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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

QI e ''múltiplas'' inteligências... qual [sub] inteligência que se correlaciona mais com as pontuações em testes de QI*

Na minha opinião, retida a partir de minha lógica intuitiva/ achismo lógico, o nível de correlação das pontuações em testes cognitivos, especialmente em ''QI performance'' ou ''geral'', em relação às ''múltiplas'' inteligências, se hierarquizaria da seguinte maneira:

Inteligência matemática/quantitativa (a grande maioria daqueles que são acima da média em habilidades matemáticas, também pontuarão 'igualmente'' acima da média em testes de QI performance) ~0,80

Inteligência verbal (a maioria daqueles que são acima da média em habilidades verbais, também pontuarão igualmente acima da média em testes de QI performance) ~0,70

Inteligência espacial (a maioria daqueles que são acima da média em habilidades espaciais, também pontuarão igualmente acima da média em testes de QI performance) ~0,70

Inteligência musical, interpessoal, intrapessoal (proporção presumivelmente diversa, mas sem ser predominante, daqueles que são acima da média nessas [sub] inteligências, que também pontuarão acima em testes de QI performance) ~0,40

e

Inteligência sinestésica (proporção presumivelmente diversa, e possivelmente, sem chances de ser predominante, daqueles que são acima da média nessa [sub] inteligência, que também pontuarão acima da média em testes de QI performance) ~0,20

Explicação:

O QI mensura/delimita as partes cognitivas de nossas capacidades intelectuais. Escusado será dizer que aqueles que estão melhores nessa parte se sairão melhor em testes cognitivos. 

A razão para eu ter colocado a inteligência matemática à frente da verbal como a que mais se correlaciona, com maior precisão, em relação às pontuações de testes cognitivos, isto é, ''é inteligente em matemática, logo terá grandes chances de pontuar alto nos testes cognitivos/ QI performance'', se dá porque apesar do papel quase basal da inteligência verbal, inclusive para a própria matemática, a mesma me parece que é mais comum e portanto com maior diversidade de perfis cognitivos. Outra razão é que, se pode ser verbalmente inteligente e no entanto apresentar déficits tanto em matemática quanto nas capacidades espaciais, enquanto que quem é muito inteligente em matemática, inevitavelmente precisará ser no mínimo acima da média em verbal, e de fato isso parece acontecer. Super inteligentes em capacidades matemáticas, necessariamente não terão capacidades verbais elevadas, em média, a ponto de poderem trabalhar mesmo nas áreas mais exigentes que tendem a necessitar dessas capacidades, mas para que possam compreender problemas matemáticos, existe a necessidade de se ter ao menos inteligência verbal acima da média. Em compensação, como eu já comentei [sempre repetitivo], não existe a restrita necessidade de se ser muito inteligente em matemática para que se possa ser muito inteligente no domínio verbal. 

Outro argumento a favor da validação factual do meu ranking de correlações entre as ''múltiplas'' inteligências e QI [performance], é que a inteligência matemática [assim como também a inteligência espacial, só que mais avançada], consiste-se claramente em uma evolução mais recente da inteligência humana, ainda que a inteligência verbal mais avançada, também, obviamente, se consista em um avanço evolutivo. No entanto, a matemática e em especial a matemática de nível basal que está presente nas grandes civilizações, já se consiste em um grande avanço, neste sentido mais evolutivo, apesar de não concordar que, portanto, a matemática seja suprema em comparação às outras capacidades humanas. Verão que não apenas discordo deste ponto de vista que é muito comum entre os tipos mais inteligentes, especialmente os que estão mais inteligentes neste campo, ;), mas também que, na verdade, a hierarquia da inteligência humana, a meu ver, posicionaria a matemática, não no centro, mas como um dos satélites do famoso ''g'', que principiaria pela tão desprezada ''inteligência intrapessoal'', fortemente atrelada à racionalidade e à sabedoria, pelo simples fato de que é hierarquicamente primordial saber muito bem de si mesmo, de suas próprias forças e fraquezas (incluindo aí as sub-inteligências cognitivas como a matemática), antes de se enfatizar nas demais perspectivas de nossos intelectos. Ou seja, o nível de autoconhecimento contribui decisivamente para definir o quão qualitativamente inteligente estaremos.

Eu coloquei a inteligência verbal à frente da espacial como a que mais se correlaciona com os testes cognitivos, justamente por causa do seu papel basal, só que menos ''evoluído' do que a matemática. A matemática depende da verbal, na maioria das vezes. O mesmo acontece com a espacial. No entanto os problemas de geometria costumam ser mais visuais do que verbais, e portanto presume-se então que a inteligência espacial esteja menos dependente da verbal. Aliás, a matemática pode ser considerada como uma diversificação justamente daquilo que a inteligência verbal também é, isto é, uma diversificação dos símbolos por associação, letras/palavras e números, que temos inventado, e enquanto que a capacidade verbal talvez possa ser compreendida como uma espécie de ''matemática por descrição qualitativa'', em que se pode associar, descrever, comparar, julgar como melhor/maior ou pior/menor (ou o oposto, no caso depende do contexto) a matemática também pode ser descrita como ''verbalização quantitativa''. No verbal, dizemos se uma pessoa é mais inteligente, mediana ou menos inteligente [dependendo para quê]. Na matemática, comparamos as suas pontuações em testes de QI, ou o tamanho dos seus crânios. Valores qualitativos representados por adjetivos são substituídos por valores quantitativos representados por números. Substituímos um tipo de simbologia por associação descritiva [palavras/letras] por outro [número]. Se está menos dependente da inteligência verbal então a inteligência espacial também será menos correlacionado com os testes de QI performance ou geral, a priore, que exigem ao menos que se tenha uma inteligência verbal acima da média para que se possa pontuar alto, de maneira generalizada, nos testes. 

Dos valores correlativos que coloquei, apenas o da inteligência verbal que é o mais factual, de fato, que não se consiste apenas em um chute pedante, e em relação à populações sem tilts (neste caso excluindo grupos como os judeus asquenazes), a inteligência verbal será fortemente correlacionada com a inteligência [cognitiva] geral ou ''QI performance''. Interessante que, provavelmente por causa do déficit em capacidade visual-espacial o nível de correlação entre inteligência verbal e performance/geral entre os judeus asquenazes, pelo que já vi, tende a ser em torno de 0,30. O peso da inteligência espacial então parece ser alto o suficiente para reduzir este coeficiente correlativo, ou humilde e sinceramente falando, eu não entendo patavinas deste assunto. Ou então ''30% dos judeus'' apenas, que pontuarão alto nos dois, verbal e performance/geral, enquanto que 70/80% dos ''gentios'' que pontuam alto em verbal também pontuarão ''igualmente' alto na ''inteligência geral''.

Saímos da parte predominantemente cognitiva da inteligência humana e partimos para o mundo onde que a capacidade psicológica também é levada em conta, aliás, minto, em todos os tipos, perspectivas ou lados de nossas inteligências, a parte psicológica também é muito importante. No entanto, partindo deste cenário em que o QI é: muito relevante, forçosamente central, então sim, é possível fazer essa afirmativa sem concluir que são bobagens faladas ao vento. Lembremos que no mundo real, a inteligência é integrada, e as respostas quase sempre assim serão. Menos no mundo sem contexto dos testes cognitivos, em que a inteligência será mensurada sem toda a sua integridade (as suas partes cognitivas atomizadas entre si) e em atuação direta com o mundo real. Isso significa que, você pode pontuar alto em testes verbais, ao fazer corretamente as associações verbais, ''aculturais'', isto é, entre as palavras, que estão presentes nos testes de QI, além de outros subtestes. No entanto, ''verdadeiras pontuações'' só se dão em cenários reais, em que as palavras tem significados e propostas reais, corretas ou não, isto é, com contextos. No mundo encantado da psicometria ''on the right'', todos os ''altos QI's'' serão geniozinhos e todas as suas falhas serão perdoáveis, como eu já falei muitas vezes aqui, sobre o primo rico e o primo pobre. No entanto no mundo real, atitudes idealmente corretas ou uma predominância delas, principalmente em relação àquilo que entendemos como ''racionalidade'', parece que encontrar-se-ão francamente distribuídas pela curva de sino de maneira que, ''ter'' um alto QI, especialmente se for performance/geral, não é sinônimo de supremacia intelectual, como se ''eles'', os de maior QI, fossem insuperavelmente inteligentes, em tudo, em relação aos outros ''reles mortais'', e as 'múltiplas' inteligências estão aí para desbaratar esta hierarquia unilateral e injusta/incorreta.

