Minha lista de blogs

sábado, 13 de agosto de 2016

O ser humano comum e a metáfora do gato perdido

Levados por uma constância de subconsciência + ''menor capacidade'' cognitiva (se comparada com os seres humanos) em relação às suas próprias ações, é comum que gatos domésticos se percam do caminho de casa durante os seus passeios pela vizinhança. Então eu pensei nesta tendência felina como uma metáfora para o comportamento e se talvez pudesse ser estendida aos cachorros, mas as diferenças comportamentais em relação aos gatos os coloca em uma posição de desvantagem comparativa. Se é o bichano que reúne muitos dos vícios e defeitos humanos por também se consistir em um animal híbrido, entre o seu estado "natural" ou mais arisco e o seu estado de domesticado, enquanto que a maioria dos cachorros já se encontram em média em um estado homogêneo de forma e ação docilizadas.

Ao contrário do cachorro que costuma se perder com grande facilidade, o gato é mais esperto e pelo que parece ''ele'' pode escolher entre prosseguir com a sua curiosidade teimosa e se distanciar de sua casa ou de voltar e muitas vezes se arrependerá das escolhas tomadas e esperará pela voz do dono ou dona para lhe guiar de volta ao caminho de casa. 

O ser humano, híbrido de vontade, de arbítrio, de alguma chance de mudar de direção e também de escravidão de suas necessidades instintivas, assemelha-se ao gato doméstico, em seu hibridismo transcendental, por sua curiosidade, por sua teimosia ou ego, por reunir vícios e virtudes e portanto por pratica-los quase que diariamente, por ser mais solto, independente, mas por também depender das traquinagens de sua mente dividida entre a "loucura" instintiva e a razão.

Quando põe-se a agir independentemente muitas vezes tomará o rumo errado de sua casa tal como um gato demasiadamente curioso, pois como não é sábio então não terá a segurança de seu casco nas costas para se defender. E não é comum que o façam incentivados por seus donos, até poderíamos chamar isso de ''política''. Em um regime de ditadura da liberdade como a que vivenciamos, sem responsabilidade, sem freios, sem nãos, põe-se a se perderem do caminho da segurança e a perecerem, transformando-se em seus próprios fins ou buscando por eles de maneira precoce e subconscientemente indesejada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário