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domingo, 19 de fevereiro de 2017

Desculpe meu caro professor mas o senhor ou a senhora não ensinam NADA, apenas se o aluno quiser aprender...

Ação e reação...

Ação: o professor passa a matéria no quadro e a explica aos alunos.

Reação: os alunos leem a matéria ou ouvem o professor e a/o entendem, ou não.

Ao invés de pensarem na ideia de ''transferência de conhecimento'' acho melhor começarem a olhar para a ideia de  ''empatia cognitiva contagiosa, do professor para o aluno'', de conseguir contagiar o aluno com a sua demonstração de paixão e ainda que ele lhe seja ''cognitivamente empático'' tendo o mesmo nível quantitativo [ou acima] e tipo similar de estilo [tipo de capacidade que influencia em nossos ''gostos cognitivos'']. Isso explica porque uma aluna que é mais talentoso na parte verbal será mais propensa a se dar melhor neste aspecto e em especial quando tem uma professora ou um professor igualmente inteligente e ainda que tenham simpatia mútua.

O princípio do aprendizado dá-se-ia por meio de um genuíno contágio benigno, ou não, uma espécie de auto-tatuagem de parte do conhecimento que foi apreendido e cravado ''na pele'', de uma nano-biografia cognitiva ou intelectual autorizada. Isto é, quando o aluno olha para o que está sendo passado no quadro ou 'explicado através do seu livro didático [e supérfluo] e sente empatia ou conexão com isso a ponto de internalizá-lo mesmo sem ter plena consciência de sua internalização. 

O aprendizado tem como bases reais a capacidade de diferenciar fatos e seus tipos, de factoides e seus tipos [compreensão factual], desde os mais difíceis de serem percebidos até aos mais evidentes, em que geralmente tenderão a ser confundidos com fatos mais por razões psicológicas [fraqueza psicológica] do que por razões puramente cognitivas [ diferentes tipos e níveis de capacidades cognitivas ou incompatibilidade entre o conhecimento/conjunto de padrões coerentes a incoerentes e o ser, especialmente o ser humano, o mais autoconsciente de todos os seres vivos terráqueos]. 

Até poderíamos dizer que a maioria dos casos de apofenia de natureza psicológica, isto é, que foi causada por alguma fraqueza psicológica, implícita ou mais explícita, são reações protetivas do organismo [humano] para evitar o confronto direto com a realidade ou basicamente o realismo, seja para evitar a depressão existencial [e a partir daí a grande maioria das religiões nascem, desta tendência e necessidade humanas de evitar o confronto direto com a realidade}, seja para justificar os próprios atos, quando a crença [não necessariamente religiosa] surge exatamente deste viés, e neste caso temos o exemplo do ''carnismo'' ou do hábito de comer ''carne'', MESMO quando se dão conta que o mesmo tem implicações morais e práticas (mega-indústria que escraviza milhões de seres vivos para servirem de prato para ''nós', etc). Em ambos os casos acontece um caso de fuga de um confronto direto com a realidade que não querem aceitar, mas por motivações distintas, porque no primeiro se dará como medida protetiva contra a depressão [existencial ou melancolia] e no segundo se dará como medida protetiva contra a autoconsciência do próprio egoísmo, se tendemos a nos pintar como seres muito mais maravilhosos e consistentemente corretos, do que realmente somos. 

Portanto sem empatia cognitiva, literalmente falando, sem similaridades de nível quantitativo e qualitativo, entre o cérebro do professor e o cérebro do aluno, não haverá ''transferência do conhecimento'' ou este se fará a conta-gotas. Não é o professor quem ensina, é o aluno que/m grava [parte d]aquilo que o professor lhe passou ou não. A posição do professor me parece bem mais passiva do que a maioria deles tendem a acreditar mas ainda me parece que são muito necessários, um pouco menos para os alunos mais inteligentes, especialmente quando desenvolvem métodos mais práticos para passar a matéria, em outras palavras, quando são mais criativos. No mais é isso, o professor age, lecionando, e o aluno reage, apreendendo [primeira etapa para o aprender], nem tanto ou um seco não.

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