Das 3 [sub) inteligências que eu coloquei praticamente no mesmo nível de correlação, eu aposto que a inteligência intrapessoal será a mais correlativa com a inteligência cognitiva geral, mas sinceramente eu não tenho qualquer prova contundente quanto à essa minha afirmativa. Acho inclusive que essas três inteligências, intrapessoal, interpessoal e musical, serão aquelas com a maior proporção de perfis irregulares ou assimétricos. Por exemplo eu acho que a inteligência intrapessoal precisa de uma inteligência verbal acima da média, para que possa ser melhor efetuada ou praticada, mas o mais importante será tanto uma capacidade de auto-consciência a ponto de compreender os próprios [reais] preconceitos cognitivos, maior perfeccionismo, consciência estética, compreensão factual, enfim, uma série de traços psico-cognitivos, e não ''apenas' cognitivos, de maneira que eu posso estar equivocado quanto a este meu [outro e isolado] palpite. No mais pela lógica, quem entende o significado das palavras, lhe nutre grande curiosidade, devoção e respeito, será menos propenso a cair na tentação de agir estupidamente, por longo prazo e subconsciente sobre as consequências das próprias atitudes, porque afinal de contas nós operamos justamente com base em o quão proficientes estamos para entender e aplicar as palavras que aprendemos e como já falei aqui em outros trechos, a inteligência verbal é basal, crucial para a inteligência humana, de qualquer maneira. Por causa de uma maior intimidade da inteligência intrapessoal com a capacidade mais pura de pensamento, a importância de se ter um bom vocabulário e excelente compreensão do mesmo, torna a capacidade verbal muito importante para o auto-conhecimento, se se consiste puramente em habilidades auto-analíticas. Outros fatores podem ser importantes para a inteligência intrapessoal, por exemplo, níveis acima da média de neuroticismo, a capacidade de ver os ''dois'' lados de uma mesma ''moeda'', ou de se pensar em mais de uma perspectiva, e neste caso já estaremos adentrando no domínio da criatividade. 

A inteligência interpessoal já é um termo bem complexo, talvez... Presume-se que, o reconhecimento de padrões factualmente corretos consista-se na pedra filosofal da inteligência. O que diferencia é o tipo de padrão. Quem é mais inteligente em verbal, será melhor, diversamente falando, para reconhecer padrões... verbais. E assim por diante. Então aquele que é mais interpessoalmente inteligente, pelo que parece, se dividiria em tipos, eu mesmo poderia dizer, bem distintos entre si, a priore. O primeiro seria uma espécie de complemento básico da inteligência intrapessoal, isto é, é bom para conhecer-se, então tenderá a ser ''igualmente' bom para conhecer os outros* Se os padrões universais de operacionalidade ou comportamento tendem a ser os mesmos entre você e eu** Portanto, o que já falei [ uma frase corriqueira aqui], este se consistiria no ''inteligente interpessoal teórico'', sem ter um adjetivo melhor do que ''teórico'' para que possa elucidar esta parte. Isto é, ele sabe, reconhece os padrões de comportamento, temperamento, personalidade, dos outros, claro, acima da média neste quesito, MAS, na hora de agir o seu nível de eficiência pode não ser logicamente correspondente e por que*

Porque ele pode conhecer melhor as outras pessoas, que elas mesmas poderiam fazer por si mesmas, e elas tendem a partir desses auto-resumos interagirem com as outras pessoas, enquanto que o interpessoalmente inteligente, de natureza teórica, ''o complemento da inteligência intrapessoal'', partiria de uma base progressivamente ideal/correta de comportamento, e no mundo social humano, em sua grande maioria, você não precisa de muito pra ser socialmente bem sucedido, a priore, basta espelhar ''empaticamente' aquilo que os outros gostariam de ouvir, concordar com eles, os elogiar, rir de suas piadas [mesmo as sem graça ou as de mal gosto], dizer que tem os mesmos gostos, enfim, os emule, e aposto que não terá muitos problemas, ao menos a nível superficial. No entanto, quem é [mais] intrapessoalmente inteligente, dificilmente conseguirá se adequar a este mundo, até mesmo por ser um mundo anti-ideal, isto é, que é o seu quase-oposto. Neste sentido, eu acho que esse tipo de interpessoalmente inteligente, que também é intrapessoalmente inteligente, tenderá a se assemelhar muito, a ponto de ter níveis de correlação com ''inteligência cognitiva geral'' praticamente idêntica com a ''inteligência intrapessoal'', por razões auto-evidentes. Já aquele de maior inteligência interpessoal prática, que não precisa ser, necessariamente falando, teoricamente mais inteligente neste quesito, muitas vezes assim o será por causa de sua sorte de ter nascido no lugar certo, na hora certa, como a pessoa certa, ''ideal'' para este ou aquele ambiente social. E acho que este tipo parece representar muito bem o tipo que é o mais ''adaptativo'' ou conformativo ao ambiente em que vive, emulando com grande semelhança os tipos mais ''adaptativos'' das outras formas de vida, em um cenário que é ambientalmente dependente para o critério de ''inteligência''. Difícil definir como que poderíamos definir os tipos mais interpessoalmente inteligentes, no sentido prático, pois existem muitas maneiras de se sê-lo. Mas geralmente, numerosa lista de ''amigos'' e ''simpatizantes'', e capacidade de estabelecer relações superficialmente proveitosas com as outras pessoas são bons indícios. Extroversão, tendências mais simpáticas do que empáticas também são importantes. 

Ou podemos continuar com esta minha proposta de definir os tipos de interpessoalmente inteligentes, isto é, bifurcando o tipo, evidentemente em dois, ou também podemos apenas considerar, como critério inicial, a capacidade de reconhecimento de padrões interpessoais, que eu defini como o tipo ''teoricamente inteligente'', independente do nível de sucesso prático, pois o que importaria aqui seria o quão esperto é para conhecer os padrões pessoais alheios, leia-se, inter-ligar, ligar os pontos [dos outros], praticamente o conceito mais literal da inteligência.

A inteligência musical parece relacionar-se de maneira irregular com pontuações em testes de QI, nomeadamente o performance ou ''geral'', e sinceramente eu não entendo muito bem o porquê dessa maior diversidade nas pontuações e portanto menor correlação. Creio eu que o mesmo tende a acontecer com a criatividade, especialmente a de natureza mais artística, pois seria como uma espécie de ''síndrome de savant'', amalgamada e adaptada ou acoplada a uma realidade menos extrema, isto é, em indivíduos invariavelmente ''normais'' ou ao menos, que estão menos ''ilha de gênio/oceano circundante de deficiência geral'', como os típicos portadores desta síndrome. O criativo, mas especialmente o que defini, há muito tempo, como o ''tipo savant'', seria alguém com habilidades savant isoladas (extrema facilidade para aprender algo e com grande potencial ou talento, praticamente latentes) só que sem deficiência intelectual generalizada, que o caracterizaria como portador da síndrome de savant.  

Por último a inteligência sinestésica que por razões sub-lógicas, seria a que menos se correlaciona com maiores pontuações de QI, de qualquer tipo, mas especialmente o QI performance. 

Pra ser médico você precisa ser muito cognitivamente inteligente (QI... e geralmente o QI geral ou performance). O mesmo não é preciso pra ser ou se tornar um grande esportista. 

Novamente, a inteligência que se encontra mais próxima, mais vinculada ao próprio ser, seria evidentemente a intrapessoal, e a meu ver, seria portanto a mais importante, a partir desta perspectiva, centralizada ou principiada pelo ser, tendo-o como o epicentro, e que de fato o é, em relação ao seu próprio comportamento. Se todos fossem mais intrapessoalmente inteligentes, dificilmente seriam de alguma maneira de centralmente estúpidos, e no entanto o contrário é o mais provável de ser, isto é, é de extrema ocorrência pecar no próprio autoconhecimento e partir com este auto-resumo mal feito, tendo como resultado manifestações inequívocas de estupidez, desde o cantor de meia tigela que se convenceu que é um gênio da música, quanto do pseudo-intelectual que pensa que está provido de uma mente super racional.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Suposta ou possível baixa herdabilidade da homossexualidade em gêmeos idênticos...outro argumento

Será que a homossexualidade é ''um traço'' ou variação que é menos comum de se manifestar em gêmeos idênticos? Por isso a baixa herdabilidade?

Gêmeos idênticos representam com fidedignidade a população humana em geral e portanto podem ser usados como parâmetros universais*

A evolução da inteligência humana, generalizadamente falando, está intimamente relacionada com a expansão cultural da criatividade....

