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domingo, 18 de junho de 2017

A grandiosidade do desconhecido, a pequenez do comum

O obscuro assusta, faz pensar, causa soluços, noites em claro, medo da morte, curiosidade, espanto, se o descobre, 
É grandioso, esperado, desejado ou odiável,
Causa emoções fortes, tal como uma Eurásia, um Goldstein à espreita,
Na intimidade, na luz que revelam as formas, na aculturação, de uma ideia, de uma arma, de uma tecnologia, de uma seita,
Torna comum, íntimo, banal, aqui do lado ... que é usado, comprado, jogado fora, 
Que é normalizado, desencantado, apequenado, tornado um ventinho sem graça, 
O furor da descoberta, as emoções inflamadas, o aperto no coração,
E o apequenamento, quando já é conhecido, quando não tem comoção ... não mais do que ler um manual, não mais que o desprezo, como fazem com gente velha, não mais que descartar, se na lata do lixo ou no esquecimento, não mais que o escárnio, se teve dias de glória, de fama, 
Não mais que o tempo corroendo tudo, matando tudo, mesmo o brilho mais forte, mesmo a tempestade mais intensa, tudo acaba com o tempo, tudo é exterminado por ele, e quando torna útil e comum, não mais que uma fase secunda, resistindo ao próprio desbotar, ao próprio enferrujamento, ao próprio tempo ... assoprando morte com o vento, em ouvidos, umbigos, poros de toda sorte,
De um sonho, a realidade,
Da idealização à banalidade, 

Do que torna íntimo, do que cai do pedestal, do que tem mais defeitos, escrutinados, 
Se tudo não passa de um jogo, para enganar o tempo, enquanto ele nos engana, que tem algum jeito, que algum dia terá, que algum dia, essa fuga acabará

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