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sábado, 27 de fevereiro de 2016

A noite é a verdade da escuridão




Lindo por do sol ou um arco íris, 
num casamento de espanhol,
Ou sol com chuva, 

a verdade dorme quando vivemos ou criamos rugas,
De dia, o sol nos ilumina com a sua ilusão,
À noite é fria mas verdadeira, suas estrelas nos enchem de certezas,
Diz a verdade da escuridão,
Certos que a claridade é particular,
O universo é uma massa escura a se espalhar,
A noite é a verdade de um eco sem fim, sem vida ou espelhos a bailar,
O sol nos brinda com este apego e nos faz crer em seu enredo, cores e formas,

 mas só podemos ver o universo na  noite sã,
Onde a verdade pode se encontrar.

O cheiro da chuva



Não é doce, não é salgado,
Não é perfumado, tem cheiro de mata,
De mata molhada, de pingos d'água, caindo afobados,
Tem cheiro de vida, tem cheiro que exala,
Uma explosão de alegrias, de poder cheira-la,
O cheiro vem pra mim, não sou eu que vou até ele,
Em meio ao céu bravo,
Sua pureza me encanta,
A chuva tem cheiro de vida,
De experimenta-la, tem cheiro de estrelas, de eternidade,
Tem cheiro de Deus, o amor a abraçar-me,
Meu-verso sem chagas, só de aprendizados

 e bençãos de mãos dadas.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Eu, robo.... um ''novo'' (ou não) desdobramento sobre qi e inteligencia, ou seria melhor, cognição e o ''fenótipo cultural-intelectual inteligente'', quando construímos um senso mais correto da realidade




Qi do lado esquerdo, inteligencia do lado direito** 

Por que os criadores de testes cognitivos se esforçam tanto para criar testes que sejam culturalmente neutros*** E quais que serão os resultados destes testes quando ou se forem aplicados ao mundo real**

A cognição é o esqueleto de nossa capacidade intelectual ou ''cognitivamente geral''. E como eu tenho dito aqui, os testes cognitivos são bons para mensurar o potencial desta perspectiva ou de parte da inteligencia humana, diga-se, uma parte fundamental mas não a ponto de ser totalmente cambiável (refletível) ao conceito corretamente abrangente, (complexamente) realista, absoluto da inteligencia  (por exemplo, qi = toda inteligencia).

Novamente, o qi se relaciona muito mais com a eficiencia especializada e ou generalizada para o trabalho do que com a inteligencia (por si mesma) do ser humano, porque é a capacidade ou a eficácia do trabalhador que está sendo avaliada. Desde a escola até o trabalho na vida ''adulta' (que não quer dizer necessariamente maturidade mental, mas cronológica), avalia-se a capacidade de trabalho. Na maioria das profissões, deseja-se atenção, obediencia e eficiencia. A criatividade (parte essencial da inteligencia humana) e a inconformidade são personas non gratas na maior parte dos ambientes de trabalho, até porque quando são muito impactantes, tenderão a ameaçar a ordem hierárquica de empresas, fábricas ou de qualquer outra sociedade laboral do tipo.

Como eu falei em outros textos, os testes cognitivos não avaliam a interação da personalidade com a cognição, que é fundamental para produzir o comportamento inteligente, a inteligencia humana ou do ser, especialmente o que busca pela supra-moralidade da sabedoria.


Tese (cognição ou personalidade), antítese (personalidade ou cognição) e síntese (espectro da sabedoria ao espectro da estupidez)


O que nos difere dos robos e máquinas em geral é que nós ''temos'' algo que muitos chamam de ''alma'', ''espírito'', as sínteses de nossas vidas expressam as nossas verdadeiras inteligencias.


E a sabedoria se consistirá no fenótipo perfeito da inteligencia comportamental enquanto que a genialidade se consistirá na realização sobre-natural ou atípica da inteligencia, que perpassa a si própria, produzindo realidades completamente novas, só que geralmente será direcionada para os aspectos mais cognitivos do que intelectuais ou reflexivos, especialmente os tipos de genios que forem mais cognitivos.

Nossas realizações são sempre fenotípicas ainda que acredite numa relação mais intrínseca ou genotípica para as virtuosidades, não restam dúvidas que ter ideias criativas ou realizar um excelente trabalho, são analogamente cambiáveis a outras atividades repetitivas e ou exponencialmente qualitativas como esculpir bíceps ou ganhar medalhas olímpicas.

Não somos robos e cognição não representa toda a inteligencia humana, mas apenas parte, diga-se, estruturalmente essencial dela. Apesar de sua grande relevancia, novamente, metade não é um inteiro, e toma-la como se representasse, refletisse a totalidade, se consiste num erro, diga-se, muito comum que o ser humano tem como hábito recorrente.

Temos de dar o peso certo aos testes cognitivos. Se os testes fossem totalmente fidedignos a inteligencia, em geral, eu não relutaria em aceitar a ''ideologia'' (ou dogmalogia) que tem prevalecido dentro da psicometria.

Muitos dos fetichistas de qi parecem se preocupar mais com os testes cognitivos do que com a própria inteligencia.... com a tarefa de dar-lhe um reflexo analítico perfeito em relação ao que é, em todas as suas expressões.

A criatividade cria novos ciclos de vivências, descobre novos meios de distrações, é o alimento consciente da existência humana




O fenômeno da mudança refletida, reflexiva, manipulada, 

Cria novos futuros que se tornarão cotidianos presentes,

Reinventa a realidade, mescla fantasia com pés molhados de chão,

Dá liberdade a humanidade,

rente a brutalidade da estrutura,
 espontanea em sua realidade dura,

São os profetas da matéria e do vento, os engenheiros do futuro, 
fazem novas ruas, novos bairros, novos lugares para serem pisados, novos conventos, novas perspectivas, reduzindo os espaços de incertezas, estes fins tomados pela escuridão, 

Faz de um assobio um sinal divino, 
faz do ar música,
convida os olhos a imaginação,

Desenha na fronteira do pensamento, do sentimento ou da letargia,
Expande a mente humana, num frenesi, numa vontade de querer mais,

A sede por ilusões e confortos, a crença que tudo vale apena, que deve valer,

Ser criativo é entreter, a si mesmo se possível,
E levar uma legião consigo, 
tocar a sua flauta,
e levar a juventude por seu mito,

Se esquentar com o seu fogo de viver, 
Por que sem o sentir, não saberá como ser, 

A criatividade é dar sentido ao nada, 
Ver cores onde só existem estrelas e um breu sublime,
Dar asas a quem só pode pular,
Dar esperanças a quem só pode lamentar,

Alimentar esta alma humana, sedenta de mimos,
quer cultura, ou se torna um capricho,

ou passa este fogo, ou queima sozinha,
a última, 

Sem a criatividade, não haveria humanidade,
nem a sua maior ilusão,
mas também não teria vontade de se encontrar neste vão...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Qi é correlativo com todas as perspectivas cognitivas ou tipos de inteligencia..... mas isso não invalida a ''teoria'' das múltiplas inteligencias....




Qi mensura superficialmente bem 

- cognição verbal
-cognição espacial
-cognição matemática
- memória
- tempo de reação

Em outras palavras, os testes cognitivos mensuram relativamente bem alguns dos aspectos mais importantes da inteligencia humana

Agora vamos a metáfora do texto. Imagine que voce está em casa sem fazer nada e resolve encher com água uma bola de assoprar ou bexiga. Então, voce pega esta bola e joga na parede do quintal de sua casa. Voce mira em uma região e joga a bola. A bola grande e cheia de água estoura com o impacto e encharca a parede do quintal de sua casa. Voce acertou em cheio a área em que mirou a bola, como esperado, e ainda reverberou forte nas áreas que circundam o epicentro de impacto.


Os testes cognitivos miram numa área relativamente ampla do intelecto humano e justamente por isso que tendem a reverberar enquanto ecos correlativos em relação a todas ou quase todas as outras áreas




O fator g psicométrico é relativamente abrangente e quanto mais distante do seu epicentro, menos correlativo será.

Por exemplo, a correlação ou sobreposição entre inteligencia verbal e qi verbal parece ser significativa. No entanto, em relação a inteligencia intrapessoal, por exemplo, que não é mensurada por testes cognitivos, é muito provável de ser bem menor.

Os músicos e os artistas em geral, que são mais talentosos, podem, em média, pontuar mais alto em testes cognitivos (correlação que pode ser consideravelmente não-linear),

Filósofos e sábios podem, em média, pontuar mais alto em testes cognitivos e nomeadamente em inteligencia verbal, 


Mas, como eu já falei algumas vezes,

quando se está num mesmo intervalo quantitativo (que por sua vez será relativamente plástico em sua abrangencia), a qualidade não apenas diferenciará os ''melhores'' dos ''piores'', mas por outro lado, também será um fator de subjetividade, isto é, quando o nível qualitativo for ao mesmo tempo muito próximo e de estilos distintos.

Por exemplo. Qual destes músicos é mais valoroso em sua arte**

 Harold Budd ou Milton Nascimento**

Estes dois genios da música se diferem consideravelmente em estilo, nacionalidade etc... mas ambos são ou foram espetaculares em suas respectivas maneiras de se expressarem. Este é um caso em que nós vamos ter realizações do mesmo nível qualitativo mas com estilos ou idiossincrasias bem diferenciados. Qual é o melhor**

A resposta é tão subjetiva que não será forçosamente necessário que um seja melhor que o outro se ambos são em seus modos de expressão artística muito agradáveis e únicos.

Um genio em inteligencia emocional será melhor ou pior que um genio em inteligencia intrapessoal**

....


Qi e dados sócio-economicos


Novamente a abrangencia correlativa relatada acima mais  a sorte de ter nascido perfeito para o sistema social unilateralmente meritocrático do qual está atrelado corroboram para a correlação entre qi e vários dados sócio-economicos como a classe social a que pertence, nível educacional, etc...

E é sempre bom repetir que correlação não é a expressão perfeita em relação a qualquer atributo que estiver sendo analisado. 


Se temos uma pessoa que exagera as suas forças cognitivas e despreza as suas fraquezas e outra que faz o oposto, e essas tendencias 

não podem ser plenamente ensinadas, 

não se desenvolverão naturalmente para o primeiro caso exemplificado,

então esta não é uma prévia demonstração quanto a existencia de tipos distintos de inteligencia** 

novamente, o fator g psicométrico e as múltiplas inteligencias não são concorrentes, ainda que muitos, se não a maioria, pense de maneira oposta...

o primeiro analisa parte superficial porém relativamente abrangente da cognição, o esqueleto humano, nossa máquina, sem os nossos sentimentos, emoções, personalidade ou senso de autoconsciencia, 

o outro, analisa as ramificações ou especificidades congenitas. 