... Por que aqueles que chamamos de [mais] inteligentes são na verdade aqueles que estão mais propensos a apreender os conhecimentos que tem sido desenvolvidos por outros seres humanos. Novamente aquilo que tenho falado, os [mais] criativos inventam/criam ou descobrem novas fronteiras do conhecimento humano, e os outros internalizam para que então possam sustentar as sociedades em que estão. Só que esses velhos conhecimentos nada mais são do que fósseis de ideias geniais. Por exemplo, a invenção da roda. Quando a roda foi inventada, com certeza que foi uma invenção genial pra sua época. Hoje em dia convenciona-se a denominá-la como uma simples invenção, exatamente porque já não é uma novidade útil ou criatividade, mas já foi. Rodas, linguagem, vocabulário, o sistema numérico, o aparecimento de novas palavras, a sofisticação de conceitos já existentes, invenção de automóveis mais modernos como carros, metrôs, novos sistemas ideológicos, culturais ou artísticos, tudo isso que hoje em dia a maioria identifica como ''não-criativo'', na verdade já foi criativo, já foi genial, original e útil. E portanto todos nós precisamos estar mais ou menos aptos para aprender a usar as invenções criativas que alguns poucos seres humanos criaram, criam e criarão. Justamente por isso que as invenções criativas, de maneira geralmente torta, serve como meio para a evolução humana, para a inteligência, ainda que o seu excesso tenda a ter efeitos disgênicos, relaxando exageradamente a pressão seletiva do ambiente. No mais é isso, a expansão cultural da criatividade humana, a meu ver, tem tido um papel fundamental para pressionar os [demais] seres humanos a entendê-la ou não, resultando em pressões seletivas reais. 

A totalidade dos seres humanos são para mais ou para menos de internalizadores de invenções culturais dos [mais] criativos, para os seu próprio bem ou nem tanto, mas são. Neste sentido ou perspectiva podemos concluir que os seres humanos estão incondicionalmente subordinados/ pressionados ao/ pelo poder criativo de uma minoria, este que tem funcionado tal como elementos ''naturais' para o ''sucesso biológico'' e também para o aumento da inteligência, porque com a expansão das fronteiras do conhecimento, e a contínua necessidade de reciprocidade entre o nível cultural e a população, inevitavelmente haverá a necessidade da segunda de se ''adaptar'' ou acompanhá-lo em termos ''qualitativos' esta evolução, do contrário, haverá uma progressiva incompatibilidade entre o nível e a capacidade da população de sustentá-lo.

domingo, 29 de janeiro de 2017

Se a perspectiva existencial pudesse ser percebida por meio de uma sala de aula..

Alunos comportados e cognitivamente inteligentes a frente, bem perto da autoridade. Alunos menos comportados e geralmente providos com traços de personalidade anti-social, sádicos indiscriminadamente ''bem humorados'' no fundão. Medianos no miolo ou geralmente em qualquer lugar, bem distribuídos e geralmente mais perto dos seus epicentros de identificação mais próximo, por exemplo, um ''mediano'' só que mais para introspectivo, perto deste tipo. Os mais introspectivos e observadores/ sensíveis, geralmente nos cantos, excelentes lugares para se observar todo mundo assim como também tendo a parede como protetora. 

Aplicando os meus sociotipos, também podemos ter: trabalhadores [sociotipo] de alto funcionamento na frente, ''paparicando'' e prestando atenção a tudo aquilo que o professor/autoridade está dizendo e ensinando [ ou tentando ensinar ]. Trabalhadores de médio funcionamento, geralmente de medianos, no miolo da sala e/ou em qualquer lugar. Manipuladores geralmente no fundo, ainda que estes tendam a ser mais raros, e os manipuladores mesclados com o sociotipo do trabalhador, tendam a ser mais comuns. Observadores no canto das salas. 

Outra perspectiva: conformistas/convergentes na frente e no miolo. 
Contraventores/divergentes no fundo. Transcendentes nos cantos. 

A sua personalidade e interação com o seu meio social portanto pode ser previamente determinada mediante o lugar que você prefere ficar dentro de uma sala de aula tipicamente organizada.


Salas de aula podem representar nossas perspectivas existenciais em ambientes sociais mais amplos**

sábado, 28 de janeiro de 2017

Sabe no conceito mas na hora de transferir pra prática, não sabe tão bem...

Você é racional??

Muitos se não a grande maioria dos especialistas em inteligência e adjacências acreditam que tem total ou seguro domínio conceitual e prático dos termos que usam e que estudam. Acreditam por exemplo que sejam mais versados no entendimento factual, no reconhecimento e prática do termo racionalidade, do que aqueles que estão menos relacionados com este tipo de escrutínio ou trabalho. Pode ser verdade que tendam a saber mais sobre os conceitos dos assuntos que se utilizam do que por exemplo em relação às "pessoas comuns", em média. No entanto para entender sobre esses assuntos creio eu, há de se ter ou de se providenciar um autoconhecimento constante e preciso, porque tendemos, quer queiramos ou não, a nos projetar sobre os elementos que estudamos ou analisamos produzindo assim aquilo que chamo de empatia cognitiva parcial. Nos colocamos em suas perspectivas mas não tentamos adentrar em seus interiores, como se os fôssemos que resultaria em empatia cognitiva total.

Para desenvolver um conhecimento prático sobre algo há de se ter ou de se providenciar grande integridade ou honestidade intelectual, limitando-se, a priore, a se interessar apenas e exclusivamente ao entendimento direto pelo elemento de escrutínio e especialmente quando estivermos falando sobre conhecimentos dentro da área de ciências humanas em que os efeitos dos preconceitos cognitivos são muito maiores do que em relação às ciências "impessoais".

Muitos experts em inteligência e "consequentemente" em racionalidade usualmente sobrepõe os seus próprios preconceitos cognitivos sob as áreas em que deveriam estar zelando pela integridade intelectual. Sem um olhar idealmente neutro e qualitativo ao objeto de escrutínio, a prática do seu conceito se fará com base fraca e possivelmente problemática porque preconcepções personalizadas se sobreporão e poluirão este olhar direto/honesto do ser em direção ao seu elemento de curiosidade.

Tal como saber o conceito da palavra amor mas sem saber aplica-lo corretamente apregoando-lhe valores subjetivos, ainda que não estejam de todo errado, se somos reflexos da realidade, mas somos reflexos incompletos e portanto refletimos apenas parte desta verdade, deste todo e como lógica subsequente há de se completar este quadro e não apenas com nós mesmos ou com o lado da perspectiva que naturalmente tendemos a expressar. Por exemplo, aquele que é mais emocional e empático, tende a expressar ou a refletir parte da verdade/ da realidade factual, ao tender a simetrizar os contrastes de valor entre os seres humanos/vivos em geral, que tendem a ser insensíveis aos sentimentos alheios. Ao fazê-lo, terminará, consciente ou não, buscando por pontos de similaridades, completamente assim partes da realidade/verdade, tanto objetiva/concreta quanto subjetiva/abstrata, que se enfatiza nas semelhanças e não nas diferenças de valor entre os elementos. Então, o empático busca por detalhes que possam equilibrar as diferenças individuais, sabendo ou não, refletindo apenas uma perspectiva factual da realidade, a realidade das semelhanças. 


''Ele é feio, eu sou bonito''

O empático é muito provável que argumentará:

''Mas somos todos seres humanos''

E algumas (ou muitas) vezes ele retrucará de maneira imprudente:

''Mas ele é mais esperto que você''

Esta segunda frase, ainda que se consista em uma ênfase nas diferenças de valor/descrição, o empático o fará com a crucial missão de minimizá-las e terá como resultado justamente a revelação de uma perspectiva factual, a realidade das semelhanças ou do equilíbrio.

Portanto estamos cheios de conhecedores conceituais, especialmente nas ciências humanas, que são quase analfabetos ou fracos no conhecimento prático, na aplicação do conceito. E por que*

Porque não há lugar mais fértil para o conflito entre a razão e preconceitos cognitivos do que as ciências humanas. 

O que todo mundo deveria ao menos tentar fazer...

Buscar descrever as coisas de maneira factualmente correta e aplicar quase que exatamente aquilo que descreveu, e por causa do tal ''preconceito cognitivo'' ou também ''deficiência de integridade/honestidade intelectual'', essa transferência uber-lógica, auto-evidente, e até fácil de se fazer, simplesmente não acontece e então passamos a ter esta sofrível situação, que parece ser tão corriqueira entre os seres humanos.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

"Altruísmo patológico": Uma prova potencialmente irrefutável quanto a ignomínia de se santificar "os' norte europeus por sua própria estupidez


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Devem ser os olhos azuis...

