagir do mesmo modo, se nutre os mesmos sentimentos. Nossas reações são claramente emocionais, denotando o papel auxiliar ou melhor, complementar, que a emoção tem sobre a compreensão factual, sobre os fatos que compilamos.

Outro exemplo. Ao reconhecermos uma situação evidente de injustiça, caminharemos para reagir de maneira emocionalmente proporcional, com revolta, tristeza, que em condições normais de temperatura e pressão, seríamos todos excepcionais nesta capacidade de reconhecer e/ou diferenciar justiça de injustiça... 

A emoção complementa o fato, lhe dá valor estético, e portanto moral. 

Ao nos tornamos conscientes que milhões de animais domesticados estão sendo literalmente assassinados em massa, e pararmos para pensar que eles também sentem dor, que também são vidas, de nos colocarmos no lugar deles [empatia], primeiro, tomaremos essa realidade como um conjunto de fatos, que obviamente são, e reagiremos a eles, via emoção. Pessoas tolas, de qualquer estirpe, em estado permanente de ignorância ou que ainda não despertaram e que portanto apresentam algum potencial para a sabedoria [particularizada ou generalizada], tenderão a: analisar de maneira fria, compilando os mesmos fatos iniciais, geralmente capturáveis via verdade objetiva, isto é, pelo simples reconhecimento via sentidos, e em especial pelo sentido mais importante nesta tarefa, que é a visão. Tentarão lutar contra os fatos que lhes forem mais inconvenientes, por exemplo, que os animais também sentem, tentando justificar o tratamento aterradoramente tirano que os humanos dão a eles, tal como algumas desculpas analfabetas que são rotineiramente usadas que eu usei como exemplo de ''pré-fato''.
 Suas reações emotivas serão aquém do ideal, até mesmo porque já começarão patinando na lógica generalizada ou racionalidade. 

Animais não-humanos domesticados ou dóceis, fato.

São vidas, fato.

Sentem, fato.


Estão sendo trucidados ou tratados da pior maneira possível, fato.

... dentre outros fatos, menos conhecidos, por exemplo,

Animais não-humanos variam de personalidade, fato.


Isto é, estão sendo tratados de maneira generalizada, como se fossem todos desgraçadamente iguais pra serem destroçados pela besta humana.



Vemos no entanto que podemos e que tendemos a ser solapados por nossos instintos e que dependendo de nossos graus de empatia ou de espelhamento de similaridades em relação ao ''objeto'' de ênfase, é possível que esta esperada reação recíproca, racional ou correta, não se fará de maneira ''perfeita'' ou mesmo, que sequer aconteça.

 Percebam que as nossas memórias também tendem a influir nisso, juntamente com as nossas formas ou disposições/e similaridades. Por exemplo, pode-se ter maior empatia ''por'' um grupo do que por outro, e tudo isso parece ser mediado pelo nível de similaridade mas também pelo nível de deliberação analítica e completa [lógica + emoção} em relação ao objeto de escrutínio, isto é, o pensar antes do agir. Mas especialmente, o agir/emocional também depois do pensar correto.

No fim o que também diferencia sábios de tolos é o nível de objetividade moral, em que não tão surpreendentemente a velha ''leia de Talião'', aparecerá como importante base para o desenvolvimento da moralidade objetiva, eu disse ''como base'', porque este conjunto de leis de reciprocidade comportamental é demasiadamente direta ou crua, enquanto que também é de vital importância nos apegarmos aos detalhes, às minúcias, antes de julgar.

Lei da proporcionalidade, comportamental e analítica

O sistema de crenças se esbarra logo de cara na lei da proporcionalidade, ao tomar como verídico aquilo que para os mais mentalmente saudáveis não passa de um devaneio estruturalizado. 

A lei da proporcionalidade é uma das regras fundamentais da moralidade objetiva, que pesa/balança todas as variáveis possíveis de serem capturadas enquanto que a moralidade subjetiva [e também a naturalista, que toma o instinto como se representasse a verdade total dos fatos, especialmente dos fatos morais ou de comportamento] ao invés de analisar primeiro, os padrões, mas tendo o mundo real das interações, das ações e reações, da justiça de tratamento, de reciprocidade, ao seu dispor, criticar, geralmente com base em um aumento exponencial da emoção, mas de preferência sob controle e bom uso, e por fim julgar, fazem aquilo que eu já falei em outro texto: criticam e julgam a própria crítica, isto é, e neste caso, criam valores com base em crenças, e não com base em fatos. 

''Eu vou comer carne porque Deus criou/inventou os outros animais para nos servir''

Valor em cima de uma crença.

Falácia psicótico-cultural

''Eu vou comer carne porque na natureza todos os outros seres vivos fazem o mesmo, por causa da cadeia alimentar''

Falácia racional-naturalista [e que na verdade é lógico-naturalista]

''Eu sei que 'Deus' não inventou os outros animais para nos servirem.'' Também é factual desmanchar este tipo primitivo e simplório de pensamento.

''Eu sei que quase todas as outras espécies também precisam matar para se alimentar'' fato.