O tronco é uma coisa, os galhos são outra coisa. ;)





O mecanismo biológico da homossexualidade: Ordem de nascimento mas também em relação a maioria se não todo os outros casos



'Incompletude''

Todos os fetos humanos são femininos ''ou'' sexualmente neutros até um certo período da gravidez quando ''alguns'' deles passam a sofrer a ação mais significativa dos hormônios "masculinos" tornando-se em homens. No entanto existe um provável espectro de funcionamento em que certas características femininas permanecerão dominantes no feto que se tornou fisiologicamente masculino, por exemplo, algumas características femininas do cérebro. Voi laa!! Está feita a diversidade sexual em comportamento...

É possível que tenhamos herdado logo depois de nossa concepção um manual de procedimento sobre como que nos desenvolveremos até o nosso parto (ou não, ;) ) em condições intrauterinas normalmente salubres. Estressores ambientais podem afetar o desenvolvimento normal do feto provocando perturbações nas diretrizes de sua composição ou arquitetura fenotípica/genética (ou não, ;) ). Mas pode-se sugerir que todos os fetos estejam sempre expostos a toda a sorte de estressores e que portanto, mais do que influencias ambientais, também pode ser possível que disposições biológicas tenham um papel muito mais importante. Eu sou um exemplo desta situação mediante o meu histórico familiar de transtornos mentais e por ter um irmão canhoto (e fenotipicamente parecido).

No velho blogue do santoculto eu sugeri que o canhotismo se consista na manifestação ou bio-produto de uma incompletude (e ou extra-completude) congênita invariavelmente comum na espécie humana, isto é, o cérebro ou se desenvolverá excessivamente ou terá o seu período de desenvolvimento encurtado e modificado em relação a média neurotípica. Este processo pode explicar a co-ocorrência das variações de sexualidade e da preferência neuro-manual incomum ou espectro do não-destrismo. Explica porque existem mais canhotos entre esquizofrênicos (baixo peso ao nascer, cabeça pequena na infancia, em média) e entre autistas (grande peso ao nascer, cabeça grande na infancia), assim como também de homossexuais e ou não-heterossexuais.

Por alguma razão que já foi sugerida em algumas hipóteses e especialmente pela ''teoria do antígeno produzido pela mãe'' para a ordem de nascimento, existe uma maior incidência de homossexuais entre os irmãos mais novos em famílias que só produziram filhos homens. Segundo o link que deixei disponível, os fetos masculinos produzem um tipo particular de proteína no útero que ajuda na formação dos órgãos genitais masculinos. Mas, quando esta proteína é produzida, o corpo da mãe responde produzindo anticorpos.
Este é um processo natural e não é perigoso nem para a mãe e muito menos para o bebê. Mas significa que na próxima gravidez estes anticorpos serão produzidos mais rapidamente se o próximo feto também for menino.

A minha teoria se relaciona com o fato de que como todos os fetos humanos nos seus primeiros estágios são sexualmente neutros ''ou'' femininos então durante este processo de metamorfose para o sexo masculino, certas características ''neutras'' e ou ''femininas'' poderão ser retidas no feto que se tornará masculino, produzindo por exemplo, o desejo pelo mesmo sexo entre os homens, assim como também várias outras características, como maior empatia, uma característica demográfica e possivelmente, hormonal feminina, de acordo com o contexto biológico humano. 

Em outras palavras, ao invés de uma ou várias características sexuais se modificarem para se tornarem traços ''masculinos'', estes desenvolvimentos acontecerão de maneira assimétrica, para explicar o homossexual com características sexuais relativamente mistas (e ou heterossexual relativamente ''mais afeminado') ou o ''tipo normal'', 

de maneira simetricamente atípica, para explicar o homossexual (em sua maioria) que for fisiologicamente mais parecido com o sexo oposto (o clássico tipo andrógino)

 e ou pontual, para explicar o homossexual que apresentou um desenvolvimento típico com pontuais atipicalidades, nomeadamente em relação ao desejo sexual. 


Super completude = lesbianismo



No caso das mulheres o oposto acontece, como é de se esperar, em que, no caso das lésbicas, acontece um desenvolvimento extra das características sexuais, tornando-as mais parecidas com os homens, enquanto que os mesmos padrões espectrais serão observados e ou sugeridos para os outros dois tipos de homossexuais femininos, isto é, as lésbicas com fisiologia e comportamento relativamente atípicos, até as lésbicas que apresentaram todas as transformações típicas para o sexo feminino, se diferindo das heterossexuais apenas por causa da atração sexual pelo mesmo sexo. 


Há de se questionar se a natureza sexual da mulher não será substancialmente diferente em relação a sexualidade masculina a ponto de produzir diferentes causas biológicas para a lesbianidade em relação a homossexualidade.

Evidentemente que existem claras e pontuais diferenças, mas a ideia principal da sexualidade é a da atração ou desejo sexual, e portanto, neste aspecto intrínseco, tanto a homossexualidade masculina quanto a feminina serão idênticas, se diferindo especialmente em relação aos papeis mistos bio-culturais ou predominantemente transferidos que assumem, por exemplo, o homem homossexual ''adquirindo'' ou expressando as características psicológicas mais comumente encontradas nas mulheres heterossexuais como maior empatia e menor agressividade e o relativo oposto para alguns subtipos de lésbicas, nomeadamente aquelas que exibirem grande similaridade para com os homens tanto em comportamento quanto em fisiologia (sexual).

Portanto o espectro da heterossexualidade se consiste em uma maior simetria de desenvolvimento ou tipicalidade de desenvolvimento sexual enquanto que o espectro da não-heterossexualidade se consistirá numa assimetria de desenvolvimento, apresentando uma maior diversidade de tipos, especialmente entre aqueles que serão muito andróginos e os que terão apenas atipicalidades pontuais e especificamente aquelas que aumentem o desejo pelo mesmo sexo. O ponto determinativo tanto para a heterossexualidade quanto para a não-heterossexualidade é justamente o desejo sexual,  que está também subjacente a sexualidade, de maneira geral. 