98% dos fetos que dão positivo para a síndrome de Down no belo e encantado reino da Dinamarca estão sendo sumariamente abortados. Sim, deve ser o "altruísmo patológico", esses "nórdicos" são tão bonzinhos que estão abortando em massa pobres princípios de vida que nasceram de fato mais especiais que esta abominação chamada "humanidade normal". Os ingênuos norte europeus também estão toscamente convidando Cabul e vizinhança para passarem uma temporada de um século em suas cidades perfeitamente sem graça, que a arquitetura italiana e francesa não nos deixem mentir. 

Minha regra de ouro é

Especialmente no que diz respeito à moralidade objetiva, existe a necessidade primordial de coerência integral entre pensamentos e comportamentos para que se possa construir uma teia honestamente homogênea de princípios sólidos. Este é um exemplo de corrosão escandalosa desta integridade.

Aqui temos dois tipos de atitudes que simplesmente não fazem sentido, que são dissimilares, diga-se, muito antônimas pois se eu sou bom, a priore, eu não vou abortar o meu filho ou a minha filha porque vai nascer com síndrome de Down, e junte-se a este simples ato de empatia primordial, o conhecimento basal e objetivo sobre o assunto, por exemplo, que a síndrome de Down não é necessariamente uma doença e ainda o reforçaremos com uma boa dose de inteligência para assegurar a boa ação do dia ou seria melhor, ação proporcionalmente coesa. 


Se eu sou bom ainda que menos instintivamente alerta eu vou ser receptivo a refugiados de guerra, porque afinal de contas, em uma situação vulnerável, eu também gostaria de ser ajudado por outras pessoas, de receber a ajuda de mãos ''amigas'. Só que esta homogeneidade hiper lógica de ações não parece estar acontecendo na Escandinávia [e não apenas por lá] a partir do momento em que temos eugenia descarada e do pior tipo possível, como no caso do aborto em massa de fetos com síndrome de Down + boas intenções estéreis de uma análise moral profunda e do tipo que dá passaporte direto ao inferno, quando bondade e estupidez se confraternizam e causam a multiplicação de problemas.

Se eu fosse depender dos meus amiguxinhos hbd's, alt right e/ou red-pilhados, eu provavelmente teria até este momento, internalizado que os chorosos olhos azuis nórdicos eram nada mais nada menos que bons demais a ponto de serem patologicamente altruístas. Por que?? 


Porque são tolos o suficiente para crerem (uma proporção alta deles pelo que parece) que: não existem raças humanas, que os comportamentos humanos são infinitamente maleáveis, e que portanto todo mundo pode ir viver em seus países frios com casas de madeira. No entanto se temos 98% de casais dinamarqueses e quem sabe, suecos, noruegueses, islandeses e dos nórdicos apenas por posição geográfica, os finlandeses, abortando os seus fetos quando dão positivo pra síndrome de Down, então por agora a teoria do altruísmo patológico como uma naturalidade generalizada e altamente herdável de comportamento entre os norte europeus, como se fossem todos ou a grande maioria de santinhos ingênuos ,que são bons demais pros seus próprios juízos, não está colando mais. 

Existem muitas maneiras de se "mensurar" a qualidade do comportamento e mais especificamente a bondade. Eis alguns parâmetros:

- É tão bom que abdica do consumo de "carne" em prol do bem estar dos animais não humanos que foram domesticados e que tem sido usados para fins macabramente culinários [ à moda humana ];

A maioria dos nórdicos se tornaram veganos ou vegetarianos??

As estatísticas nos dizem que não.

- É tão bom que não se importa que o seu país se abra pra imigração alógena?!

Neste caso temos uma infame mescla de inteligência comportamental com uma falta de detalhes e/ou de conhecimentos em especial quando se refere à imagem maior deste assunto para muitos que é inalcançavelmente complexo ou obtuso. Ainda que estupido, também revela graus de generosidade. Neste caso a maioria ou uma importante fração dos nórdicos atualmente são favoráveis em relação a esse escândalo. Supostamente é sinal de bondade mas também pode ser sinal de outras coisas, por exemplo, sinalização hipócrita de virtude ou de nobreza de comportamento, ingenuidade, estupidez e conformidade. Eu acho que neste e em outros casos nós vamos ter uma mistura desses elementos, um pouquinho de cada, para mais ou para menos, dependendo de cada indivíduo e sub-grupo a que pertence. Pela lógica generalista de bondade patológica os nórdicos deveriam, em média desproporcional, serem tão, mas tão bondosos, que jamais pensariam em abortar os seus futuros filhos, recém formados, apenas porque nascerão com a síndrome de Down. Só que...

Só que para cada 10 casais dinamarqueses que descobrem que os seus futuros filhos nascerão com Down caso a gravidez não seja interrompida, 9 preferem ou são [ parece que, facilmente] convencidos a abortarem, e o fazem.

Deve ser a famosa e desgostosa "bondade" esquerdista, em que aborto por qualquer razão é permitido mas o mesmo rigor em relação a criminosos em especial os mais perigosos é completamente atenuado. Com esta "base" como que poderia dar certo??

No mais há se pontuar alguns fatores importantes. Primeiro. 


Qual é o percentual de casais dinamarqueses ou de qualquer outra nacionalidade, de preferência escandinava, que tem mais chances de ter uma criança com síndrome de Down? 

Com certeza que não é a maioria deles. Será que aqueles que estão mais propensos a ter filhos com síndrome de Down tendem a ter o coração mais duro do que aqueles que são menos propensos??

 Será que aqueles que mais advogam contra esta eugenia analfabeta de mercado são menos propensos a digamos "correrem este risco" de ter um filho com Down??

 Claro que a maioria dos ativistas em favor da conscientização e respeito pelos portadores tendem a ser pais ou parentes de pessoas 'com" Down. 

Será que a maioria dos casais dinamarqueses e não apenas a minoria daqueles que estão mais propensos, também abortariam em massa se descobrissem "a tempo" que o seu bebê tem Down?? 

Talvez esta seja a pergunta mais importante.

 Partindo do pressuposto que via de regra progressista é de "bom tom" e ... "humanista" ser favorável ao aborto, por qualquer razão, então eu realmente não duvido que os "patologicamente altruístas" escandinavos, possivelmente em média desproporcional, fossem em massa, favoráveis a este tipo de vilania cruel. Quão confiável é a ala "alt right" para nos manter factualmente informados? Será que estamos sendo dragados por seus interesses genéticos [ethnic genetic interests] ao purificarem os seus primos ''mais puros' como ''altruístas patológicos''?

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Vamos a um re-exemplo (talvez) para explicar a tendência à fobia social daquele que é muito autoconsciente....

Você é bom em matemática* Vamos supor que sim. Você ficaria nervoso se tivesse que conviver com pessoas que são ruins em matemática* Muito provável que sim, né* 

Então vamos imaginar exatamente este cenário em que você é muito bom em matemática mas a grande maioria das pessoas que te rodeiam não são e você precisa trabalhar com elas..... com matemática. A todo momento você percebe: erros crassos por parte dessas pessoas; auto-convencimentos equivocados quanto ao nível de habilidade, quando se pensa que é melhor em certa atividade, mas não é; tomadas estúpidas de atitudes que tem impactos grandes no meio social e econômico... enfim, a todo momento você percebe aquilo que os outros estão fazendo de errado, muitas vezes tenta consertar mas percebe que é um grão de areia, digamos, diferente, e que ''os outros'' são uma maré sempre dominante, demograficamente triunfante. O que provavelmente aconteceria contigo*

O mais provável é que, independente do seu tipo de personalidade ''ou' mesmo de nível de resiliência psicológica, você acabaria desenvolvendo uma espécie de ''personalidade defensiva'' ou ''plano B'' para sobreviver em um ambiente que está aquém de seu conforto existencial. É possível que parasse de se relacionar com os outros/ ou com a maioria, se tornasse mais antropofóbico, especialmente se tivesse sido realocado pra este cenário subjetivamente/pessoalmente distópico, porque perceberia como infrutífero, infértil e/ou desnecessário continuar tentando ter o controle de um mundo [consertá-lo] que desde a muito lhe escapou das mãos e como não consegue se adaptar a ele então prefere se refugiar em si mesmo.  

Agora substitua a palavra matemática por: autoconhecimento. Esta é a labuta diária de muitos se não da grande maioria daqueles que são prodigiosos naquilo que eu estou pensando que se consiste no verdadeiro fator g da inteligência, o nível de autoconhecimento. 

