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segunda-feira, 8 de agosto de 2016

A experiência de se ser um filho para raio e mais algumas semelhanças interessantes

Tópico extra: mais curiosidades implicitamente genéticas de minha família

Meu irmão mais velho e eu não sabemos andar de bicicleta e nem  dirigir carro e somos bem mais parecidos em aparência, algumas características como a dominância neuro motora anômala (preferência pela mão esquerda) e o temperamento (neurótico a psicoticista).  Nos diferenciamos em termos de gosto ou tolerabilidade para sabores fortes. Por exemplo, eu sou avesso a qualquer bebida mais forte enquanto que ele já não parece ter a mesma tendência ainda que também não pareça ter o mesmo nível de tolerância para o álcool de um guerreiro medieval. 

O filho pára raio

Você se esforça para ser o filho exemplar dentro de suas possibilidades. Os seus pais, provavelmente, em seus momentos de desatenção, até são capazes de reconhecer as suas qualidades. Mas como são criaturas submergidas em estados predominantemente subconscientes então não são capazes de uma auto-crítica qualitativamente constante, isto é, de se sentarem um pouco e de se questionarem se as suas condutas em relação aos seus filhos estarão dentro de um limite mínimo de aceitabilidade parcimoniosa. Eles não podem fazê-lo, tanto que continuam a tratar os seus filhos de acordo com que os seus corações, expectativas e similaridades genéticas lhes ditam


Parece ser comum que os filhos menos problemáticos sejam tratados de maneira pior por seus pais do que aqueles que são os responsáveis pela maior parte de seus cabelos brancos precoces. 

Os filhos problemáticos, ''mesmo'' os mais velhos, parecem adquirir feições usualmente temperamentais do caçula (ou de qualquer outro ''queridinho'') a partir do momento que demonstram aos seus pais  que são ou estão bem mais vulneráveis do que aparentavam.  

Para os filhos mais problemáticos uma proporção potencialmente significativa dos pais terminarão usando a tática do apaziguamento, na tentativa de conter os seus impulsos demasiadamente infantis ou emocionalmente embotados, reduzindo o rigor dos sermões e acalentando concessões que possam convence-los que o melhor comportamento pode vir com muitas vantagens. Bem, é o que tem acontecido em casa ao menos. 

Para o menos problemático dos filhos, pelo menos aquele  que não aparenta explicitamente qualquer disfuncionalidade com potencial de se arrastar por longo prazo, ao invés de elogios e incentivos, sobrarão cobranças pois as expectativas frustradas do mais problemático e especialmente se ele for um primogênito, se acumularão nas costas do menos problemático.


O filho pára raio é aquele que a maioria dos pais identificam como ''obedientes -- bonzinhos'' e que passam a se imporem de modo mais contundente e esta situação comportamentalmente mecânica se torna ainda mais aguda quando os outros filhos demonstram menor consciência de reciprocidade altruísta em relação aos seus pais.

Portanto, resumindo este drama que parece ser comum nos lares humanos, o filho menos problemático muitas vezes acabará ''pagando o pato'' justamente por aparentar menor disfuncionalidade aguda e ao invés de ser recompensado por isso, que seria o racional, é mais cobrado e mandado por seus pais do que o mais problemático.

Se o filho é mais ''mole'' então muitos pais abusarão desta brecha pois tal como uma relação de investida e resistência, os filhos mais obedientes, mais conscienciosos, também serão mais cobrados, não necessariamente de maneira usual, mas ainda assim característica, do que em relação àqueles que demonstram maior resistência às táticas pedagógicas de controle dos pais. 

Injustiças e ignorâncias já começam a predominar dentro de casa...

dito e feito.

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