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domingo, 14 de agosto de 2016

Maturidade mental forma e expressão

O comportamento é o eco da essência, em contato com o mundo exterior.

A maturidade mental/sabedoria é o completo desenvolvimento, o ótimo comportamental humano

Todas as nossas ações tem uma origem/epicentro e função universalmente essenciais: o nosso resguardo orgânico ou sobrevivência. 

O mais essencialmente inteligente ainda que não possa ser traduzido em "completamente" inteligente é aquele que nasceu com o dom da sabedoria, que se consiste na capacidade de analisar, entender e interagir com o mundo de maneira essencialmente existencial ou correta, numa constância exponencialmente perfeccionista, se o mundo humano diversamente especializado esteja chafurdado em sua própria loucura por virar às costas para a natureza tratando-a como se não fosse uma continuidade de sua realidade.

Por meio do pensamento reflexivo ou repensar podemos buscar pelos melhores meios de mantermos nossos resguardos existenciais ou em segurança mas também podendo expandi-lo alem de nosso conforto egoísta.

O estupido essencial é aquele que despreza esta realidade mais holística e menos autocentrada colocando a si e aos demais em potenciais e previsíveis perigos. O estupido confia no próprio ego. O sábio é o que mais desconfia. Viver é sobreviver, e para sobreviver é preciso entender a realidade. Toda vida, em especial a vida humana, é uma sobrevida por excelência mediante a sua intensa fragilidade. 

O sábio genotípico, isto é, aquele que nasce com grande disposição para a sabedoria é aquele que exibe o mais sofisticado dos instintos dentre as formas de vida ao completá-lo com a emoção e a razão de maneira exponencialmente perfeccionista. O sábio, sabendo mais sobre si mesmo, ao invés de se consistir em um ser que encontra-se à mercê de sua sorte, comum aos seres humanos e não-humanos, por desenvolverem rascunhos vagos sobre si mesmos, sobre os outros seres em interação e sobre o ambiente em que estão, é/se torna o senhor de si mesmo, ao principiar em si mesmo, de modo absolutamente lógico (e subsequentemente racional), se toda expressão principia-se por sua forma, enquanto ecos de suas características literais ou físicas. O sábio é um grande pensador basal que compreende a necessidade de se pensar (para agir) corretamente desde às suas origens, enquanto que o típico estúpido simplesmente despreza esta lógica progressiva, contínua, principiando errado e geralmente complicando as suas ações durante a sua vida.

O sábio genotípico é a manifestação em tempo real do ser humano em seu estado mental definitivamente evoluído especialmente se comparado com os tipos predominantes de nossa era mas também em relação àqueles que tem prevalecido desde a muito

A expansão natural e lógica do instinto, antes e geralmente direcionado pelas circunstâncias, como acontece com a maioria das espécies mediante as suas estreitas perspectivas existenciais isto é, o alcance perceptivo que só pode proteger a si e com base na repetição de suas ações, sem o pensar autoconsciente, ou que pode estender a sua segurança para uns poucos de sua própria tribo, até aos seres que se tornam capazes de ampliar as suas perspectivas, começando pelos mamíferos e chegando até nós. A perspectiva humana é a mais equilibrada, holística e paradoxalmente ou não também é a mais sutil, e esta sutileza faz-se ainda mais protuberante entre os mais essencialmente inteligentes, nomeadamente os sábios e os gênios criativos, em termos de sutileza cognitiva, sem necessariamente levar em conta o todo do comportamento, que inclui o componente psicológico.

Conhecer é o reconhecer/ter consciência que por sua vez finaliza-se inevitavelmente no julgamento moral, se a filosofia assim o faz em relação ao pensar, do princípio e de seu fim.

A forma e a expressão do sábio genotípico, que é o ótimo do comportamento humano em especial e obviamente fundamental no que se refere à sua própria sobrevivência ainda que muitas vezes não se converta em comportamentos decididamente adaptáveis, o faz teoricamente, e é importante ter em mente que isso não falsifica as afirmações ditas neste texto.  A conclusão logicamente correta de que o sábio genotípico exibe o ótimo do comportamento humano e que isso não resulte em direta ''adaptação'' em relação aos demais não é uma contradição porque as sociedades humanas não exigem de boa parte de seus "cidadãos" este tipo de constância comportamental o que com certeza resultaria em um aumento do número de sábios genotípicos.

Ao perceber com maior qualidade, sutileza e precisão a realidade que a maioria dos demais de sua espécie, o sábio genotípico apenas se coloca como o mais avançado nesta particularidade cognitiva que é essencial para a existência e põe-se muitas vezes como um observador da estupidez humana. O sábio não é o melhor engenheiro, artista ou cientista, mas será o melhor ser humano, especialmente em termos ideacionais, prelúdio para as ações.


O grande defeito do sábio é que muitas vezes não será um agente da ação. 

Ele não precisa ser um gênio da matemática, da poesia, das ciências biológicas, ele só precisa entender o mundo de maneira mais precisa, objetiva, moralmente correta ou harmônica e agir de acordo, pois quem compreende a realidade da maneira como de fato é, terá grande vantagem, teoricamente falando, em relação àquele que se desdobra para nega-la substituindo-a por crenças esquizo-somáticas, como as múltiplas crenças/culturas humanas.

 Ele pode ver além do verdadeiro horizonte à sua frente enquanto que o tolo essencial precisa checar em sua planilha cultológica se é permitido ver o horizonte, e além dele ou mesmo, o vê, mas de modo bastante distorcido, em que ao invés de uma descrição pluri-correta da complexa realidade que o alcance perceptivo humano consegue captar, é treinado para interpretá-lo de acordo com o seu manual de escravidão mental (cultura, religião, ideologia...). Quem não precisa de sistemas de crenças para viver é teórica e intimamente mais livre do que aquele que se submete a esses (aos seus) caprichos esquizo-somáticos. 

Portanto nós temos a criatividade ou a capacidade neo-perceptiva, a inteligência ou a capacidade adaptativo/lógico-perceptiva e a sabedoria ou a capacidade harmônico-perceptiva, que se consiste na potencial maximização da própria sobrevivência, ampliando o seu ''campo de força'' ou ''ciclo objetivamente moral''. 


A inteligência é fortemente individualista. 
A sabedoria, por causa de sua maior amplitude perceptiva, é antes de tudo holística e portanto altruísta. 

Inteligência e criatividade são estágios que continuam dentro da cadeia alimentar & seleção natural e portanto funcionam como técnicas essenciais destes alcances perceptivos restritos, incompletos e sub-autoconscientes. 

A sabedoria já se consiste na superação destas etapas em que nos pomos a frente, nos vendo, ao invés de apenas ser/agir sem ''se ver'', sem saber sobre o que está fazendo. 

Portanto a sabedoria se consiste na vitória em relação ao que muitos humanos identificam como ''Deus'', metaforicamente falando, como se ao invés de ''deixarmos nas mãos de Deus'', começássemos a fazer por conta própria e de maneira sábia ou absoluta/exponencialmente correta. A sabedoria consiste-se na própria evolução, auto-direcionada, ainda que árdua mediante a difícil labuta de se desvencilhar do próprio instinto assim como também das muitas falhas que nos compõe de modo naturalmente indiscriminado, nomeadamente as falhas morais, se a moralidade encontra-se subjacente a qualquer comportamento.

Um dos aspectos mais diferenciadores do ''ser humano'' é justamente o seu potencial e muitas vezes a sua capacidade de fazer os melhores julgamentos morais.

Metaforicamente falando é como se a sabedoria se caracterizasse visualmente como a potencial construção de um campo de força ao redor daquele que o emana, o sábio, o seu epicentro-forma, ou ainda mais precisamente, como uma camada de ozônio, que protege a vida na Terra e a si mesma. Ao invés de mitigar problemas como usualmente faz a inteligência, ou procurar por novas soluções (para os problemas) como faz a criatividade, a sabedoria se antecipa aos mesmos. 

A sabedoria imita a vida em sua essência, o equilíbrio orgânico.


O equilíbrio é a palavra-chave da existência e sem ele nada daquilo que conhecemos seria possível.

A inteligência imita a vida em sua expressão, o desequilíbrio comportamental, a psicose da pressa e da teimosia ou cultura se consiste em uma tentativa de superação, a caminho justamente da sabedoria.


Enquanto que todos continuam tentando se completar, o sábio é o ser vivo que encontra-se mais completo, ainda que isso não signifique que não terá mais nenhum trabalho e apenas vivenciará a sua existência de modo absolutamente inerte, pelo contrário, pois a sua tarefa é das mais árduas.

A de, dentro de um alcance perceptivo psico-cognitivo essencial, que não é apenas em relação a uma especialidade cognitiva, não confundir com as mesmas, onde todos os monstros humanos se encontram, conseguir suportar tamanha dor de saber e viver além de suas capacidades de suportar logo à sua frente a finalidade da existência assim como também a dúvida/angústia existencial maior. 

Pessoas normativamente neurológicas se tornariam fortemente propensas à depressão neurotípica assim como também à ideações suicidas, se não ao próprio ato infame porém invariavelmente justificável, se fossem postas na mesma perspectiva existencial do sábio genotípico.

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