A fobia social de tipos como o meu é mais intrínseca, isto é, uma ação psico-cognitiva espontânea/primária, ou será que é mais uma conjugação de fatores intrínsecos e extrínsecos/ reação secundária*

Novamente volto à ideia de que, sim, o ambiente importa, sim, o ambiente pode influenciar em como que expressamos e sentimos nossas personalidades, e em ambientes sub-ótimos, como o que descrevi, tenderemos a nos tornar mais defensivos, do que em ambientes em que o nível de compreensão constante ou de longo prazo, de diálogo, enfim, de espelhamento/empatia/cumplicidade for muito maior. Se o grau de encaixe entre a sua pessoa e o ambiente em que está, de preferência o social, for baixo, então ao invés de expressar o ótimo de sua personalidade, caminhará para pisar em ovos e ao longo do tempo se for mais autoconsciente buscará evitar fazê-lo, isto é, se repetir em seus erros de conduta contextual, seja por meio de tentativas forçadas de re-adaptação ou auto-ostracismo. Não estou com isso advogando que a personalidade humana seja totalmente maleável, mas que existe um limite de maleabilidade, parece óbvio que tem, e em ambientes ''ameaçadores' nos tornaremos mais: neuróticos, psicoticistas, e mesmo, mais propensos a comportamentos ''anti-sociais' ou hiper-egoístas, ainda que, todos nós nasçamos com uma base comportamental instintiva herdada ou ''herdada' (via ambiente pré-natal) ou epicentro de tendências comportamentais, sendo que alguns estarão mais deslocados para comportamentos (''serra pilheira comportamental'') anti-sociais, que podem se manifestar desde a tenra idade, outros estarão mais deslocados para o epicentro de comportamentos ''pró-sociais', e mesmo para tendências neuróticas, e todas essas tendências basais, em como que tendemos a nos comportar, de modo primordial, eu tenho denominado de ''ação primária'', se sabemos que a ação tende a se dar primeiro à reação, que se consiste exatamente em uma resposta à primeira.

 Herdamos tendências de comportamento ou de ações primárias e ao sermos constantemente expostos aos ambientes de interação, vamos reagindo aos mesmos, e nossas bases de operacionalidade comportamental ou ações primárias tenderão a determinar nossos ritmos reativos, ainda que como eu disse, a qualidade de encaixe, de adaptabilidade, entre nós e o ambiente em que estamos, influencie de sobremaneira seja para uma conjugação mais positiva, que promove nosso bem estar pessoal, mediana, ou mais negativa, que promove maior estresse. 

Metáfora dos ingredientes, da receita e de suas possíveis manipulações para explicar a inteligência

Ingredientes: Verbal, espacial, numérico, memória...
 
Receitas: Tipo de inteligência potencial


Manipulações desta receita, em interação com a realidade/ saboreando-a: Inteligência de fato 

Qi mensura os ingredientes da receita inteligência, só que separados, atomizados entre si.

Inteligência cognitiva desintegrada: Qi 


Inteligência psico-cognitiva integrada/contextualizada ao mundo real: inteligência

Todos os conceitos ou descrições de fatos/realidades são objetivos e todas as subjetividades partem desses conceitos concretos/ de realidades físicas (invariavelmente permanentes / compartimentadas = rochas por exemplo, ou que estão estruturadas de maneira mais descompartimentada: por exemplo, o comportamento [sentir aversão, amor, ódio]), exatamente como vibrações que são descritas, encapsuladas dentro desses conceitos abstratos/oriundos de epicentros reais/físicos

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Idealidade, o olhar justo da qualidade absoluta

Quando nos vemos fora de nossas perspectivas subjetivas, de nossos corpos e passamos a comparar os elementos pelo que eles são e não pelo que achamos como eles são ou como deveriam ser.

Basicamente a moralidade objetiva e subjetiva em que no caso da primeira de fato passamos a ver a realidade [moral] tal como ela é enquanto que na segunda, como regra de ouro do comportamento na natureza, a realidade é distorcidamente centralizada pela perspectiva do ser/ egoísmo. 


Ao tomarmos conhecimento de como que [parte d]a realidade realmente funciona podemos com isso prever e nos antever à essa dinâmica interativa. É pela percepção ideal/absolutamente correta sobre as ''coisas'' que podemos a partir disso entendê-las a ponto de estarmos aptos de as modificarmos, leia-se, criatividade, especialmente se for responsável, ;)  

A diferença entre: não entender o estado da mente alheia (se isso existir mesmo) ... e de .... entender e não ligar ou se sobrepor a isso, no meu caso


Eu já pensei que fosse autista mas mudei de opinião. Hoje eu sei que tenho, digamos assim, ''traços autistas'' e também do ''outro lado'' do espectro, a partir desta perspectiva duo-confrontativa, isto é, de ''traços psicóticos''. Obsessão por interesses específicos é um exemplo de ''traço autista'' que eu tenho. Tendências paranoicas é outro exemplo, só que de ''traço psicótico'' que eu tenho. No entanto eu sei que consigo entender o estado das mentes alheias. Eu consigo mentalizar [entender a mente alheia, os seus padrões de funcionamento e intenções], não sei em qual nível exatamente, acho que acima da média, muito provável [ ou não ].

No entanto na hora de responder, que se daria de modo empaticamente apropriado, antes eu ''consulto' a minha própria mente, que é muito idealista, isto é, comportamentalmente idealista, e esta informação choca-se geralmente com um paredão em construção de concepções ideais que tenho compilado e/ou produzido, todas elas fortemente atreladas à sabedoria. Portanto em uma interação interpessoal normal as pessoas reforçam aquilo que os outros estão dizendo e tendem inclusive a construir/serem criativos em cima desta relação empática ou reflexiva, de espelhamento. Se alguém diz que é bonito, mesmo não sendo, uma pessoa muito empática irá subconsciente ou nem tanto, mentir, concordando com esta declaração. 

Em compensação eu ficarei bastante comedido pra dar a minha opinião, por que** Por acaso foi porque eu não me coloquei no lugar da outra pessoa*

Todo mundo sabe que ouvir elogios ou reforçar auto-elogios é infinitamente melhor do que ouvir insultos ou mesmo, a verdade. Claro que a verdade, verdade mesmo, e sobre um indivíduo, é muito mais do que dizer que ele é bonito, se ele for, ou que ele é feio, se ele for. Neste caso, ao dizermos que ele não é bonito, não estaremos ainda dizendo toda a verdade que reside nele, pois talvez, apesar da feiura, ele pode ser inteligente, simpático, criativo, ter um pênis de elefante, enfim. A verdade de um ser está em cada detalhe seu, comparativa e universalmente falando, boa, média ou não, isto é, ruim, ;) . 

Eu acredito que é mais empático ser sincero com as pessoas, mas não desaforado, lhes dizendo a verdade, porque é muito mais eficiente do que a mentira, e no final, a verdade é tudo aquilo que temos ou que deveríamos mais ter e mais buscar. 

É claro que eu ''me coloquei no lugar do outro'', mas eu não pensei como ele, apenas me posicionei em seu lugar, e pensando com a minha mente eu esperaria sinceridade das outras pessoas, porque se elas estiverem sendo sinceras e de fato concordarem que eu sou bonito, então eu saberei de fato que eu sou bonito, ao menos pra elas, e não estarei sendo enganado.

Muitas pessoas, talvez por não terem a capacidade intrínseca de compreender muito bem a macro-realidade, elas inclusas, tendam a aceitar ou mesmo a preferir por ''mentiras brancas'', pode ser, porque elas não as entendem deste jeito, como mentira** Aí encontra-se muito claro a existência de um déficit em auto-conhecimento. Quando de fato nos conhecemos ou passamos a nos conhecer muito bem, passamos também, por lógica, ao menos isso acontece comigo, de preferir pela verdade factual sobre nós mesmos, do que por mentiras brancas condensadas, pois assim podemos comparar os nossos próprios auto--conhecimentos com aquilo que os outros sabem ou acreditam que sabem sobre nós. 

Portanto, eu entendo ou sou bom/a muito bom na leitura das outras mentes, talvez perto de um nível psicótico e portanto potencialmente problemático. No entanto, como eu acredito que a verdade [não enganar o outro] é mais correta e produtiva do que a mentira então eu tendo a sempre preferi-la. Eu pratico a empatia parcial, colocando-me no lugar, na perspectiva do outro, mas sem tentar pensar como ele, especialmente nesses casos, e chego à conclusão pessoal de sempre, que é melhor ouvir a verdade que tem para me dizer do que mentiras pra me iludir, até mesmo porque é com a honestidade e a sinceridade que de fato poderemos construir amizades verdadeiras, isto é, que se baseiam na verdade, amigos que estão sempre contando um com o outro, que sempre confessam a verdade mais pura de seus sentimentos e impressões ao outro, que lhe é semelhante em alma. 