Além das modificações ''secundárias'', existe a clara necessidade de que este traço que é fundamental para o desejo, esteja atípico tanto na homossexualidade masculina quanto na feminina. O aumento de características andróginas, super-desenvolvidas nas mulheres lésbicas que pertencem a este subgrupo, e pouco-desenvolvidas nos homens homossexuais com as mesmas características, pode servir como influencias para o engajamento em relacionamentos do mesmo sexo, se por intermédio da consciencia corporal, identificamos os nossos corpos e suas potencialidades reprodutivas e ou sociais. 

Os padrões atípicos e sexualmente invertidos de ambos os cérebros, de lésbicas e homossexuais, corroboram para esta teoria, ainda que esta não tenha qualquer grande pretensão, assim como também nos induzem a pensar se esta androginia cerebral também não contribui ostensivamente para o comportamento homossexual. 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

A ciência é pragmática, a filosofia é profunda




 

O cientista é um solucionador pragmático de problemas (e de "problemas").

O filósofo fenomenológico é o observador, crítico e apreciador da experiência humana especialmente as mais singulares... ele é crítico inclusive em relação a própria ciência.

A ciência é meramente utilitária, a filosofia pergunta o porquê da ciência, o porquê de se usa-la, o porque de ser útil ou para que...

A filosofia sempre nos lembra quanto as nossas efemeridades existenciais e ao fato de sabermos muito pouco sobre a existência da qual partilhamos. Nos estimular a senti-la, antes de buscar entende-la e manipulá-la.

A ciência, que se desenvolve pela criatividade, também adquire algumas de suas feições mais características como o entusiasmo que muitas vezes será excessivo ou irresponsável.

A filosofia, que é alimentada pela sabedoria, é aquela que busca colocar juízo na ciência, como a sua consciência moral

A ciência aborda a lógica, a filosofia aborda a racionalidade mas também algo mais 


pois se aprofunda na alma humana em busca de sua experiência existencial e eu diria mais, na alma da vida.

A ciência quer respostas. A filosofia também, mas também quer perguntas e também quer nenhuma delas, pois deseja apenas observar, analisar o ato de viver em suas muitas nuances.


ciência busca eliminar muitas perspectivas, a filosofia (séria) busca aumentar os seus pontos de visualização.

A ciência usa a cognição, a filosofia segue profundo pela autoconsciência, a base do perceber humano. Como toda sabedoria,  a filosofia não perde tempo com o artifício pois quer a essência deste rito, da vida, do existir. 

A ciência não vê valor apreciativo em paradoxos e paradigmas pois lhes causam  a ânsia de  soluciona-los, lhes apregoa um valor utilitário, enquanto matéria prima para a sua arte, para o seu ato.

A filosofia pelo contrário, adentra mais intimamente em paradigmas e paradoxos em busca de suas validades e não apenas ou principalmente de suas soluções, dá valor ao complexo, quer entende-lo e apreciá-lo. E este complexo, não precisa estar acima de nós, nas estrelas, pois há um mundo abstrato quase virgem para ser desbravado logo ao lado.

A ciência é masculina, a filosofia é unissex e por isso é mais completa ainda que pareça menos útil aos olhos dos trabalhadores (como os cientistas).


ciência despreza o absurdo da existencia, o transforma em números, na tentativa de precisão completa, a filosofia foi a primeira a se questionar sobre esta situação e busca abordá-lo sob todos os sentidos, como é o hábito do sábio. 

A ciência produz um acúmulo de materiais retorcidos, trabalhados por mãos humanas e por máquinas. Um castelo de certezas concretas, visualizáveis, num deserto transitório, que tudo leva.


Como de costume, não faz perguntas de natureza holística, pois tende a se prender nos fatos concretos ou materiais. Não é o leme do barco, ainda que seja usada como direcionadora. 

Não quer saber se tudo isso vale realmente apena ....

A ciência é infantil e dá valor ao ato de brincar, de enganar-se, ainda despreza o valor da vida como a uma criança pois não  sente a consciência da morte. Não é melancólica, o seu realismo é meramente utilitário, pragmático, lógico. E a maioria dos cientistas assim o são pois são eles que alimentam esta percepção.

Mas  tudo sempre se vai e a filosofia tem consciência desta hiper-realidade. A ciência a despreza, do contrário, não seria o que é.

A arte é subjetiva, a ciência é objetiva. A filosofia é as duas. É a água e a matéria e sabe que ambas são transitórias mas necessárias para que se possa tentar entender a realidade.


Mas não pode apenas enfatizar por este caminho, porque a filosofia tem como principal função o uso da sabedoria como bússola para a evolução da existencia humana. O norte da filosofia não pode ser niilista, rendido, essencialmente subjetivo.



O exemplo da homossexualidade ou do autismo


A filosofia (real, literal, em busca da sabedoria, de seu destino) olha para todas as manifestações ou expressões neutras e virtuosas dos seres vivos como relevantes para apreciação, observação, análise e uso da sabedoria para melhorá-las em prol de um melhor equilíbrio moral e portanto existencial, para as suas próprias sobrevivencias. E muitas vezes algumas dessas expressões se mostrarão complexas, combinando excessos com qualidades.  Serão como defeitos por não exibirem qualquer vantagem direta em sua expressão. é a partir daí que ciencia e filosofia se dividem consideravelmente, um ramo a mais se forma na árvore filosófica, um cromossoma a mais, e reproduz aquilo que uma certa atriz brasileira disse em uma entrevista, algo que a arte também tem como ''subjetivamente essencial''

olhar a vida, enquanto ela passa


A mentalidade pragmaticamente dualista ou binária da ciencia tenderá a rejeitar esta complexidade porque ''o seu instinto natural'' é o de solucionar problemas. O filtro científico pende sempre para a lógica, poucas e decididas vezes para a razão, isto é, a completude do pensar reflexivo ou ato filosófico essencial.