Falácia ''racional-naturalista'' = ... porque eles são mais realistas do que nós, porque são menos emocionais, por isso é ''racionalmente'' correto imitá-los... porque nós também somos animais...

Só que como eu comentei no texto que deixei lincado, os seres vivos não-humanos não são mais realistas que nós, pelo contrário, por serem ainda mais instintivos eles são menos realistas. Eles não tem escolha e o caminho da racionalidade, da razão, é o caminho, da escolha, porque sem a dominância beligerante do instinto, nós nos tornamos e nos tornaremos mais e mais abertos ou perceptivos à outras perspectivas, além da perspectiva egocentrada imediata. O caminho da razão é basicamente o caminho da expansão da percepção, que antes, metaforicamente exemplificando, tínhamos um túnel de luz chamado instinto nos guiando, agora temos a percepção de todo ambiente, ampliando as nossas possibilidades de escolhas. 

Portanto, apesar do forte argumento naturalista, que apela para a lógica ''somos animais e precisamos agir como eles'', esta tende a basear-se, a meu ver, especialmente, na falácia ''instinto = realismo'', enquanto que, apesar da grande proporção de seres humanos que são esquizoformes, isto é, que apresentam fraquezas psico-intelectuais bem expressadas por suas crenças [confusões de racionalidade], isso não significa que não existirão seres humanos muito mais realistas, e como eu já falei várias vezes, o mais realista de todos é o sábio, e isso pode ser entendido como uma bênção e uma cruz, porque é sempre bom ter o ego bem alimentado, de se estar mais certo do que a grande maioria, mas ao mesmo tempo, isso vale pouco, porque essa grande maioria geralmente pouco se importará com isso, muitas vezes fazendo do sábio um observador passivo da realidade alucinógena e moralmente embotada que tem caracterizado a experiência humana.


sexta-feira, 24 de março de 2017

Não existem múltiplas moralidades, existe um fator g da moralidade, a moralidade objetiva ou universal





Pentelhos cientificistas ADORAM relativizar a moralidade, eles ADORAM...

Um exemplo de relativização moral pode ser bem observado por meio da negação da teoria das ''múltiplas' inteligências em prol do fator g e QI.

Sem essa teoria, pensam eles, pode-se livremente denominar a inteligência apenas por sua parte cognitiva. Confere Arnaldo*

Assim, a moralidade se relativiza e a inteligência se mecaniciza porque o lado psicológico ou afetivo da segunda passa a ser tratado de maneira separada do lado cognitivo, como se não fosse importante ou mesmo parte da inteligência. Só que não...

Para entender um sistema como um todo você precisa de todas as suas partes. Por exemplo, você não pode entender o organismo humano apenas por meio do sistema nervoso.

Eu concordo que a teoria das múltiplas inteligências não está de todo certa se, só existe uma inteligência, que pode ser bem mensurada por testes cognitivos, que existe um fator g [psicométrico... e total] 

MAS TAMBÉM

... que se consiste em um sistema e que apresenta subsistemas, e que portanto, não pode haver ''a inteligência da inteligência ou sistema do sistema'', 

... e que esta inteligência varia de tamanho, qualidade e tipo.

 Criatividade e racionalidade por exemplo encontram-se sob o domínio da inteligência. A sabedoria por sua vez, se consistiria em sua ''alma'', em parte essencial de sua estrutura, que lhe dá vida e que poucos a tem muito bem desenvolvida, que seria essencial e oniscientemente qualitativa, e ainda assim, sob o seu domínio, justamente por se consistir em um tipo e nível de pensamento

Esta se diferenciaria em nível e em qualidade em relação à racionalidade. A racionalidade usa de maneira mais eficiente a lógica, isto é, também o lado afetivo, enquanto que a sabedoria usa de maneira mais eficiente a racionalidade, também o lado existencial.

Tal como existe um fator g [reconhecimento de padrões] da inteligência também existe um fator g para a moralidade [ reconhecimento de padrões morais que em seu ideal universal basicamente emula a verdade da existência, que sempre pende para a harmonia para que possa se sustentar, para que possa simplesmente existir], de maneira que, não existem múltiplas inteligências, nem múltiplas moralidades, mas dois sistemas, e ambos apresentam evidentemente variações, tanto de ''quantidade'' ou de tamanho, quanto de qualidade, e não preciso me alongar em demasia para constatar que: os seus ideais [especialmente de qualidade] são inenarravelmente melhores ou mais importantes do que o restante de suas variações. Como eu tenho falado, eles são mais característicos, mais autênticos. A inteligência é mais inteligência, mais autêntica, se ''também'' for racional, sábia e criativa [valores de tipo e de qualidade do sistema-inteligência]. Mais do que sistemas independentes, moralidade  e inteligência não apenas convergem, porque o primeiro já se consiste no produto do segundo.

 A inteligência ideal pode ser superlativa em tamanho ou ''quantidade'', qualidade e tipo [nível de exoticidade, por exemplo]. Evidente que uma inteligência finalmente ideal seria excepcionalmente correta em todas essas variáveis, em tamanho/qi, qualidade e tipo. O mesmo para a moralidade.