Eu usei um exemplo muito bom, faz um tempo atrás em outro texto de assunto similar, sobre autismo. O caso em que os autistas tendem a não prestar atenção naquilo que os outros estão dizendo a eles, como se estivessem alheios ao assunto da conversa ou das conversas. Isso parece verídico, mas por que* E isso é sinal de falta de empatia*

Isso acontece porque quando os autistas e adjacentes parecidos estão obcecados por seus interesses ou paixões específicas, tendem a dar pouca atenção aos outros assuntos e muitas vezes veem-se forçados a interagir com outras pessoas, que, bem, os forçam a conversar ou a tentar conversar sobre aquilo que eles não querem. Aí neste caso temos de pensar quem é que está sendo mais ou menos empático. É o ''autista'' que não presta atenção ao assunto da conversa, que não lhe interessa, ou também a pessoa que o está forçando a tentar fazê-lo* 

Eu nunca entendi como que empírica ou literalmente demonstrado poderia ser a tal da ''leitura da mente'' e vejo, talvez sim talvez não, um grande viés por parte dos pesquisadores neurotípicos em relação à suposta falha, generalizada e significativa, de empatia, por parte dos autistas, e mais, pasmem, uma igual falha de ''leitura da mente'' por parte dos próprios pesquisadores para entender como que funciona os padrões de funcionamento da mente autista, novamente, talvez...

Ao menos no meu caso, que pode ser extrapolado pra outros indivíduos, a minha sinceridade e especialmente, honestidade, que estão acima da média [a segunda que é claramente um sinal de empatia prática], tendem a se chocarem com a minha capacidade empática isto é de espelhamento, sim, eu me coloco no lugar do outro, mesmo e talvez muitas vezes em sua própria pele/mente, mas tendo, até de maneira instintiva, a preferir em dizer a verdade, e por que*

Como eu disse acima, porque pra mim, iludir uma pessoa é uma demonstração real de tudo aquilo que a empatia não é, especialmente se forem casos mais leves, como no caso da aparência, porque nos mais graves, por exemplo na tentativa de atenuação do sofrimento de outra pessoa que está muito doente, injetando-lhe pensamentos positivos potencialmente irrealistas, mentiras brancas são de fato funcionais e altamente recomendadas.

Não é possível que o universo de um indivíduo não tenha qualquer característica ''positiva' que possa compensar outra que é menos vantajosa e que foi colocada em evidência por alguma circunstância interpessoal... 

Portanto eu sobreponho a minha idealidade dentro das interações interpessoais e tento com isso condensá-la da melhor maneira possível, e na maioria das vezes não haverá uma resposta classicamente empática, de espelhamento, de esperar ouvir pelo outro aquilo que eu mesmo gostaria de ouvir, ''literalmente'', de se colocar na pele do outro, porque eu me coloco em seu lugar e concluo idealmente que não gostaria de ser enganado ou iludido. E talvez se todos tivessem a mesma clareza de mente assim também o desejassem. 

Pode ser que se abra um parênteses em relação a essas ideias de ''leitura de mente'' e ''empatia'', ainda que não totalmente equivocadas, especialmente no caso autista, porque vê-se por agora, impressão pessoal, uma falta de detalhismo, de se chegar perto dos objetos de observação e análise, de ver como que esses mecanismos se dão, de fato, sem vieses subjetivos. Já sabemos que existem muitos autistas que ao contrário do estereótipo atual são o oposto em capacidade empática embotada. Se levarmos em consideração a capacidade de fabricar mentiras brancas e de aceitá-las como ''empatia'', então talvez ao invés do viés neurotípico, em que os autistas estão, em média desproporcional, falhos para entender a suposta racionalidade presente nas interações sociais humanas típicas, nós vamos ter o exato oposto, em que as mesmas serão colocadas no centro deste escrutínio e se na verdade, apesar das tendências extremas inegáveis dos autistas, que os caracterizam, também existem desordens intrínsecas ao tecido social humano, em relação à sua dinâmica, como eu já devo ter falado várias vezes aqui.

A possível originalidade deste texto é a de olhar ou de tentar produzir um olhar mais gradual, olhando etapa por etapa, deste processo chamado de ''empatia'' ou de ''leitura da mente'', a fim de investigar se de fato, ao menos o verborrágico que vos escreve, definitivamente não entende o funcionamento das mentes típicas (apesar de não ser autista), ou se outro mecanismo acontece, e apostei exatamente nesta segunda hipótese. Minha mente lê emoções, intenções e comportamento não-verbal, e acho que a maioria das mentes autistas também são capazes de fazê-lo, de maneira mais sofrível, talvez, mas podem. O diferencial talvez seja que por se tornarem muito absortos por seus interesses específicos, de momento, os autistas tendam a prestar menor atenção ao mundo ao seu redor, claro, dependendo dos interesses, neste caso que tendem a ser de natureza impessoal. Os autistas [e adjacentes como eu] apesar de muito dependentes dos seus pais e parentes, pelo menos por razões intrínsecas [não sabem lidar com a vida cotidiana, multi-tarefada, se tendem a ter mentes super-especializadas ou que se super-especializam de maneira natural] e circunstanciais [ o mercado de trabalho não está adaptado para encontrá-los, selecioná-los e explorar os seus talentos ou potenciais, por isso acabam sob a aba dos pais por mais tempo], parece que estão mais independentes em termos intelectuais, talvez por serem menos desligados dessas redes de comunicação interpessoal humanas, de ''empatia'' ou espelhamento, se eles se refletem menos aos outros, se são menos interessados pelo social, então irão buscar menos por eles, e no entanto, somos extremamente sociais, em média ou tipicamente falando, e portanto ao fazê-lo, ao acatarem aos seus próprios padrões de funcionamento os autistas e adjacentes não-autistas acabarão abraçando, muitas vezes à revelia ou subconsciência, a solidão ou a rejeição social generalizada, se apesar de serem mais fechados e interessados em si mesmos e naquilo que as suas mentes lhes pedem para se interessar, eles também ''são gente'' e também querem criar laços de amizades, muitos se não a maioria deles sente falta das relações humanas, claro, sabiamente a conta gotas. 

Como eu já havia falado antes, mentes muito objetivas tendem a pecar em demasia em ambientes sociais humanos, talhados para sustentarem as subjetividades ou confusões excessivas das mentes que são menos objetivas ou diretas. Se a verdade é sempre o olhar honesto e portanto direto pra realidade, como um espelho da mesma, enquanto que a mentira já seria uma distorção desta relação franca e direta de espelhamento empático... só que pela verdade factual. 

E lembrando que ''independência intelectual'' sem compreensão factual ou bússola pode e muitas vezes resulta na internalização mais personalizada só que da mesma heterogeneidade de fatos e de factoides, que tendem a caracterizar as mentes mais comuns ou típicas.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Preconceito cognitivo e memória

Mais forte ou saliente for o preconceito cognitivo, subjetivamente falando, ou, relacionado ao indivíduo, maior será o nível qualitativo de memória ou memorização. Em outras palavras, aquilo que mais gostamos, sabemos mais, memorizamos melhor, claro que independente se está factualmente correto ou não, mesmo em suas bases.

O preconceito cognitivo que também pode ser entendido como ''instinto psico-cognitivo'', ou pré-conceito não-verbal/sensorial.

Proporcionalidade, racionalidade e o verdadeiro aprendizado




Fonte:http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2008/02/projecao-mercator1-450x381.jpg


Existem dois tipos de comportamento racional:

Proporcionalidade psicológica / mentalista ou comportamental

Cognitivo / mecanicista ou intelectual.

Para entender algo que você precisa "reconhecer muitos, a maioria ou todas as suas peças e como eles são integrados uns aos outros para compor a sua realidade de forma proporcionalmente correta" para evitar distorções.

Reconhecer a proporcionalidade correta/ideal das ''coisas'' é basicamente no que se consistem os verdadeiros aprendizado e conhecimento.