A ciencia está intimamente relacionada com a dinamica biológica humana, a reprodução, o equilíbrio social, a organização pragmática de suas sociedades.

Ainda que na parte administrativa, a verdadeira filosofia apareça como fundamental, ela também terá ramificações, como dito acima, que serão abiológicas. A ciencia está alinhada a evolução biológica humana, a filosofia, por causa deste galho a mais, também está a frente, e portanto, também está desalinhada a evolução, por se consistir neste aspecto, em um modo genuinamente humano de vivenciar a experiencia da vida, isto é, de ser acima de tudo, anti-'natural'. 

Este ''extra'' faz da filosofia tão essencial quanto a ciencia e não apenas isso, mas também reguladora natural da segunda, a fim de produzir um balanço sempre direcionado para a perfeição entre o funcional, utilitário e o existencialmente necessário e moral.


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Heterozigoto para mentira patológica?? Da não série: O legado psicogênico do meu tio materno



O meu tio materno, que é um mentiroso patológico, apresenta uma série de características psicológicas que se assemelham a muitas das minhas, como eu já falei em alguns textos anteriores. E é engraçado perceber que tenhamos muitos assuntos em comum pra conversar. Eu me vejo mais claramente como uma versão amalgamada e mais equilibrada do meu tio. Em outras palavras, aquilo que ele tem de características psicológicas atreladas ao seu transtorno (fobia social e mentira patológica), eu também tenho. Só que essas características estão muito mais evoluídas ou ao "menos" equilibradas em mim. 

Somos dois outsiders, observadores perspicazes do mundo e somos propensos a chegar a conclusões parecidas sobre aquilo que nos causa interesse e ou que nos prende a atenção.

Certa vez o meu tio veio me perguntar o porquê "dos negros serem assim"..

Assim como ele eu também tenho apreço pela qualidade, o que nos torna críticos ácidos em relação a republiqueta em que vivemos. Justamente por isso que o meu tio tem um fascínio por tudo o que é de fora assim como eu, ainda que com o avançar de minha maturidade, tenha me tornado muito menos entusiasmado em relação aos outros países.

O meu tio entende instintivamente como que funciona a realidade, via reconhecimento de padrões e justamente por isso tem demonstrado excelente capacidade de manipulação, ainda que não tenha chegado ao nível de gênio (se não estaríamos em mais apuros). Ele é muito talentoso não restam dúvidas e como sempre acontece com estes tipos o seu Calcanhar de Aquiles é justamente a sua megalomania. 


Como eu já relatei, ele deu pra inventar que tem uma namorada inglesa. Só que se não bastasse ela ser estrangeira, ainda é também uma celebridade internacional. A sua mentira é  espalhafatosa. Se estivesse no lugar dele eu reduziria as "excepcionalidades" de seu "amor verdadeiro" porque a melhor mentira sempre tem um bocado de verdade. Visualmente falando, a sua mentira parece estar muito remotamente correlativa com a verdade. Faria mais sentido se ele tirasse estes "pormenores", isto é, que namora uma estrangeira, linda e atriz de cinema. É neste ponto que a capacidade de convencimento do meu tio começa a definhar e é ai que outros observadores em contato quase que diário com ele começam a desconstruir o seu castelo de devaneios sofisticadamente estruturados.

Meu tio assim como eu está provido de uma grande inteligência emocional e sabe usa-la até muito melhor  porque instintivamente ele entende que o mundo social humano funciona na base da subjetividade e portanto de constantes doses de mentira. As pessoas mais simpáticas conquistam mais corações do que os verdadeiramente empáticos. Como eu já comentei ele é do tipo que entende que elogiar em demasia é uma ótima maneira de se fazer amizades e de estabelecer laços de confiança. Lhe falta umas doses de autismo que estão presentes em mim pra ser mais honesto, sincero e portanto menos querido pelas outras pessoas.


Apesar do meu conhecimento superficial sobre genética eu me atrevo a pensar se não seria mais como um ''heterozigoto'' para a mentira patológica e a fobia social que encontra-se excessiva em meus tios maternos (uma tia que cometeu suicídio alguns anos atrás). 

Talvez não me repita mais neste assunto ( meu tio interessante e muito psicologicamente familiar), por estar sendo muito repetitivo e por ter concluído que não tenha mais o que falar sobre ele.

Paúra de pensamentos e emoções



1- A vida, 
um fulgor,
ríspida, e eu,
um certo animal,
 uma inflamação,
 sou a matéria que chora cristais de gelo,
embaraços, olho nos olhos do ignorante e rezo por seu ar bufante,
lhe amaldiçoo, mas é como chutar um corpo morto,
 cheio de vermes a espreita de um anjo torto,
eu-vida, descobri que sou um espelho,
e agora passo a agonizar os mistérios de sua ida,
pra onde vai,
 pra onde me levará....



2- O apreender convergente e perfeito  ( alto qi ). O apreender divergente e imperfeito (alta criatividade)


3- Aprender é capturar ou internalizar uma verdade particular, entendo-a estrutural e exponencialmente. Apreender é o que entendemos como "aprender" e que na verdade se consiste na apreensão não-perfeccionista de informações



4- O absolutismo do conforto no comportamento. Todo comportamento recíproco é gratificante. A empatia pelas ações 


Minha música preferida por exemplo. Tudo o que gostamos de fazer, remete ao conforto e ou também a sobre-vivencia.