No entanto enquanto que a primeira é mais difícil de ser ser conquistada, a segunda me parece ser mais fácil justamente por necessitar mais da racionalidade, de uma das partes do sistema-inteligência, do que de seu todo. Bastaria ''incutir'' de maneira eugenicamente artificial a racionalidade [emoção + lógica] nas mentes humanas do que tentar criar seres com inteligência de simetria ideal, que são excepcionais em tudo [em tudo mesmo]. 

E ainda parece que existe a necessidade de haver uma sobreposição moralmente perfeccionista, porque se não, é possível que apenas repetiremos as falhas humanas. Esta sobreposição funcionaria tal como um guia preferencialmente agudo, que determinaria o comportamento, ao invés de dar-lhe a escolha de errar e de maneiras diversamente grosseiras e permanentes, como tem sido o costume humano. No entanto isso não significa que o mundo se tornaria um lugar chato, extremamente certinho, porque como eu tenho comentado, há de se preservar e incentivar pela celebração da individualidade [não confundir com individualismo] bem como também dos prazeres que a vida pode oferecer. O que não poderia acontecer, e que acontece, é que este êxtase tende a avançar para além das fronteiras do ser, do indivíduo, provavelmente causando problemas a outros seres. 

Comportamento É moralidade

Se não tivessem inventado a palavra ''moralidade'', eu não duvido que a palavra ''comportamento'' a substituiria de maneira satisfatória. Tudo aquilo que fazemos tem um quê de moral, mesmo a tarefa mais puramente cognitiva, que está mais distante de uma interação inter-pessoal [ou intra-pessoal] ainda terá forte carga moral. Por exemplo, a partir do momento que você repete uma tarefa técnica, em seu trabalho, supostamente não existe nada de moral aí, só que tem sim, porque se você não estivesse se dedicando, se não estivesse concentrado nesta tarefa, isto é, usando o seu julgamento moral, é provável que não a executaria ou que seria desleixado. E mesmo na possibilidade de não fazê-la. Em tudo o que fazemos, a moralidade encontra-se embutida.

Não existem múltiplas moralidades... 

A moralidade é um sistema universal, tem um fator g, se manifesta de maneira diversa, porque se manifesta em diferentes níveis ''quantitativos'', qualitativos e de tipos, porque está compartimentada com diferentes ''peças'' mas que tem os seus ideais de operacionalidade, tal como a inteligência.. ;)


Por que o voto feminino**

É fato que a mulher por causa do tipo patriarcal de co-evolução cultural a que tem sido submetida [as mais ''prendadas'' e ''femininas'' tem sido selecionadas em maior proporção do que as ''muito lógicas''], mostra-se, em média, mais fraca no quesito lógica [mas menos fraca em lógica social/emocional] do que o homem, que pode ser observado pelo seu comportamento em relação à política.

Outro problema é que a política não é apenas sobre lógica mas também sobre psicopatia [se a maioria dos políticos são de anti-sociais oportunistas, geralmente de parasitas ou de estúpidos auto-importantes, especialmente em países como o Brasil, mas também países como por exemplo os EUA], isto é, em relação à capacidade de encontrar e de diferenciar tipos de predadores [mais raros] e de parasitas. E neste quesito os homens encontram-se melhores do que as mulheres, um pouquinho melhores, que já é suficiente pra fazer alguma diferença relevante. A minha metáfora cinematográfica ''Stanley Kowalski & Blanche DuBois''.

Um exemplo sintomático desta realidade pode ser observado através da proporção de homens e de mulheres que, atualmente, se declaram de ''extrema direita'', que nada mais é do que a manifestação epicentricamente característica da lógica, isto é, que se consiste em uma ideologia que expressa em letras garrafais o ''pensamento lógico'' [que não é o mesmo que racional]. E percebe-se desde sempre que há muito mais deles do que delas neste ''extremo' do espectro. 

Como a política, especialmente nos dias de hoje, tem [ab]usado de táticas de chantagem emocional para angariar votos, então uma desproporção de mulheres... e de homens mais femininos, tem se juntado àqueles que apelam mais para os seus ''corações'', do que para os seus cérebros, ainda que o voto feminino/ mente feminina pareça ser mais alérgico a qualquer forma de extremismo [[LÓGICO]] explícito, implícito e mesmo o superficialmente exagerado, e portanto, nem na extrema direita, nem na extrema esquerda do espectro político moderno, nós vamos encontrar mais mulheres do que homens, talvez um pouco mais na extrema esquerda, mas ainda sem ser predominante.

Percebam que em relação a extremismos emocionalmente motivados, mulheres e homens femininos serão menos alérgicos, especialmente quando são convencidos que os seus sentimentos nada mais expressam do que a verdade dos fatos, ou que, fatos e sentimentos são os mesmos, enquanto que, como eu já falei, os sentimentos se consistem em reações aos fatos. Analisamos, sentimos, e desenvolvemos uma síntese como resposta.