Nem mais, nem meio mais... apenas a apreensão e o conhecimento sobre a proporcionalidade ideal ou correta de tudo aquilo que nossas mentes estão capturando, novamente, a expansão do reconhecimento da verdade imediata, literal, física, e baseado no alcance perceptivo humano invulgarmente mais holístico do que das outras formas de vida terrestre, em direção à verdade abstrata ou subjetiva. Pra nós é fácil reconhecer sensorialmente a existência de uma pedra e no entanto vai se tornando cada vez mais difícil de reconhecermos sensorialmente, especialmente aquilo que é mais abstrato, que se consiste em uma construção artificial de algo que não é fisicamente imediato. E claro que os verdadeiros aprendizado e conhecimento jamais estarão divorciados dos fatos e portanto a compreensão factual é extremamente importante para que a realidade [particular] 'lá fora'' (ou no caso da introspecção, os nossos fatos) possa ser capturada e refletida a partir de nós, tal como um espelho, de fato, o pensamento reflexivo não é tão ruim assim como eu já falei em outro texto e esqueci de mencionar este parênteses, que além de não ser tão ruim assim, na verdade o oposto, baseado nessa perspectiva, é o mais provável de ser, porque se consiste basicamente na manifestação de nossa capacidade de memorização e/ou reflectância daquilo que internalizamos.  


segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Capitalixo







Transforma,
Vandaliza,
Escraviza,
As formas, a vida,
Cativa,
E lixo vira,
Suja o manto da terra,
Paga o frescor da água,
Vírus, micróbios, venera,
Suja o mundo, é sua ganância, sua alma
Tudo vende e pra quê?
Quer mais dinheiro, quer mais pra si,
Sem ser fraterno, vira tudo produto,
Vira tudo um cassino, um culto,
Tudo vai morrer, tudo vai embora,
Tudo passa,
E o produto que brilha, que cheira mal,
Quinquilharias, é o homem mau,
Sua doença, vira lucro,
Sua loucura, torna-se o ar,
Seus olhos, grandes, moribundos
Que quer tudo vigiar,
Tê-lo seu, quer comprar, 
Torna sonhos em propaganda,
Torna o amor em uma bela conta,
Torna o profundo, frívolo, "impossível",
Torna o mundo o seu absurdo,
Seu lucro crível,
Todos, tolhe à força,
Quer forçar-nos à sua coisa, 
Quer tragar-nos, sugar-nos,
A verdade é que somos escravos,
O capitalismo,
Transforma a vida em lixo,
Todo produto, todo niilismo,
Toda verdade, vira lucro,
Fatos com cifrões,
Tolos e seus presuntos, seus bacons,
Cativa,
Com as suas luzes,
Com brutalidade,
Cativo cativante,
Ávido trabalhador,
Ingênuo e bruto,
Eis o perdedor,
Somos todos,
A humanidade se perdeu, 
Materializou-se, em suas abstrações tolas 
Virou lixo até em sonhos, canções...

Pensamento REFLEXIVO. Eu sempre achei que isso fosse bom mas tive um "insight intuitivo" (quase todo insight é intuitivo diga-se) via precisão semântica. Refletir não é tão bom assim viu?

Resultado de imagem para reflexo

Fonte: Questões de fisioterapia comentada wordpress

Vamos imaginar que vc está dando uma palestra e depois de sua apresentação todos o aplaudem e o felicitam por suas palavras e pensamentos. Então vc se dirige para o seu carro e numa espreita involuntária flagra algumas pessoas que assistiram a sua palestra repetindo os seus pensamentos e palavras mais importantes. Você concebe como normal  mas depois volta a presenciar um outro grupo de pessoas que também assistiram a sua palestra com o mesmo comportamento, repetindo exatamente as mesmas palavras e pensamentos-chave que disse. E o que era normal, passou a coincidência e no fim quando continua a se deparar com a mesma situação conclui que algo errado está acontecendo porque as pessoas que foram a sua palestra estão como zumbis. Elas parecem reflexos de tudo aquilo que disse em sua palestra, elas apenas refletem as suas palavras e os seus pensamentos mais importantes, tal como espelhos. 

Elas refletem, como reflexos. 
Elas criticam? 
Elas analisam?

 Não. 

Elas apenas refletem de maneira indiscriminada, repetitiva, e pode-se dizer ainda, de maneira mecanicamente perfeita. Refletir é repetir só que em imagens. Quando o verbo refletir é conjugado com o substantivo pensamento, a ideia, até então, pra mim e pra maioria das outras pessoas, era boa, sinal de racionalidade, de autoconsciência. No entanto ao aplicar a precisão semântica o termo ao menos pra mim adquiriu outra faceta, consistentemente menos correta, ainda interessante. 

As pessoas não refletem os seus pensamentos no sentido de os criticarem, de os analisarem, mas apenas de os refletirem como se fossem espelhos. Talvez pudéssemos pensar no adjetivo reflexivo no sentido de reativo, que reage, que apresenta reflexos. No entanto como o termo também quer indicar reflexão, no sentido de espelhamento, de repetição, de reflexo de espelho ou de qualquer outra figura ou elemento que se projeta em outra realidade física, que se reflete, o mesmo me parece por agora bastante dúbio ainda mais quando ouvimos da maioria das pessoas que é importante refletir sobre a vida, sobre os nossos pensamentos.

 Eu tenho percebido que duas palavras se repetem com frequência na classe artística ao menos do Brasil: Espaço e reflexão. Eles tendem a falar muito sobre "ocupar espaços para difundir a cultura ou a arte" assim como também sobre "convites à reflexão". Sabemos que esta galerinha em média parece do tipo que adora um "papo cabeça" desde que prontamente "esquerdizado" e bastante superficial em que a beleza da narrativa é mais importante do que a qualidade factual da mesma. Como resultado é comum que se repitam com esses trejeitos, apesar de não lhes ser uma particularidade, afinal todo grupo acaba por criar um vocabulário próprio de identificação. No entanto, recentemente, chamou-me a atenção ao vê-los pela TV local "convidando o público à reflexão" e talvez a partir de agora, faz algum sentido repetirem este bordão em específico e sem se parecem superficiais em suas palavras como quase sempre o fazem afinal, de fato eles desejam que o seu público reflitam as suas ideias ou propostas E NADA MAIS.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Minha "teoria" ( "ou" "hipótese", precisão semântica me ajude!!) sobre a distribuição assimétrica ou particular dos hormônios sexuais nomeadamente o "arrasa-quarteirão" testosterona no comportamento... Para cada traço comportamental tem-se uma distribuição de intensidade ou potencial de reação hormonal

Eu sou homem, macho, pra algumas "coisas" ou comportamentos, sou mediano para outras e "feminino" para terceiras. O testosterona segundo a minha "teoria" (ou hipótese ou chute bem intencionado) assim como também os outros hormônios se distribuiria de maneira particularizada.

 Isto é, ao invés do generalizado "homens com alto, com médio e baixo testosterona'', ainda que estes também existam e que essas médias também sejam úteis e elucidativas nós não podemos nos esquecer do espectro entre os extremos ou os tipos consideravelmente homogêneos assim como também a intra- diversidade ou irregularidade interna na distribuição desse e dos outros hormônios e que contribuem para compor nossas personalidades. Alguns ou mesmo muitos homens, possivelmente, apresentariam uma distribuição mais "irregular' dos hormônios sexuais nomeadamente o testosterona. Tal como acontece com personalidade, inteligência ou peso, temos de sair do conforto de analisar tudo de longe e portanto de generalizar e de nos perguntar se de perto não ficará mais preciso e portanto correto de se entender. 

Eu fiz um exame de nível de testosterona e deu que eu tenho valores ligeiramente abaixo da média em termos de testosterona total e baixo em termos de testosterona livre 
total: 346,20 ng/dl (175 a 781) livre: 8,737 ng/dl (17-40 anos: 3,4-24,6 ng/dl). Esses valores parecem se encaixar muito com meu perfil psico-cognitivo. 

Por exemplo altos níveis de testosterona estão associados a maiores habilidades espaciais 'e'' menores habilidades verbais e concomitantemente o inverso também é verdadeiro. Eu tenho maiores habilidades verbais e menores habilidades espaciais.
caput!

 Ansiedade e depressão são mais comuns em mulheres do que em homens e como resultado também em homens com baixo testosterona (muitos que são homossexuais). 

Eu sou melancólico ou proto-depressivo e sou socialmente ansioso. Tudo se encaixa até aí. 

Eu sou homossexual e parece que valores muito altos e baixos especialmente no testosterona livre tendem a estarem associados à 
esta variação da sexualidade.  

Eu sou preguiçoso, mais introvertido, criativo, muito em termos artísticos e neurótico, especialmente em relação à realidade que me cerca, ao invés do típico neurótico, que tende a ser muito auto-crítico ao ponto da auto-imolação/baixa auto-estima. Eu gosto de escrever poesias, me emociona fácil, de maneira parcialmente invariável, eu sou dos poucos homens que se preocupam com o bem estar animal de maneira mais profunda, ainda que existam muitos deles por aí, pelo que parece é regra que para essas questões mais empáticas as mulheres predominem, e eu vejo isso com frequência em redes sociais, nessas comunidades de ''defensores dos 'animais de rua' ''.