5- Sábio é aquele que tem intuições sobre obviedades inconvenientes a ortodoxia contextual


6- "criativo", que ou aquele que apenas aplica a abordagem ''cientifica'' (busca por padrões/detalhes novo-convergentes e potencialmente utilitários) em outros ramos da vivência/observação humana ( basicamente, reconhecimento de padrões complexos a partir de ênfases incomuns) e mesmo dentro da própria ciência mas por angulos diferentes ou potencialmente revolucionários, respectivamente, pensamento lateral e divergente.

7- A diferença entre falar e agir para mentes mundanas

Na era dos selfies e da pregação hipócrita de humildade a maioria das pessoas dão maior importância naquilo que se fala e não naquilo que se faz.

Em compensação os mais sábios são significativamente mais honestos em relação aos seus pressupostos morais e ações do que em comparação as massas mais mundanas ou menos diferenciadas.


8- Cédula ou você?? O medíocre é aquele que se preocupa com mundanidades

A verdadeira evolução se dará por aqueles que desprezam as artificialidades torpes inventadas pela loucura adaptada e sem responsabilidade/criatividade. A vida vale mais do que a matéria sofisticadamente contorcida pelo ser humano.

9- O genio também é retardado, especialmente nos aspectos que lhe forem mais penosos ou que forem perfeitamente contrários as suas forças

10- Qi verbal... E desdobramentos lógico-intuitivos

Grande inteligência verbal significará

- grande capacidade verbal abstrata ( como por exemplo, desenvolver grande conhecimento quanto ao significado das palavras) + (ou) grande capacidade para aprender idiomas + (ou) grande capacidade para ampliar e sofisticar o vocabulário???

Grande?? A que nível??

Será que todos os verbalmente superdotados serão em media igualmente bons em todos estes aspectos??

Bons?? A que nível??

Eles entenderão a natureza intrínseca das palavras e a aplicação contextual?? 

E saberão usar esta capacidade de maneira racional no mundo real??

11- Genes de alta qualidade adaptativa não são os mesmos ou não tem a mesma relevancia que os de alta qualidade evolutiva

12- A introversão narcisista

Eu me amo, 
por dentro é paz e alegria,
A fronteira da pele, emana do núcleo-alma, 

o calor que me faz rir sem razão aparente, 
se dissipa gradualmente, 
O valor da vida, 
Introversão narcisista, 
Um mestre, um alquimista,
Ou um artista em suas cores,
Em seu mergulho, 
alienante ou que reina refrescante por suas  verdades mudas,

que poucos sabem escutar

13- "Deus" é a segurança da estabilidade que dá oportunidade para que a evolução aconteça


O princípio da estabilidade essencial ou "Deus"

14- O paradoxo da criatividade: Distraído e esperto

... as mentes mais criativas se tornam mais exponencialmente focadas em suas obsessões ou interesses e muitas vezes também em suas próprias perspectivas existenciais singulares, produzindo a "distração' contextual, que os ''outros'' interpretam como tal.

No entanto os mais criativos também tendem a ser excelentes observadores. Muitas vezes, para ser um ótimo observador você precisa se distrair em relação ao mundo mundano... por meio da perspectiva ''fora-do-corpo'', fora da programação animal humana, de se ver enquanto um julgador neutro que páira pelo céu e observa o comportamento daqueles que não podem se ver... como a um médico que analisa o corpo do seu paciente... a ampliação da autoconsciencia e posteriormente do autoconhecimento.

 No entanto, para a maioria das pessoas voce só será distraído e portanto pode esperar por este rótulo parcialmente correto mas essencialmente equivocado sobre a percepção que as pessoas desenvolvem sobre ti.

15- Neurotipicos se dividem entre aqueles que pensam mais em "pessoas" e aqueles que pensam mais em "coisas".

O gênio criativo pode pensar nos dois simultaneamente, especialmente a partir de uma abordagem cognitiva enquanto que o sábio o faz a partir de uma abordagem racional. No entanto, o ponto de diferenciação entre os dois tipos de virtuosos e o neurotípico é que os primeiros podem entender muito melhor esta dinamica entre seres (matérias organicas e dinamicas) e a matéria concreta que nos mantém com os pés no chão.

16Eugenia e "religião" não combinam...

17- A "onipresença" de deus é uma metáfora acidental (ou não) para o fator x da existência ... que está em tudo o que existe, inclusive quando vamos ao banheiro

18- Direitistas e eu sofremos de amigdalite cerebral ;)

19- Pensar demais no passado pode ser deprimente... Mas pensar demais no futuro também pode ser,

por que caminharemos para nos tornar calculistas frios ou pragmáticos, por exemplo, pensando nas futuras mortes das pessoas com as quais convivemos

20- "Espectro do autismo é sempre ruim" os menos autistas do mundo (em média): negros e ciganos 

21- Hipotese: Baixa inibiçao latente, criatividade e maior sensibilidade para fatores ambientais 

Os dois lados da hipersensibilidade sensorial ou emocional

1- Potencial criativo,

2- Nano, micro a macro traumas causados por interações negativas e internalizadas

E tendo como resultado 

Obsessões equivocadas ou mentalmente insalubres E interesses saudáveis (que podem resultar na criatividade)

Os Fatores ambientais são mais importantes/ influentes em relação àqueles que filtram pouco a sua realidade imediata "ou" que apresentam baixa inibição latente, tanto para produzir ideias como para internalizar ideações negativas. 

