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quinta-feira, 20 de julho de 2017

O mecanismo da empatia [interpessoal] pretensamente desvendado: reconhecimento de padrões (complementares ou de similaridade) + julgamento desses padrões/reação emocional ou consciência estética

E como que a compreensão factual é efetuada após esse mecanismo.

Eu já havia comentado que a emoção parece que se consiste num método de julgamento dos padrões que capturamos. Já devo ter esboçado alguns rabiscos sobre esse assunto mas resolvi re-fazê-lo e com um complemento que deveria ter feito antes. 


Primeiro vem a percepção cognitiva. Depois vem a sensação afetiva ou julgamento emocional/moral. Por fim temos o julgamento final, que eu gosto de denominar de intelectual, que é uma junção do cognitivo com o afetivo ou psicológico. 

A moeda de troca nesse mecanismo da percepção é [sempre] a empatia e quanto mais similar/familiar ou harmoniosamente complementar (valor subjetivo, a priore) forem os padrões capturados maior será a empatia afetiva positiva ou benigna. O oposto disso e os padrões serão mais negativamente avaliados [ainda assim atribuído à empatia, ou empatia maligna].

 Por exemplo, você é um homem heterossexual típico, está no centro da cidade onde mora e uma linda mulher passa logo à/a sua frente. A reação esperada de sua parte é a de ficar animado (excitado) e positivamente emocionado porque o seu sistema corpo/mente viu um conjunto de padrões que julgou harmonioso/complementar a você.

Você também poderia ter se deparado com um cara cabeludo, branco e com o livro do Dostoiévski na mão e, como nesse exemplo hipotético, você também é cabeludo, branco e gosta desse escritor russo, então foi como se um espelho tivesse passado logo a/à sua frente. Nesse caso você percebeu padrões de similaridade e julgou positivamente porque você gosta de si mesmo e gosta de pessoas que se pareçam com você, que tenham gostos parecidos. 

A compreensão factual [imediata] acontece, primariamente, quando você reconhece padrões [empatia cognitiva primária], segundo, quando você os julga de maneira correta por meio da emoção, e terceiro quando constrói uma tese que apenas espelha ou reflita uma realidade concreta/do espectro da verdade objetiva ou abstrata/ do espectro da verdade 'subjetiva'' [compreensão factual].

A ideia de "genes-espelho" da empatia [[interpessoal apenas]]] já é popular desde algum tempo.


No mais achei interessante fazer essa introdução combinatória com alguns dos meus neo-termos e explicações que tem sido usados para falar sobre o mecanismo do pensamento. E como eu disse, pensamento e empatia** parecem ser indissociáveis.

** [projeção sensorial do ser em relação ao seu exterior/reconhecer padrões é empatia, é o de ''projetar-se'' (modo de dizer) no lugar das entidades, humanas/vitais ou não, reconhecendo as suas características e especulando sobre as suas expressões ou comportamento, por exemplo, ao reconhecer o tamanho e constituição de uma pedra, de deduzir se ela pode ser pesada ou leve, cortante ou não, etc ... e principiando é claro pelas mais primordiais, por exemplo, o ar que se respira, processo de reconhecimento que já fazemos de maneira acelerada ou constante, natural...]

Não-tão-leve impressão de que estou me repetindo, ...novamente. No mais o texto não ficou grande e talvez alguns nano-pseudo/proto-insights, se alguém conseguir encontrar algum deles aqui.

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