Também sou muito mais racional, seletivamente empático, diplomático e mais cooperativo do que competitivo, ainda que também possa ser o oposto principalmente no último e parece relacionar-se mais em relação à questões morais, novamente a minha empatia. Tudo parece convergir para a associação testosterona (especialmente o livre) baixo e comportamentos relacionados ou que são menos caracteristicamente masculinos: maior competitividade, frieza emocional ou menor capacidade de sentir empatia.

No entanto, bem diferente das mulheres, em média, assim como também dos homens mais afeminados, eu sou muito objetivo, lógico, até mesmo ao ponto de ser racional (generalização da lógica não apenas à pendengas impessoais), honesto, do tipo que não compreende o valor da mentira mesmo muitos tipos de mentiras brancas, que as mulheres tendem a ser mais talentosas do que os homens para dizer. 


Sou irritadiço, tenho resquícios de dominância e talvez se tivesse maiores níveis de testosterona livre eu fosse mais dominante em relação aos outros. Eu sou "rebelde", resultado de minha razão perceptivamente generalizada e  hiper-sexualizado. Portanto eu tenho muitos traços que se relacionam mais com o extremo do espectro associativo entre o hormônio masculino e o comportamento do que com o seu oposto, pelo que parece.

Eu tenho ou eu pareço ser uma mistura heterogênea, se não for redundante demais, de traços ou potencial de reatividade comportamental "masculinos" e "femininos". 

Eu nutro grande empatia pelos animais não-humanos especialmente os domesticados, os mais frágeis e disponíveis à predação humana.


 Ao mesmo tempo eu sou fortemente inclinado, objetivamente inclinado para fatos e realidade, nada mais masculino do que a objetividade seca e na maioria das vezes rude que a maioria das mulheres rejeitam naturalmente se suas maiores habilidades sociais e empáticas as fazem equalizar quase tudo em prol do bem estar geral.  Eu sou os dois. Algo raro ou nem tanto, se a maioria das pessoas sempre acabam caindo dentro de um espectro homogêneo de tendências comportamentais reativas estilizadas por suas posições sociais, culturais, políticas e morais.

Já aconteceu duas vezes de me disserem que eu pareço com o filho de fulano de tal, em temperamento, nomeadamente, um militar aposentado e um engenheiro, ambos de meu conhecimento pessoal. No entanto eu sou homossexual não-exclusivo e tenho uma série de características psico-cognitivas que balançam muito mais para o outro lado do espectro de comportamentos característicos dos ''gêneros'. Por exemplo, eu não gosto e nunca gostei de futebol, e no entanto me tornei assíduo na ginástica artística, esporte que apesar de atrair muitos heterossexuais, parece ter um apelo estético específico também para a ala mais homossexual. 

Percebam portanto que eu estou, de maneira original ou não, analisando ou tentando analisar cada traço comportamental, analisando o seu nível de intensidade e comparando-o com as tendências de comportamento feminino e masculino. Tal como o peso pode ou não se distribuir homogeneamente pelo corpo, eu acredito que o mesmo possa ser dito sobre o grau de intensidade hormonal, e neste caso, do testosterona.

Eu percebo em mim um estilo psico-cognitivo mais ''autista'' (hiper-masculino*), mais direto, mais objetivo, um estilo cognitivo mais ''feminino'': maior verbal, menor espacial, e um estilo psicológico misto. 

No final tudo é auto projeção... Por isso que o autoconhecimento, especialmente sobre os próprios limites é tão importante

Nossos comportamentos desde a sua raiz, em pensamentos, baseiam -se no desejo ou anseio de se conformar/de nos conformarmos ao ambiente produzindo assim uma desejável porém geralmente não-idealista comunhão entre nós ou os organismos que somos [ a vida ou o cenário em movimento, nômade] e o cenário fixo, "maior", o ambiente em que estamos. 

Tal como a folha que sai ao vento em busca ansiosa por qualquer meio de se grudar ao solo ou aos galhos dançantes buscamos a todo momento nos fixarmos rente aos "ambientes" em que estamos pois este consiste-se na primeira auto-ilusão de controle, de determos poder sobre o ambiente, sobre a existência, a ideia de nos sentirmos firmes enquanto que somos quer queiramos ou não levados pela força do tempo e do espaço em seus movimentos constantes e imparáveis. Logo desejamos impregnar-nos de nós mesmos via registro progressivo e consistentemente subjetivo ( central ao sujeito, neste caso, a nós ) de nossos pontos de vista, nada mais nada menos do que intra-informações ou padrões de nós mesmos, alegorizados ou enriquecidos com informações extra-percebidas ou produzidas,  se a expressão sempre deriva de sua forma, se a memória tem sempre um ponto central de origem. Isto é, um processo progressivo de auto-atomização, de dar sentido à própria vida mas de modo inteiramente personalizado. Nossas gravidades atraem tudo aquilo que queremos ter em nossas superfícies, como ''ornamentos existenciais'', de dar sentido a um mundo cada vez mais pobre de ''sentido sem-sentido'' ou ''instinto'', e cada vez mais auto-construtivo e ao mesmo tempo sem-referência ou diretrizes anteriores que nos faça praticá-las sem maiores críticas quanto ao porquê. 

Portanto evitar a auto projeção é uma tarefa quase impossível se necessitamos da mesma para sobreviver nesta existência e a este nível de percepção.

Nada mais recomendado o verdadeiro e portanto prático autoconhecimento para que se possa aceitar a inevitabilidade da auto projeção mas sem o narciso da introspecção desprovida de  extrospecção ou a proto-psicose da extrospecção sem qualquer conhecimento basal anterior mesmo que rascunhado sobre si mesmo.

Precisamos de um referencial anterior, de uma base para ''nos basear'', para principiar e nada mais recomendado que por nós mesmos, por nossas próprias formas, em outras palavras, precisamos de um chão antes de andar, mas também precisamos compreender que este chão, que esta base não representa o resto da realidade ou mesmo que a realidade não tem como ponto de princípio os nossos chãos, a nós mesmos. Pode-se dizer basicamente que precisamos da individualidade, de preferência aquela que não interfere no redor, que em níveis muito expansivos já se transtornará em individualismo, mas também precisamos saber que o mundo não gira em torno de nós, e apesar desta expressão batida, popular, a maioria das pessoas pensam e agem justamente assim, de maneira consideravelmente subjetiva, partindo de si mesmas e se alienando do mundo ao redor.

Existem muitas razões excepcionalmente racionais para o autoconhecimento, que eu já falei aqui: reconhecer de maneira precisa as próprias forças, medianidades e fraquezas, ter maior autocontrole e também o reconhecimento rápido e neutralização da ''interferência' do ego, do instinto, que inevitavelmente resultará na auto-projeção, que não tem apenas como ponto de partida uma análise possivelmente neutral ou extrospecção limpa de preconceitos cognitivos mal alocados, mas também da condensação harmônica dos mesmos sob a realidade, em especial quando estivermos lidando com fatos morais.

Auto-projetar-se é inevitável, evitar o excesso de subjetivização da realidade é possível e recomendável. 

Aprende-se melhor os conhecimentos extrospectivos ou impessoais com a neutralização dos preconceitos cognitivos quase sempre mal aplicados, basicamente quando aplicamos generalizadamente nossas bases em tudo E sem qualquer ''peso na consciência''. 

Aprende-se melhor sobre si mesmo ou conhecimentos introspectivos/pessoais com a apreensão progressivamente precisa e constante sobre os próprios padrões de funcionamento/comportamento. 

Esta transferência ou auto-projeção de nós mesmos em direção ao ambiente, faz-se-á perfeita ou ao menos a um nível confiável de idealidade quando passamos a vigiar os nossos erros, desde a raiz da ação, no pensamento. 

Chover no molhado dizer novamente que se todos passassem a agir deste jeito haveria uma redução dramática e querida no acúmulo de problemas não-resolvidos. 

A expressão sempre deriva da forma, de seu ponto de origem ou epicentro de vibração e o ser humano é o primeiro que pode ver uma luz no fim deste túnel, em que existe a possibilidade do verdadeiro livre arbítrio, calcado na idealidade basal da sabedoria, que pode averiguar a expressão antes que ela se expresse, que pode estudar os melhores meios de se fazê-la perfeita ou harmonizável e em um mundo humano, perceptivo, hipotética a possivelmente expandido, a necessidade do perfeccionismo sábio, via lógica intuitiva, parece tão inevitável quanto à necessidade da vida de se auto-projetar.