E mais um adendo 


 "quem está sempre numa tensão entre a conformidade e a sua individualidade ou que está sob o julgo direto de terceiros, e em conluio com uma personalidade dócil ou pouco dominadora, será muito mais influenciado por fatores ambientais do que aqueles que se encontrarem em posições diametralmente opostas"


22- O processo de conceitualizaçao é o processo de espelhamento perfeito da nuance percebida


23- As pessoas estão sempre se manipulando e justamente por isso que tendem a ser tão contraditórias

24- Zona de conforto, de confronto e de desconforto

25- A personalidade + cognição é como um sistema hierárquico de prioridades/ necessidades existenciais 

26- Hipótese= judeus ''selecionaram'' microorganismos adaptados que odeiam os microorganismos adaptados (''genes') dos brancos europeus

E para explicar todos os outros tipos de comportamentos extremamente irracionais...

27- O sábio e as bombas relógios ideológicas

O especialista no desarme de totalitarismos visivelmente problemáticos.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Doces tiranos: classe "educada"




Nos EUA, na Europa ou no Brasil, todas as suas respectivas classes "mais educadas" tendem a compartilhar grandes similaridades ideológicas, ao menos em nossa época. Especialmente no departamento das "humanidades", "ser" de esquerda não é apenas uma questão de escolha mas também de sobrevivência. No entanto, tal tendência de homogeneidade ou conformidade ideológica também costuma atravessar os muros do reino encantado das "humanidades" e ter eco em outros departamentos da educação "superior".

Nesse momento a maior parte da comunidade acadêmica americana é muito provável de estar contra a candidatura e possível sucesso do fanfarrão sincero Donald Trump, para o partido republicano, nas eleições deste ano. Existem muitas razões racionais para desgostar de sua pessoa, mas a sua (relativa) sinceridade em relação a geopolítica interna dos EUA, o coloca como o melhor candidato de todos, tanto da direita quanto da esquerda. Os candidatos "socialistas" são sempre demagogos, propondo as mesmas  ideias vagamente abstratas de "igualdade social" e ''diversidade''. Algo parecido acontece com a oposição controlada da "direita" americana, com os seus discursos de sempre, que tem mudado muito pouco de umas décadas pra cá. O caso de Trump é vergonhosamente sensacional não apenas por causa dele, por sua figura espalhafatosa e cretina, mas também por causa do seu choque de frescor no enorme marasmo político, com o jogo de cartas marcadas de sempre, por ser o único a apontar extremas obviedades de grande relevância para a nação estadunidense que apenas os meios acadêmico e midiático poderiam negar.

Eu já questionei a veracidade da correlação positivamente absoluta entre ''uma maior inteligência" e frequentar universidades. Sabemos que o fenômeno da relativa universalização da educação superior é muito recente, ao menos no Ocidente.

Em termos coletivos, psicométricos e até gerais (que leva em conta vários outros aspectos), frequentar uma faculdade e especialmente, com credenciais de status acadêmico como por exemplo o de portar um doutorado, pode sim sugerir  uma correlação relativamente positiva com uma maior inteligência, especialmente a do tipo neurotipico, quantitativo, verbal e ou matemático.

O problema é que a universidade é uma continuação da escola, e ambas nada mais são do que ambientes laborais, só que ao invés de enxadas, carros e bíceps, nós vamos ter salas de aula, livros e cérebros.

O qi mensura especialmente a cognição e aplicada ao trabalho, isto é, o  potencial relativo de qualidade laboral que as pessoas tendem a portar.

O foco do qi não é no/o ser mas naquilo que ele pode oferecer  (relativamente ) especialmente dentro de um contexto laboral moderno.

O sistema meritocrático não busca selecionar o máximo possível de gênios criativos de todos os ramos laborais porque a sua função principal é a de primar pela quantidade qualitativa, isto é, o máximo possível de pessoas que sejam inteligentes ou especificamente capazes o suficiente para realizar certa função e especialmente isso


A "meritocracia" habitual das nações modernas não deseja aqueles que além de oferecerem um bom trabalho também podem criticar os seus "superiores". A evolução da sociedade acontece(ria) em todos os seus aspectos quando temos gênios criativos e especialmente se forem dotados de sabedoria, criticando a realidade como está e na labuta de sanar esses problemas percebidos.

A maioria dos professores e pesquisadores acadêmicos não estão profundamente preocupados em melhorar a sociedade, até porque esta disposição que já é rara na espécie humana será ainda mais rara entre os neurotípicos, mesmo muitos dos mais inteligentes.

A inteligência humana fundamenta-se pela interação da personalidade ( bio variáveis logicamente retroalimentáveis) com a cognição. Portanto, não basta ter uma grande capacidade COGNITIVA  para que possa produzir um ser dotado de caráter/integridade-moral, criatividade e ou sabedoria, elementos essenciais para a evolução social (e tecnológica) exponencialmente harmoniosa.

As pessoas que são essencialmente estúpidas (todos nós estamos um pouco assim, o que difere é a que grau de subconsciência que estamos submerso, isto é, na própria auto ignorância) mal compreendem o próprio funcionamento, isto é, as suas forças e as suas fraquezas


O que é quase paradoxal de se notar é que todos nós usamos algumas ou todas as nossas forças (e muitos confundem fraquezas com forças) enquanto que para muitas pessoas as suas forças serão fraquezas aos olhos mais sábios, em outras palavras, "a natureza providenciou" para muitos humanos ao invés de um presente evolutivo, uma armadilha natural em que, ou confundirão as suas fraquezas com as suas forças ou serão comparativamente fracos mesmo em relação as suas próprias forças.

Esta realidade encontra-se predominante nas universidades onde que não apenas nos depararemos com essas situações intrapessoalmente penosas mas também que estarão acopladas a mentes cognitiva e comparativamente mais inteligentes, que se consistem no pesadelo da sabedoria, isto é, a evolução cognitiva da ignorância, produzindo "skeeters" ao invés de "Doug Funnies", como eu mostrei neste texto do velho santoculto.

Como eu também mostrei no velho blogue, sistemas meritocraticos imperfeitos caminharão para produzir e/ou selecionar por professores e pesquisadores:

- estúpidos e/ou
- arrogantes em relação ao status "intelectual" que ostentam e/ou
- moralmente idiotas e/ou
- relaxados em relação às suas posições sociais privilegiadas e com pouca vontade de trabalhar no intuito de melhorar a sociedade em que estão e/ou
- inteligentes mas desprovidos de capacidade criativa e/ou sábia


E são justamente esses tipos que parecem  predominar nos ambientes de "educação superior".



No conforto da ''universidade de Laputa''


O país em que vivem está a míngua, 
o caos se instalou pra fora dos portões universitários
 e o viveiro que era pra ser de solucionadores de problemas, 
se ''transformou'' em um antro de bajuladores, pseudos de toda as naturezas, desde os intelectuais até os cientistas. O pesadelo de cenário social  imaginado por Jonathan Swift em sua ''ilha de Laputa'', ''se tornou'' a mais pura realidade nos dias em que vivemos (mas talvez, desde sempre).

Os doces tiranos das ''classes educadas'' são selecionados pelo sistema que os deseja mais do que ninguém, por reunirem dois atributos que lhes são inegavelmente queridos 

- capacidades cognitivas acima da média

- potencial para conformidade ( potencial para perspectivas existenciais mundanas)


São os melhores trabalhadores (alto qi), porque podem oferecer de bom a excelente trabalho para o sistema e ainda por cima se conformarem em relação a realidade em que vivem, sem criticar ou se rebelar.

As classes ''educadas'' estão confortáveis demais em suas posições de status quo intelectual para que possam se rebelar contra o ''sistema'' que paga os seus salários altos e muitos benefícios sociais. 

E como eu sugeri acima, existem muitas razões intrínsecas para que a grande maioria deles se conformem de acordo com a sincronia de atropelos e ignorancia grosseiros da atualidade, que continuam a chafurdar as sociedades humanas na lama de sempre.

Mais do que qi, cognição ou mesmo o meu próprio conceito de inteligencia, eu acredito que a maneira como que sentimos o mundo, é que separa os escravos da conveniencia daqueles que não conseguem suportar com a mesma apatia a realidade asquerosamente ignóbil a que estamos forçados a presenciar.

Além de se calarem em relação aos desmandos e chagas que bestas subhumanas causam com enorme frequencia e impacto, eles ainda cooperarão com esta cadeia sistemática de injustiças, justamente por serem perfeitos para ocupar essas posições, dentro deste contexto macro-existencial onde que o retardado psicopata precisará de súditos corruptíveis e ou apáticos para compactuar, mesmo que a nível subconsciente, com a sua loucura de sempre.

E assim caminha a humanidade, com a sua ''inteligencia'' e ''criatividade'' desenfreada e irresponsável ... 

... e com a sua ''meritocracia''...

Mentes formais e mentes filosóficas ou poéticas (vívidas)



Já lhes dei muitos nomes, e sempre gosto de buscar por novos adjetivos que possam revelar novas nuances de suas idiossincrasias bem como também de suas diferenças. 

Formalismos são aspectos definitivos da artificialidade social humana. Os domesticados os aplicam em suas redomas compartilhadas a fim de enriquecer com boas maneiras a brutalidade sutil e disfarçada das civilizações que sustentam. Vivem seus ciclos vitais como trabalhadores e não como seres humanos completos, mediante a perspectiva deste observador que vos escreve. Aderem totalmente às suas identidades laborais enquanto peças fundamentais de suas essências. Acreditam que o trabalho liberta. São regulados e se regulam. Tem como grande certeza o absolutismo da realidade humana. Crentes ou descrentes, preferem o conforto da conveniência ao desafio do gênio e ou do monstro.

Mentes poéticas ou filosóficas vivem vividamente. Reconhecem-se como seres completos em suas vitalidades e vivem-nas sem o compromisso do formalismo. São autênticos, espontâneos, profundos, muitos são narcisistas, egocêntricos, muitos tem talento para a astúcia e para a sabedoria. Cantam como cigarras, não sabem de outras vidas, gostam do metafísico mas não querem pagar pra ver. Amam a vida e por isso são melancólicos. Tudo lhes fascina e horroriza. Se emocionam mas também podem ser bons calculistas. 


O trabalho lhes causa repulsa porque dá trabalho. Muitos são assim mesmo, demasiadamente humanos. Vivem a catarse da vida cheia de véus de mistérios, dor e ignorância reinantes e conscientes desta vil incerteza existencial. Lambem suas feridas como felinos da noite, da lua amiga, em versos de poesia ou num leve desespero de quem tem veias artísticas. Podem ser predadores ou tenros sábios.

 Podem ir direto a fonte das verdades que a mão alcança ou se perder na escuridão de uma fria imaginação, querer mais devaneio do que a verdade em sua combustão, em seu fogo, em sua vida. 

Dizer verdades profundas e até tecer teias de mentiras ricas de malemolência. Podem ser malandros de rua mas disfarçados com óculos e a seriedade de um homem literário.